A escapada

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Naves pousavam nas docas bem iluminadas, guerreiros traziam com sigo espólios de suas conquistas, interpretarias, caixas e mais caixas de armas e tecnologia eram alinhadas contra as paredes pelos trabalhadores que conversavam entre eles animados sobre "A grande notícia".

Rei Vegeta anunciara que sua rainha em breve os daria o presente de um novo herdeiro e em sua honra um banquete seria oferecido.

Sayajins são notórios por seu apetite voraz, a ideia de comida abundante sempre os alegra, talvez mais do que a nova chegada na realeza.

Mas com a comemoração veio também a grande pergunta, quem perderia esse evento para montar guarda? As docas eram onde grande parte dos armamentos aprendidos e naves da frota repousavam, um alvo óbvio para traidores da coroa.

— Eu não me importaria de montar guarda, não é como se a chegada de um novo príncipe fosse mudar algo para mim.

Disse Kukie, que até então apenas observava a murmúrio de seus colegas de trabalho.

O ambiente caiu em silêncio por alguns segundos, silencio esse quebrado pelas risadas eufóricas que o seguira.

— Estaríamos mais seguros deixando as docas vazias!

Disse um dos homens, ali, sua voz ainda em um tom entretido pela proposição.

— O que alguém como você conseguiria fazer? Uma falha que nunca deixou este planeta, nunca clamou um reino em nome do império, honestamente a sua presença aqui é uma vergonha para o resto de nossa raça, a boa vontade de nosso rei tem um limite, O legado de seus pais não te sustentarão para sempre.

Ele concluiu.

Aquelas palavras, mesmo que pesadas, carregavam uma verdade da qual Kukie já estava ciente, em um mundo de guerreiros e bárbaros, sua força não assimilava a deles e seus desejos se provavam impossíveis. A ideia de destruição dos outros por glória não a soava nem um pouco atraente e como mulher a ideia de doar de seu corpo para a expansão do império a enchia de nojo.

Ela sabia que a única escapatória que tinha desse pesadelo se encontrava além do anil sobre as nuvens, este não era seu lugar no mundo.

Apertando seus punhos, ela deixou com que esses pensamentos dolorosos se evaporassem. Se quisesse escapar daquele lugar, esta noite seria sua única chance, pela primeira vez encontrara uma abertura, uma noite em que todos no planeta estariam distraídos, a oportunidade para sua escapada, ainda assim seu orgulho pesava sobre seus ombros, o pensamento de implorar por ser deixada na guarda passou por sua mente e deixou um gosto amargo em sua língua.

— Deixe com que ela venha, se alguém merece perder o banquete é justamente aquela que nega os desejos do rei.

Disse Celtu, um homem de porte tão alto e ombros tão largos que criava uma parede de sombras sobre seus companheiros.

Kukie o conhecia bem, as juntas de seu corpo se lembravam das dores causadas por suas disputas na infância e adolescência.

— Quando o sol se por, esteja aqui!

Rugiu o homem, relutante, claramente irritado por fazer essa concessão.

Voando de volta para casa, ela sabia que não seria fácil, no chão abaixo, observava a comoção de todos, as pequenas cidades ao redor da capital, suas ruas cheias de vida e movimentadas com as preparações, o cheiro de carne assada invadia flutuava pelo ar suas narinas e enchia sua boca D'Água, mas seus pensamentos se mantinham focados em seu objetivo.

Sua casa era pequena, feita de pedra lisa arredondada, e paredes brancas, uma pequena escadaria se erguia na lateral da estrutura em uma espiral em direção à porta de madeira, a vegetação crescia de forma selvagem aos pés da estrutura, vinhas começava a se esticar pelas paredes.

Dragon Ball A New Dawn (Um Novo alvorecer)Onde histórias criam vida. Descubra agora