🌸Capítulo Três🌸

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Olá!

Mais um capítulo fresquinho de Outros tons de Magia, logo, logo, a coisa vai começar a esquentar.

Leila é uma grande amiga que considero minha irmã, recentemente ela ganhou uma bolsa de estudos na Noruega, e vai se mudar na semana que vem e levar tudo o que me restou

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Leila é uma grande amiga que considero minha irmã, recentemente ela ganhou uma bolsa de estudos na Noruega, e vai se mudar na semana que vem e levar tudo o que me restou.

A minha família, ela!

Crescemos juntas em um orfanato do interior de São Paulo em uma cidade chamada grande, Franca. Eu sou alguns anos mais velha que ela, e como uma boa irmã mais velha, devo desejar o melhor para a Leila.

E céus, como eu a vi estudar tanto para consegui essa bolsa de estudos.

Crescer no orfanato não foi ruim. Tirando a parte que as crianças eram cheias de esperanças todas as vezes que um casal ia visitar o local querendo realizar uma adoção. Mas as buscas sempre são as mesmas, bebês de até quatro anos.

Eu cheguei no orfanato 'Santa Luiza' com oito anos, cheguei a ser adotada uma vez, e cinco meses depois deu algum erro nos meus papéis da adoção, e voltei para o orfanato, meus pais adotivos não recorreram, permaneci em São Paulo até atingir a maior idade.

Já a Leila, chegou no orfanato com um ano, ela foi adotada seis vezes, mas todas as famílias faziam a devolução quando descobriam que ela era um bebê com baixa imunidade.

Foi aí que as nossas vidas se conectaram, Leila precisava de amor e proteção, e eu também! Nós adotamos como irmãs, e foi a melhor coisa que eu já fiz na minha vida.

Como se não bastasse, o destino brincava conosco, nos duas não sabíamos quem era nossos pais verdadeiros, mas também resolvermos não procurarmos por isso. As poucas lembranças que eu tenho da minha família de sangue é de uma mulher que julgo ser a minha avó.

E por mais amorosa que ela possa ter sido, não me lembro o suficiente dela para sentir saudades ou remorso por não quere investigar o meu passado. Não devemos mexer naquilo que deve ficar para trás.

— Vamos, já chegamos Giu. — sinto mãos pequenas me sacudirem.

Suspirei fundo e comecei a me arrastar para fora do táxi, eu parecia estar dormindo em pé. Certamente estou dormindo em pé!

Minha cabeça estava latejando, observei minha irmã pagar o taxista e o carro foi embora, suspirei novamente e sinto meu estômago embrulhar. Olhei para o nosso prédio e arfei sentindo um mal-estar. Acho que misturar martini com vodca não foi uma boa ideia.

Para o meu azar o elevador está de manutenção já tem dois dias e moramos no oitavo andar. — talvez era melhor ter escolhido a opção a qual eu me entupia de comida com gordura saturada, e sorvete industrial misturado com a boa e velha Coca-Cola — agora vejo que fiz a opção errada.

Leila me abraçou de lado e começou a me arrastar para dentro do prédio, parei de andar e pus a minha mão apertando os meus lábios me apoiando na porta de vidro.

— Leila... — meu estômago revirou como se tivesse vida própria.

— Não, não, não. Espera chegarmos no banheiro, Giu. — sua voz foi de desespero e seus passos me arrastando para dentro do prédio foram mais rápidos.

Ela realmente acha que eu vou conseguir subir oito andares?

Assim que passamos pela porta meu corpo travou, pus para fora ali mesmo toda aquela quantidade de álcool excessiva que tinha no meu estômago pedindo para sair. De longe eu escutei a voz zangada da Leila, ao mesmo tempo que ela segurava meus cabelos.

Enquanto de fato eu só consegui pensar em como o seu André da portaria iria se irritar com o meu vômito no seu carpete de 'Boas-vindas' Santo céus! Dessa vez eu havia extrapolado demais.

Minha cabeça está girando e tenho a sensação de que vou desmaiar, por que diabos eu tinha que beber tanto?

— Que merda, Giu! — Leila bufou tentando me levantar.

— Olha a boca suja-a! — resmunguei de olhos abertos vendo tudo embaraçado.

Enquanto Leila tentava impedir que eu caísse em cima do meu próprio vomito, essa é uma cena tão humilhante que prefiro esquecer.

Ora, eu ainda sou a irmã mais velha por aqui. Sou a responsável... a esquece essa baboseira! Mesmo com toda a cena que está acabando com a minha imagem de jornalista seria e formal. Fico a pensar o que vou fazer quando a Leila for embora.

A Noruega não fica na esquina de Copacabana, e não tem a mesma distância do Rio de Janeiro até São Paulo.

Leila vai para um lugar muito mais longe que isso, tão longe que não sei se o meu coração vai se capaz de suporta viver sem ela.

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