No dia seguinte, Ellie acordou bem cedo com o intuito de se preparar para a sua viagem. Depois de ficar 10 minutos para conseguir apanhar e colocar no lugar os seus selvagens cabelos ruivos, conseguiu acabar de se arrumar. Foi tomar o café da manhã e acabou por se encontrar com o pai.
- Bom dia, filha.- disse Sr.Barrycloth.
- Bom dia.- disse baixinho.- Vou ficar na casa do Sr.Digory durante muito tempo?
- Vais ficar o tempo necessário. Ele é um bom homem e soube que tem uma enorme biblioteca em sua casa.-respondeu sem perder o seu olhar sério.- Dona Marta irá ajudar-te em tudo o que percisares.
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Depois de comer, Ellie foi junto de Dona Amelia para a casa de Sr.Digory na carroagem da família. Chegando lá, depararam-se com uma enorme casa, com um extenso jardim.
Entrando na casa, era deslumbrante, cada estátua, cada quadro intrigava a ruiva, que com os seus grandes olhos azuis, explorava cada canto da casa. Mais à frente, encontravam-se Digory Kirkle e Dona Marta, Sr. Digory encontrava-se com um leve sorriso no rosto, enquanto Dona Marta só estava, claramente, feliz por ver a amiga de longa data.
- Bem-vinda Elizabeth à sua moradia nos próximos dias.-disse Sr.Digory
- Muito obrigada por me receber.-cumprimenta Ellie.
- Pelo menos esta é educada.-murmura Dona Marta.- Seja bem-vinda Elizabeth, antes de lhe mostrar o quarto, temos de esclarecer algumas regras. Não corras pelos corredores...
Ellie só conseguia observar a gigante moradia de Sr.Digory e como cada cómodo a fascinava ainda mais, começando a pensar que vir para a sua casa nem foi um má ideia.
Mas o que lhe despertou a atenção foi umas vozes que chegavam da biblioteca. Pelo que falavam, pareciam umas quatro pessoas, mas seus pensamentos foram interrompidos por Dona Marta.
- ...percebeu?
- Sim.
- Ótimo, vou mostrar-lhe o seu quarto.
Chegando ao que agora seria o seu quarto, ele era bem espaçoso, com uma cama de casal de madeira com detalhes em prateado, dos lados tinha duas mesinhas de cabeceira e uma secretária com uma estante do lado para os livros. Também tinha um roupeiro e uma grande janela com vista para o jardim onde entravam uns raios de sol.
Após arrumar tudo, Ellie decidiu explorar a casa. Cada cómodo era mais bonito que o outro, até chegar às sala onde havia ouvido as vozes. Ao chegar lá, encontrou quatro crianças, loiro com uns olhos azuis como o céu e pela altura deveria ser o mais velho.
Ao seu lado, com um livro em suas mãos,uma menina de cabelos castanhos e olhos azuis como o irmão, lia calmamente o seu livro e falava algumas palavras em Latim.
Sentado num cadeirão, havia um rapaz com cabelos castanhos e olhos de escuros e nem um sorriso dava.
E por fim, estava um menina, que pela altura deveria ser a mais nova, loira com olhos azuis e sempre com um sorriso no rosto.
"Mas só tem pessoa bonita nesta família." Concluiu Ellie sorrindo com seu pensamento.
- Olá!- disse o menino loiro com um sorriso no rosto.
- Olá... Desculpem incomodar, eu posso voltar outra hora.
- Não precisa, eu sou o Pedro...-disse apontando para si mesmo- esta é a Susana, Lúcia e Edmundo.- a mais nova sorri e vem na direção de Ellie, pegando em sua mão.
- Eu sou Elizabeth, mas podem chamar-me de Ellie.
- É um prazer conhecer-te Ellie.- disse Susana.- Nós estava-mos a jogar um jogo muito interessante. Chama-se É Latim, já ouviste falar?
- Não...
- Vais gostar, vem.
Ficaram a jogar durante algum tempo e Edmundo não disse uma única palavra o tempo todo.
- Eu achei incrível esta biblioteca, sempre gostei muito de ler.
- Ainda bem que ninguém perguntou.- fala pela primeira vez naquele dia levando na cabeça de seu irmão mais velho.- Ai!!
- Tinhas de falar, não tinhas?
- Agora por dizer a verdade sou castigado? Olha, essa é nova!
- Calem os dois a boca. Não conseguem parar de discutir. - resmunga Susana
- Não precisam discutir, não me importo com o que ele disse.
- Podemos jogar às escondidas?- pergunta Lúcia
- Mas estávamos a divertir-nos.- diz Susana.
- Oh, claro! Muito divertido dizer palavras em Latim!- diz Pedro levando em seguida com um livro no braço de Susana.
- Por favor...- pede Lúcia com aqueles olhinhos irresistíveis.
- Um, dois, três....- começa Pedro.
Ellie corre para seu quarto escondendo-se atrás da porta, até que Pedro acaba de contar e começa a procurar. No entanto, Ellie ouve Lúcia dizer que tinha desaparecido por horas, então decide abandonar o seu esconderijo.
-... E eu tomei chá com o Sr.Tumnus e ele falou-me da feiticeira e fiquei lá por horas.
- Lúcia, por favor uma brincadeira de cada vez não temos toda essa imaginação.- diz Pedro.
- Mas aconteceu de verdade, eu vi, eu estava lá. Não acreditam?
- Ah eu acredito!- diz Edmundo.-Não se lembram do campo de futebol no armário do banheiro?
- Edmundo para! Tu não consegues parar de ser irritante?- pergunta Susana.
Lágrimas solitárias começam a cair dos olhos de Lúcia, então imediatamente, quase como por instinto, Ellie a abraça, o mais que pode, tentando acalma-la o máximo que consegue, mesmo não sabendo como o fazer.
Depois de Lúcia se acalmar, todos foram para cama. Ellie deitou-se no confortável e macio colchão começou a pensar na mãe, devia estar orgulhosa dela. Ela finalmente estava a conviver com pessoas da sua idade, não deixando sua memória da mãe a impedir de ser feliz.
Ela não estava sozinha.
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Olá Caros Leitores!
Espero que estejam a gostar da história, qualquer coisa avisem por favor.
Beijos e não de esqueçam
Treat people with kindness-nessy
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Fênix - As Crónicas de Nárnia
Random𝓕𝓮𝓷𝓲𝔁 - 𝓪𝓼 𝓬𝓻𝓸𝓷𝓲𝓬𝓪𝓼 𝓭𝓮 𝓝𝓪𝓻𝓷𝓲𝓪 Elizabeth Berrycloth, uma menina que sempre viveu sozinha, habituada à solidão é obrigada a ficar na casa do Sr. Digory devido aos bombeamentos que atacavam a Ingleterra. Atormentada com os demóni...