Capítulo 6

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Quando cheguei, completamente coberta de farinha, recebi uma bronca de meu pai, principalmente por eu ter desaparecido por mais de três horas. Eu não me importei, apenas ignorei e subi para tomar um banho, não queria brigar, meu dia com o Cole e suas irmãs foi bastante agradável, não queria uma briga agora, provavelmente iria acabar com a minha facilidade. Quando eu cheguei no meu quarto minha banheira já estava pronta praa mim. Agradeci aos criados e tirei minha roupa, ela estava completamente suja de farinha, meu cabelo também estaca cheio de farinha, até os meus sapatos!

Fiquei um bom tempo dentro daquela banheira, a água estava bastante refrescante e acalmante, fiquei pensando no meu dia e no quanto ele foi perfeito, havia séculos que eu não me divertia assim. Quando terminei meu banho, coloquei um vestido qualquer que eu não usava muito. Deixei meu cabelo solto para secar melhor, pegueu um sapato "limpo" e o coloquei, e então desci, para procurar por algum criado e lhe pedir um favor.

Ao chegar nos fundos da minha casa, me deparei com Alex, graças a Deus.

― Alex, poderia me fazer um favor? ― ele ainda era um moleque, não era um senhor, por isso ninguém o chamava de "senhor Philips".

― Claro, senhorita. ― já eu por outro lado...

― Vá até o senhor Alencar e compre dois sacos de farinha. ― lhe entrego o dinheiro, que tenho certeza que será o suficiente.

― Desde quando a senhora cozinha? ― me olha confuso.

― Ei, quando eu era pequena, ajudava a Margarida! ― digo rindo. ― Mas não é pra mim, entregue na Padaria dos Sprouses, e diga que é um presente de uma amiga, muito grata. ― ele assente. ― E pode comprar um docinho na padaria pra você.

Ele sorri e balança a cabeça positivamente, depois vai para o curral e assim preparar a carroça para ir até a vila. Vanessa me disse que eles ficavam com um prejuízo quando fazian guerras de farinha, e hoje eles ficaram com um enorme prejuízo. Por que não os ajudar? Já que me ajudaram, e muito, quando eu estava sendo "perseguida" pelo desagradável senhor Lenox. E também por terem me dado comida, e feito o meu dia melhor.

Voltei para dentro de casa, e então me deparei com o meu pai, que estava na sala. Minha intenção era ignora-ló mas não consegui, já que ele havia me visto e me chamou.

Tess estava na sala, ela me olhou preocupada mas eu lhe dei um sorriso, como se estivesse dizendo que tudo estaria bem, que ela não devia se preocupar. Ela entendeu o meu recado e então voltou a atenção para seu caderno.

Meu pai já estava em sua cadeir quando entrei.

― Papai... ― chamo sua atenção.

― O senhor Apa virá amanhã, para você o conhecer. ― diz sem ao menos olhar na minha cara.

― O senhor não vai desistir, não é? ― nem sei porque o perguntei isso, eu sabia a sua resposta.

― Não, você já devia estar casada, igual a sua irmã. ― então, se levanta e sai da sala.

Minha vontade era de quebrar tudo que havia ali, de quebrar sua mesa, seus quadros, seus vasos caríssimos, rasgar contratos, resumindo: destruir aquilo que ele mais amava, seu escritório, já que ele estava me tirando o que eu mais amo: a minha liberdade de escolha.

Apenas saí da sala, não olhei para Tess, não queria que ela percebesse minha cara de quem queria destruir a casa toda apenas para descontar minha raiva. Segui para meu destino anterior: a biblioteca. Eu gostava de ir para lá quando não havia nada para fazer. Era um lugar calmo e aconchegante. Havia várias prateleiras cheias de livros, sofares super confortáveis, um piano e alguns instrumentos com a melodia calma. Janelas enormes com cortinas enormes que deixavam a sala mais clara e mais elegante, eu devo confessar que tinha medo de todas essas ianelas quando menor.

Sr. SprouseOnde histórias criam vida. Descubra agora