⇝ 4

313 98 95
                                    

Estamos vivendo na França há pouco mais de um ano, e nesse meio tempo, Mark, Anna ou eu vamos à Oxford ao menos uma vez por mês

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Estamos vivendo na França há pouco mais de um ano, e nesse meio tempo, Mark, Anna ou eu vamos à Oxford ao menos uma vez por mês. Por ser uma viagem parcialmente longa (pouco mais de seis horas), acabamos indo de jato, o que diminui esse tempo consideravelmente.

Em outro momento, eu adoraria ir de carro. Gosto de viagens longas, de estar dirigindo, mas por ser a trabalho, preciso recorrer a algo mais rápido.

Eu estive lá na na semana passada, o que significa que Mark não deveria estar lá agora; e não estaria, se Alex Watts não tivesse me ligado dizendo que tem alguém seguindo-o há dois dias.

Alex tem sido a nossa isca. Ele é cunhado de um grande amigo meu, e foi para ajudá-lo que prendi Joe Viotto. O pai do garoto era um imbecil que fez uma dívida absurda com um agiota - Viotto - para manter o vício em drogas e jogos. O problema é que ele pagava a dívida fazendo favores para Joe, especialmente sendo mula, mas, ele e a esposa faleceram num acidente de carro antes que ele pudesse quitar a dívida.

Mas, convenhamos: quinhentos mil dólares? Ele nunca pagaria isso.

Alex tinha quinze anos quando isso aconteceu, e Taylor, sua irmã mais velha, tinha vinte e dois. Ela ficou responsável não só pelo irmão, como também por quitar essa dívida. Ela trabalhava com Ethan Carter, meu amigo de infância, e os dois acabaram se envolvendo. Hoje não apenas estão juntos, como são pais de dois bebês: Ezra e Sophia. Eu sou padrinho de Sophia.

Então, Ethan pagou a dívida, mas Alex já tinha tentado resolver isso com as próprias mãos. Como? Atirando em Viotto numa tentativa vã de matá-lo. O agiota não apenas descobriu que havia sido Alex, como tentou se vingar, atirando em Alex e deixando-o entre a vida e a morte.

Quando Alex me procurou para dizer o que tinha feito e pedindo por ajuda, a minha primeira reação foi perguntar como ele pôde ser tão imprudente, colocando não apenas ele em risco, mas as pessoas que ele ama, também. Então, ele me disse algo que me ajudou a entendê-lo:

Taylor é tudo o que eu tenho. A única família que me restou e tem cuidado de mim melhor do que nossos pais cuidaram. Não me pareceu justo que ela andasse sempre com medo por um fardo que não é dela.

E eu entendi. Cara, eu entendi. Tenho quatro irmãs e faria qualquer coisa por elas. Tenho três filhos e mataria por eles. Entendo o significado que a família tem, e não pude julgar Alex por tentar proteger a própria irmã. De um jeito completamente estúpido, mas, se ele tivesse  uma mira melhor, Joe Viotto não seria mais uma dor em  nossas bundas.

Depois disso, é claro que Alex está na mira de Viotto. Preso ou não, o homem tem quem o proteja e o vingue aqui fora, então, por ora, decidimos afastá-lo do país.

— Ele não parece suspeito? — pergunto, esfregando o polegar no lábio.

— Não dá para saber, cara. — Mark responde de outro lado da linha, parecendo cansado. — Ele não parece suspeito, não parece estar prestando atenção no Alex nas filmagens, mas sabemos que não podemos julgar com base na aparência ou na expressão corporal.

Par perfeito - Livro 3 (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora