•ℭ𝔥𝔞𝔭𝔱𝔢𝔯 𝔉𝔬𝔲𝔯•

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Abro a porta de casa me deparando com vários homens na sala.

— Quem são vocês? – Pergunto querendo saber quem são.

— Oh, esse é o menino Oliver? – Diz um homem boa pinta sentando ao lado de minha mãe.

— Filho, esse é Peter, ele disse que tem um assunto a tratar com você – Fico confuso com sua fala, pois eu nunca sequer vi esse homem em toda a minha vida.

— Não fique com essa cara, você já irá saber meu jovem – Diz ele pedindo que eu o acompanhasse para outro cômodo da casa.

Me sento na cadeira que tem na mesa de jantar e me pergunto o que ele quer tratar comigo.

— Bom, como sabemos seu pai era um homem com muitas dívidas e uma dessas dívidas ele tinha com a minha pessoa e estou aqui para cobrar o que é meu por direito – Escuto ele falar e sinto que nessa história que vai sair ferrado sou eu.

— E quanto é a dívida dele?

— U$20.000 meu jovem – Diz ele e sinto vontade de trazer aquele canalha a vida e matá-lo novamente, que desgraçado nem morto nos dá sossego.

— Eu não tenho esse dinheiro – Digo derrotado.

— Você pode trabalhar para mim, meu subordinado me contou o que você fez com seu falecido pai e isso me interessou, você será muito útil se juntando a mim.

Será que escutei direito?

— Não compreendi – Olho para ele com cara de tacho.

— Você tem duas opções. Paga a dívida que seu pai deixou ou trabalha para mim, trabalhando para mim você irá ganhar bem e quitará a dívida, claro que você irá passar por um treinamento para isso, mas é coisa simples – Diz ele com toda calma existente.

Digo que vou conversar com a minha mãe e me retiro do ambiente.

Chamo minha mãe para conversar e ela estava numa conversa divertida com os outros homens, faz tempo que não a vejo sorrir assim.

— Mãe ele me propôs trabalho para quitar a dívida do defunto – Digo e a olho — Ele não tem cara de quem mexe com coisa boa e eu estou sem alternativas a não aceitar, não quero pedir nada a ninguém e não tenho todo esse dinheiro – Minha mãe escuta tudo pensativa.

— O que você irá fazer meu filho? Eu posso pedir ao Sr. Price esse dinheiro – Diz ela alisando o meu rosto.

— Não mãe, não quero envolver ninguém nesse meio, eu vou aceitar e fazer de tudo para me livrar o mais rápido possível – Digo a vendo com os olhinhos cheios de lágrimas.

Me corta o coração vê minha mãe assim, mas é a alternativa mais sensata, não quero envolver ninguém e seria como enxugar gelo, pois eles poderiam ficar me ameaçando ou até quem sabe ameaçar a família Price.

— Eu aceito trabalhar para você – Digo ao retornar para onde o Peter estava.

— Fico feliz que você aceitou garoto, lhe dou dois dias para você ajeitar tudo e se despedir de quem quiser, no final desses dois dias iremos viajar para a sede – Diz ele estendendo a mão para eu apertar.

Concordo e observo eles irem embora.

Será que essa foi realmente a melhor decisão?

[.....]

— Oh gatinha eu preciso ir – Digo enxugando as lágrimas dos olhos de Mary.

— Não pode, Oli vai esquecer da Mary.

— Oli promete voltar pra gatinha e ficar com ela pelo resto da vida – Aliso seu rostinho todo vermelho pelo choro recente.

— Mary vai sentir saudades do gatinho dela – Diz ela toda manhosa.

Sorrio com a sua fala e passo mais algum tempo em silêncio.

— Mary você irá me esperar? – Ela concorda — Então não haverá outra mulher a não ser você, irei voltar o mais rápido que conseguir gatinha e serei todo seu até quando você desejar.

— Mary ama o Oli – Diz ela me dando um beijo nos lábios.

— Oli ama a Mary – Começo a sorrir com o quão bobo nós somos.

[.....]

— Mãe eu também lhe amo e sentirei muitas saudades da senhora – Abraço o corpo pequeno tentando fazer com que os soluços parem.

Já estou no segundo dia dado a mim e Mary e a dona Ana não param de chorar, parece até que eu não vou mais voltar.

Já ajeitei todas as minhas coisas, tudo que eu achei ser necessário.

— Gatinho? – Escuto aquela voz doce.

A Mary dormiu em minha casa, disse ela que era para aproveitar nossos últimos momentos juntos.

— Isso é para você – Me estende um colar que guarda no interior uma foto de minha mãe e uma dela.

— Eu amei gatinha, muito obrigado. Assim irei ficar próximo de vocês sempre – A puxo para nosso último beijo.

— Vamos? Já está na hora – Escuto a voz de Peter.

— Eu amo vocês duas e sentirei saudades – Me despeço com um beijo na testa de ambas e saio porta a fora.

[.....]

O lugar aonde estou é bem frio e um pouco escuro, não faço a mínima ideia aonde seja.

— Aonde estamos?

— Em Whistler, Canadá – Diz Peter.

Eu moro em Filadélfia/ Pensilvânia.

Peter começa a me mostra tudo que ele achou ser necessário, meu quarto, cozinha, banheiro, seu escritório entre outros cômodos da casa.

Até que ele começou a me explicar sobre o meu treinamento.

— Você sabe por que eu lhe escolhi? – Balanço a cabeça em negativa.

— Você é determinado e eu gosto disso, meu homem me disse o que você fez com o seu pai e isso atiçou a minha curiosidade sobre você – Concordo esperando que ele continue — Você fará alguns serviços para mim e eu lhe pagarei por isso, irá matar algumas pessoas que não merecem mais estar nesse plano, mas antes você irá passar por um treinamento intensivo, treinamento esse que fará você se tornar o melhor.

Escuto tudo atônito, ele quer que eu mate pessoas? É isso mesmo?

Eu achei que no máximo iria mexer com drogas, não matar pessoas.

Concordo achando que não escutei direito, não pode ser né? Ele não está falando sério!

Matar meu pai foi coisa de uma pessoa com o sangue quente, defendendo uma pessoa muito importante para si.

Agora matar pessoas por trabalho me parece insano.

— Não se preocupe, você não irá matar pessoa inocentes, essas pessoas que estará na sua futura lista, não passa de pessoas podres que não merece a dádiva da vida – Diz ele e eu penso comigo mesmo que eu vou ser tão podre quanto, matar uma pessoa não é um ato bom.

Concordo e peço licença indo para o meu quarto de agora em diante.

Ao colocar a cabeça no travesseiro depois de um longo banho, me pergunto como minha vida mudou tanto da noite para o dia, eu achando que me livrando do encosto eu teria sossego. — Ledo engano.

Agora é fazer o que me foi dito, pois não tenho mais como voltar atrás e a partir de hoje terei que sobreviver um dia após o outro para voltar o mais rápido possível para as mulheres da minha vida.

Espero voltar rápido para você Mary – Com esse pensamento me entrego ao sono.

DATING A CRIMINAL (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora