⇝ 1

337 105 49
                                    

— Ai, meu Deus! Ai, meu Deus! Ai, meu Deus!

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— Ai, meu Deus! Ai, meu Deus! Ai, meu Deus!

Tiro uma... ou quatro fotos assim que saio do aeroporto de Paris. Não dá para acreditar. Entre a faculdade, o casamento e o divórcio, fiquei tão focada no trabalho e em tentar juntar os caquinhos, que uma viagem à Europa (à Paris, especificamente), sempre ficou para depois.

E agora eu vou morar aqui. Morar!

Minha mãe vai pirar quando perceber que eu falei sério.

Estreito os olhos para procurar Apolline, popularmente conhecida como Pops. Eu a conheci na universidade. Ela é francesa, mas fez a residência nos Estados Unidos, e acabamos ficando no mesmo grupo. Falamos uma ou duas vezes sobre abrirmos uma clínica juntas, sobre uma sociedade, mas como eu tinha em mente que queria me casar assim que acabasse a residência, e como Justin preferia que abrir o seu primeiro restaurante por lá e eu já estava garantida no hospital, acabei ficando em Nova Iorque.

Meu celular vibra uma mensagem e abro um sorriso ao ler:

Pops: Tire o olho desse celular e venha viver, princesa. Sua vida está prestes a começar. Estou perto do balcão da recepção. Você vai me reconhecer com facilidade.

Carrego o carrinho com as minhas malas até a recepção, procurando avidamente pela minha amiga até entender o motivo de ela ter dito que eu iria reconhecê-la.

— Puta merda. — resfolego, dando uma risada incrédula. — Não acredito.

Giro a cabeça, encarando Pops, que está segurando um cartaz escrito "Seja bem-vinda da prisão, PP. Desta vez, não seja pega, aprenda a correr mais rápido. Você se casou na cadeia?".

Inacreditável.

Eu posso fingir que meu nome é Monique Evans e seguir um mapa para encontrar o meu novo lar. Antes que eu me vire para colocar o meu plano genial em prática, Pops começa a gritar, balançando o cartaz em cima da cabeça enquanto pula:

— Até que enfim você chegou, PP. Espero que não tenha feito tatuagens em lugares comprometedores ou tenha se casado no presídio. — anda apressada na minha direção, me puxando para um abraço apertado. Vejo algumas pessoas nos olhando aos risos, uma ou outra com o celular na nossa direção e alguns desdenhando.

No fim, acabo gargalhando, porque já sabia que seria recebida de alguma forma inusitada. Eu esperava algo mais "parabéns por ter enfrentado a colonoscopia", mas a cadeia foi genial, preciso assumir. Constrangedor e cômico na mesma proporção.

— Você finalmente está aqui. — ela se afasta, agarrando os meus braços. — Cheguei a achar que acabaria desistindo, como fez das outras vezes...

Quando você abandonou o seu sonho para ficar com o seu marido safado, consigo ouvir o resto da frase pairando sobre as nossas cabeças, mas, por mais que Pops não seja o exemplo de sutileza, ela não diria isso. Não em voz alta, pelo menos.

Par perfeito - Livro 3 (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora