Capítulo 3 - Dead bodies

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O tempo parecia brincar com seu poder e achava formas de tardar os minutos e as horas. A aula de Will Hernandez se transformou em uma onda de perguntas pessoais. Onde homens e mulheres o questionavam sobre seu corpo, sua dieta, seus relacionamentos, se ele se envolvia ou não com alunos e etc. Aos poucos, o professor parecia mais à vontade e ouso dizer que até um pouco exibido. Ele gostava de falar sobre si mesmo e isso era notável.

As aulas foram passando. Eu olhava meu relógio e os ponteiros pareciam não querer sair do lugar, porém, quando eu me distraia da fixação pelo o tempo, ele parecia andar mais rápido. Assustei quando percebi que havíamos chegado à última aula.

Olga Darlymple entra na sala antes do próximo professor, a loira se senta ao meu lado, ela está com uma expressão estranha. Talvez euforia misturado com surpresa. Embora a existência dela não significasse muito para mim, minha curiosidade parecia crescer à cada segundo. O que a deixou assim?

Eu estava quase me convencendo à perguntar, quando inesperadamente a garota se vira para mim não contendo o próprio entusiasmo. Agradeci mentalmente por ela ter tomado a iniciativa, seria muita humilhação ir perguntar o que estava havendo.

- Ai meu Deus, você não sabe! - Ela quase grita com um sorriso largo no rosto.

- O quê? - Me viro ansiosa para ela.

- Eu vi um rapaz... -Não acredito que fiquei curiosa por isso. - Ele é incrivelmente lindo. Você não faz ideia.

- Hum. - Decidi ignorar seu entusiasmo e virei para frente à tempo de ver a professora entrando na sala.

- Líbell, é sério, ele é lindo. - A loira insiste. - Eu nunca vi alguém tão lindo em toda a minha vida. - Olho para ela sem expressão. - Eu juro, você não faz ideia do quanto a beleza desse cara é surreal.

- Pode existir pessoas realmente bonitas Olga, mas não exagere. - Reviro os olhos.

- Eu juro pelas as bolsas que eu tenho da Chanel. - Ela me olha fervorosamente. - A beleza dele é de um anjo. Eu juro.

- Supondo que esteja falando a verdade. - Me viro e encaro-a. - Ele é só mais um cara, como qualquer outro, não tem nada demais nisso.

- Vocês estão falando dos novatos da turma de medicina do sétimo período? - Uma mulher que estava sentada atrás de Olga entra na conversa.

- Como assim dos? - Olga enfatiza o plural.

- É, você está falando dos caras de beleza surreal que todos estão comentando, não é? - A mulher pergunta.

- Sim, mas eu só vi um... - Olga responde.

- São dois. - A mulher diz sorridente. - Dois garotos absurdamente maravilhosos. Claro que, dependendo do gosto da pessoa, podem achar um mais bonito que o outro, mas é impossível não ver a beleza neles. É inigualável.

- Vocês não podem estar falando sério. - Digo cética. - Qual é, é impossível existir alguém tão bonito assim.

- Líbell, eu jurei pela a Chanel. - Olga me olha. - Pela a Chanel!

- Ah, tanto faz. - Me dou por vencida. - Esses caras aí sendo bonitos ou não, não interfere em nada na minha vida.

- Isso é porque você não o viu. - Olga me encara. - Eu perdi o fôlego quando aquele dos olhos azuis passou por mim. - Ela olhou para a mulher atrás dela. - Sabe de qual estou falando?

- Sei, dos dois, eu achei ele o mais bonito. - Ela morde o lábio inferior e faz uma expressão sonhadora. - Nossa, se um homem daquele me desse uma única chance, eu nem perderia tempo.

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⏰ Última atualização: Jun 09, 2021 ⏰

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