Peter Scherer

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Peter Scherer nasceu na costa da Alemanha, próximo à divisa com a Dinamarca e desde pequeno amou o mar.

Com o passar dos anos desenvolveu um grande conhecimento sobre ele e passou a pesquisar cada vez mais até realizar a descoberta que mudou sua vida: a existência de uma religião pagã, mais antiga que o próprio povo germânico. Uma religião do mar.

Conforme ele demonstrava sua grande devoção à nova fé e ganhava a confiança de seus superiores, ele passou a descobrir mais até que o grande segredo lhe foi revelado.

Os pequenos templos de madeira que apodreciam nas regiões junto ao mar eram apenas uma fachada para esconder o real objetivo do culto, não era o mar em si que aquele povo adorava, mas sim os seres que nele existiam. 

Peter não havia entrado para um antigo culto a um deus do mar, Peter havia entrado num culto a Cthulhu.

O grande Cthulhu era uma espécie de deus superior, o ser central da adoração ao culto. No entanto, haviam outros deuses, Pai Dagon e Mãe Hidra como eram chamados pelos cultistas, seres que vivem no mar desde os tempos primordiais da história da terra.

Enquanto o Grande Cthulhu permanecia em seu estado de quase morte na cidade de R'lyeh, Dagon e Hidra permanecem ativos no mar e a eles se devia o grande sucesso dos pescadores do culto, que realizavam oferendas e eram recompensados com grandes cardumes e proteção.

Durante uma viagem pela Europa, Peter encontrou, como que por acaso, um velho marinheiro dinamarquês. O homem dizia descender dos Vikings e que sua família havia sido de grande importância para uma antiga seita religiosa.

O homem o convidou à sua casa para mostrar-lhe antigas relíquias que guardava. Dentre diversos machados antigos, pedaços de velhas embarcações e pergaminhos com extensas árvores genealógicas, algo chamou a atenção de Peter.

Era um pergaminho que parecia muito mais antigo que os outros, mas, ainda assim, parecia muito mais bem conservado. De fato, a única marca que o tempo fora capaz de lhe deixar eram as manchas de umidade e o tom amarelado de um pergaminho muito antigo.

O documento era coberto por uma escrita que o homem disse ser um dialeto antigo, o qual nenhum estudioso era mais capaz de traduzir ou mesmo identificar a origem. Em meio a estes escritos haviam diversos diagramas de coisas parecidas com altares, talvez rituais. 

Foi com espanto que Peter, após alguns minutos analisando o pergaminho, sentiu num clarão de lucidez que era capaz de entender cada palavra ali expressa. Cada diagrama lhe fazia um total sentido. 

Ele então compreendeu. O que o levou até ali não foi o acaso, mas sim uma força maior, uma força antiga e ainda vigente no mundo e que busca ascender uma vez mais ao seu antigo patamar onde era absoluta entre todos os seres. O que o levou até ali foi o poder dos deuses antigos.

Imediatamente ele deu um golpe certeiro que nocauteou o homem que continuava a lhe falar sobre seu sangue viking e fugiu levando o pergaminho, pois ele não mostrava um simples ritual para obter peixes ou proteção no mar, mas sim algo realmente grandioso.

O tomo descrevia um grande ritual no qual os poderes do Pai Dagon e da Mãe Hidra eram convocados e unidos, um ritual que simulava a morte e o nascimento.

Peter se reuniu com os mais poderosos do culto ao Grande Cthulhu e juntos eles desenharam um grande círculo entretecido com símbolos antigos e profanos, no centro do qual posicionaram um altar. Sobre o altar diversos peixes foram colocados enquanto os cultistas se ajoelharam em seu entorno.

Peter e seus companheiros realizaram o ritual de morte e nascimento.

Eles morreram como filhos da raça humana.

Eles renasceram como filhos da Mãe Hidra e do Pai Dagon.

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