Chegada ao exército

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Condado de Arlington, Virginia, 1980

O dia estava chuvoso. Os relâmpagos resultavam em trovões altos e estridentes enquanto os pingos grossos e fortes da chuva atingiam o teto das casas, causando barulhos que incomodavam muitas pessoas. Em meio a esse dia triste, Slade Wilson não parava de andar de um lado para o outro. Isso pois o garoto, de dezesseis anos, estava com as malas feitas. Slade estava empolgado, iria fazer sua inscrição no exército dos Estados Unidos e seu amigo, William Wintergreen, já de maior, garantiu ao adolescente que ele conseguiria ingressar no exército, mesmo não tendo idade.

Quando a campainha tocou, Slade correu até a porta de sua casa, abriu a mesma e seu coração acelerou. Era Wintergreen.

— Garoto. — O homem negro falou com seriedade. Vestia um terno cinza e tinha um cabelo afro, cortado em formato quadrado e não muito curto. — Está pronto?

Slade tinha os cabelos negros e revoltados, não muito curtos. O garoto ainda tinha uma rala barba no queixo e um bigode que mais se assemelhava com uma sujeira. Slade confirmou com a cabeça, estava pronto.

— Vamos. — Wintergreen falou sério, mas impediu que Wilson levasse as malas agora.

Wintergreen e Slade entraram na caminhonete preta do mais velho e seguiram na direção da base do Exército fazer a inscrição de Wilson. Quando chegaram, Slade apresentou sua identidade falsa, que afirmava que ele havia nascido em 1962, e não em 1964. Wilson foi avaliado por toda uma tarde até ser liberado. Um tempo depois, mais tarde, uma capitã do exército chamou Slade para seu escritório.

— Senhor Wilson. — Ela arqueou as sobrancelhas quando ele entrou. — sou a capitã Adeline Kane. — Ela falou com seriedade.

— É um prazer, senhora capitã. — Slade falou com a mesma seriedade, ele não era um garoto bobo. Além disso, ficou na posição de sentido até que ela autorizasse ele relaxar, falando "descansar".

— Você está no exército, senhor Wilson. — Kane falou com sua habitual profissionalidade.

Slade agradeceu a oportunidade e Kane o despensou, ele foi rapidamente até o hotel onde ele e Wintergreen estavam ficando para contar a novidade ao seu amigo e mentor.

— Não se esqueça do que ensinei. — Wintergreen começou a falar com seriedade. — vamos fazer um treino agora. — Slade confirmou com a cabeça.

Ambos pegaram suas espadas, Katanas, e se colocaram em posição de batalha. Wintergreen foi quem iniciou o embate, partindo para cima de Slade com um ataque lateral de katana. A partida de Wintergreen deixou Slade com muita adrenalina, conseguindo se defender chocando as duas espadas. Slade contragolpeou com um ataque de cima, que Wintergreen facilmente bloqueou, fazendo o Wilson dar um chute aéreo no mentor, acertando o tórax do homem afro-britânico. Wintergreen usou suas mãos no chão para dar um mortal e conseguindo escapar da queda, quando se pôs de pé, foi atingido por um chute lateral nas costelas por Slade.

— Filho da puta. — Wintergreen rosnou, segurou o cabo de sua katana e desferiu um golpe no braço de Slade, fazendo um corte no local. Slade, por sua vez, desferiu um golpe no ombro de seu mentor, abrindo um corte alí. Wintergreen acertou um chute na boca do estômago de seu aluno. Slade sentiu uma dor forte no local e quase vomitou tudo que havia comido. Mas conseguiu forças para correr na direção de seu mentor e conseguiu enganar o mesmo, fazendo Wintergreen acreditar que Slade iria por um lado, mas foi por outro. Slade deu uma chave de virilha em Wintergreen, fazendo o mesmo terminar a luta.

— Mandou bem, garoto. — Wintergreen falou enquanto levantava. — Você está pronto.

— Certo. — Slade confirmou com a cabeça e apertou a mão de seu mentor. O Wilson não agradeceu Wintergreen pelo ensinamento pois o mesmo afirmou no início do treinamento que agradecimentos eram para pessoas fracas.

𝑶 𝑬𝒙𝒕𝒆𝒓𝒎𝒊𝒏𝒂𝒅𝒐𝒓Onde histórias criam vida. Descubra agora