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Fui até minha casa e peguei meus pertences, assim explicando para meu irmão que iria dormir lá e que iria com as garotas para a escola no dia seguinte.

[...]

Chaeyoung: Qual é? Nunca beijou? Park Rose, nunca beijou alguém? Duvido.

É, eu nunca beijei, e as meninas estão indignadas com isso, por que elas pensam que eu já encostei a boca na de outra pessoa?

Haneul:  Tá... Enfim, gosta do Niki? - Assenti - Certo, vocês enrolam muito.

A garota se deitou na cama e eu fiz o mesmo, logo Chae nos acompanhou, estávamos olhando o teto, já estava ficando entendiante.

Haneul; Chae, cadê os doces que você tinha dito que tinha comprado?

Chaeyoung: Ah, eu tinha esquecido dos doces gente, meu Deus. - Ela bateu em sua testa, nos fazendo rir.

A menina trouxe várias guloseimas, assim foi nossa noite, assistir Harry Potter ( e chorar pela morte do Cedric, Fred e Dumbledore ) ler gibis, comer doces e ficar fofocando.

[...]

Acordei com Haneul colocando o pé na minha cara, por Deus viu.

- Sai Haneul - Empurrei a menina que tinha jogado seu corpo para cima de mim.

Acordei a menina e ela resmungava de sono.

- Andem, acordem, estamos atrasadas!

Falei enquanto me arrumava e tomava meus remédios.

Acordaram num pulo quando dei um berro chamando seus nomes.

Saímos de casa, apressadas.

[...]

Eu nunca estive tão cansada como estou, mais treinos, mais trabalhos, mais aulas, que ódio.

Tinha que ir até a sala de dança para encontrar Riki.

Fui a caminho ao corredor, que agora parecia imenso e infinito, vi a porta preta se abrir, Niki.

- Oi Niki - o cumprimentei.

Niki; Er... Oi - Ele falou depois de um tempo pensando.

Estávamos esperando o professor, ele não vem.

Teríamos que treinar por conta própria.

Coloquei a música e o vídeo com a coreografia para lembrarmos e retomarmos alguns passos.

Algo aconteceu, a vibe não está mais a mesma.

E não há nada de errado com Nishimura, aparentemente.

Apenas comigo, sinto que minha energia está sendo sugada por essa doença e problemas, vários problemas.

Depois das aulas, resolvi falar com JungWon, Chaeyoung e Haneul tinham sido suspensas, sabe se lá o motivo, então estavam fora da escola.

Resolvi que iria falar com o menino no recreio, já que não nos falamos tanto hoje.

O sinal bateu, fui a procura do mesmo e não o achei em lugar algum, então resolvi me sentar num banquinho de madeira que ficava perto das salas.

Logo senti a presença de alguém, Seon.

- Seon? - Falei.

Seon: Ah, oi Rose - Ele sorriu tímido.

Seon: Você está bem? Parece tristinha... - Ele chegou mais perto.

Olhei para o garoto dos cabelos castanhos, que agora, se encontravam grudados em sua face, e sorri.

Sua presença era muito boa, e conversar com o mesmo já melhorava a sensação ruim que estava - ou estou - sentindo.

- Eu estou bem, fique tranquilo - Menti, não queria deixar o mais velho - por semanas - preocupado.

Ele balbuciou um "certo" e saiu andando.

Abaixei minha cabeça quando o perdi de vista e vi um par de sapatos pretos provávelmente virados em minha direção.

Levantei minha cabeça e dei de encontro com Sunoo.

- Sunoo?

Sunoo: Sim? - Ele se sentou ao meu lado.

Sunoo: JungWon foi ao hospital, seu pai passou mal, novamente. - suspirou.

- Oh sim, parece grave...

Sunoo: Ah, é normal, o pai de Jung sempre está no hospital por ingerir muita bebida alcoólica.

Lembrei da frase que o mais novo tinha dito, ele tinha dito que o pai dele sempre chegava bêbado em casa, se eu não me engano.

Sunoo: Ele mandou mensagem, dizendo para eu falar para você que ele está bem.

Ele sabe mesmo o que sinto? - Pensei.

Sunoo: Mas e você? Está bem?

- Ah, estou...

Sunoo: Não minta, Rose.

Abaixei a cabeça e deixei algumas lágrimas escorrerem, estava tudo acumulado em mim.

- Desculpe pai. - Falei olhando para o céu.

"Eu quebrei a única promessa que o senhor me fez, você me fez prometer que eu não desistiria, mas agora estou o fazendo, espero, do fundo do meu coração, que o senhor me perdoe algum dia, pai."

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