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— É só isso?

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— É só isso?

Austin dá uma risada, colocando as mãos na cintura, mas a pergunta foi séria. Quando ele me convenceu - mais porque eu estava prestando mais atenção em como ele é bonito do que por interesse -, a fazer aulas de defesa pessoal, eu esperava socos, chutes e toda aquela emoção. Eu procurei alguns vídeos no YouTube e fiquei animada com a ideia de aprender a golpear alguém. Certamente, isso vai ser muito útil para mim. Eventualmente... eu espero.

Nunca consegui ser do tipo que gosta de academia. Acho o clima de lá muito chato, desde as músicas repetitivas até os caras que vivem de anabolizantes gemendo para toda a academia ouvir a cada exercício. Então, para mim, era uma perda de tempo pagar para estar em um lugar que não queria estar.

Mas, de alguma forma, Austin me convenceu a começar a ter aulas de defesa pessoal. Aquele papo de ser nova num país, estar numa cidade que não conheço e que é altamente turística - o que atrai assaltantes -, foi o suficiente para me convencer a frequentar uma academia. Não só isso, mas a ter aulas com ele.

Tudo bem, o plano era conhecê-lo e seguir em frente. Não é legal furar um "encontro", e piora com o fato de ele não ter mencionado o que aconteceu. Pode ter sido algo sério ou ele pode simplesmente não ter ficado a fim de ir e ter me deixado naquela situação constrangedora. Em Nova Iorque, eu teria simplesmente dado um gelo nele e cada um seguiria a sua vida.

Mas, eu não estou em Nova Iorque. Vim para cá procurando por mudanças, e é o que vou fazer, em todos os sentidos possíveis. Austin pode não ter dado um motivo, mas é um cara legal, então, desde que isso não aconteça de novo, estaremos numa boa.

— O que você esperava de uma primeira aula? — ele pergunta com um sorriso ladino, deixando em evidência as adoráveis covinhas.

— Ah, sabe, algumas coisas... — faço um gesto confuso de defesa com os braços, esperando que isso faça com que ele entenda. Mas, pelo erguer de lábios e o arquear de sobrancelhas, eu fui mais desajeitada do que qualquer outra coisa.

— Você quer contato corporal na sua primeira aula?

Seis meses, duas semanas e seis dias.

Esse é o período de Paige Pearce sem sexo. Nem depois de me separar, passei tanto tempo assim, sem transar. Tragam o Oscar de celibatária do ano, porque eu mereço. E, francamente, Austin dizer isso não me ajuda.

— Dar socos no ar não é exatamente o que eu esperava. — assumo com um sorriso constrangido, encolhendo os ombros.

Austin me analisa por um ou dois segundos com uma intensidade que faz o meu corpo se arrepiar.

Tudo bem, precisamos falar sobre Austin Henderson. Ele é amigo de Ethan Carter, que por acaso, é meu amigo, e passou os últimos meses me infernizando sobre conhecer um amigo de infância, enchendo o cara de elogios. Eu, como uma mulher azarada para relacionamentos, neguei todas as tentativas de Ethan de bancar o cupido, porque ainda não tinha certeza se conseguiria lidar com algo apenas casual.

Par perfeito - Livro 3 (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora