capítulo 10

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Oie! Obrigada pelo carinho, boa leitura! ❣️

O domingo se passa sem maiores acontecimentos, exceto por um pequeno: a mãe de Hinata viu o chupão. Foi culpa dele mesmo, quando tirou o band-aid para tomar banho e esquece aquilo, como ele faz com a maioria das coisas da vida que não são tão importantes. Ele provavelmente deveria ter classificado um chupão como "importante", mas é só quando ele está parado na frente de sua mãe com os olhos arregalados, que ele lembra. Ela está mais surpresa do que qualquer outra coisa, falando sobre como Hinata demorou para amadurecer e ela está feliz que ele está finalmente se interessar em meninas (ele definitivamente não a corrigiu), mas ela se senta com ele e tem A Conversa.

Hinata deixa a sala completamente mortificado; não é como se ele não tivesse escutado essas coisas antes, mas ouvir da própria mãe é algo que ele não desejaria nem ao pior inimigo. Mães não deveriam mencionar partes privadas e coisas que as pessoas tendem a fazer com elas. Ele reza por Natsu nessa noite, para que ela viva uma longa e feliz infância livre de ouvir a mãe deles falando esse tipo de coisa.

Usualmente, Hinata cai no sono com facilidade, mas naquela noite ele não consegue. Ele imagina como seria fazer aquelas coisas com uma garota; ele começa a pensar nas garotas que conhece, mas isso só o faz se sentir desconfortável. Elas são fofas e tal, mas ele nunca pensou nisso com nenhuma delas. Talvez ele só não esteja imaginando direito; talvez ao invés de imaginar o ato de fato, ele deveria pensar nas pequenas coisas, como beijar e nas outras coisas que ele só fez com Kageyama. Provavelmente seria diferente fazer aquelas coisas com uma garota, mas o princípio geral de beijar deve ser o mesmo, certo?

Ele tenta, ele realmente tenta, mas todas as vezes que ele tenta imaginar uma garota no lugar de Kageyama, parece errado. Kageyama pe uma presença tão distinta; ele é alto, mais alto que qualquer garota que Hinata conheça, suas mãos são grandes e ásperas devido ao vôlei, e elas são boas no cabelo de Hinata. Ele já está tão naturalizado com Kageyama na quadra que qualquer outra coisa com ele parece natural. Ele imagina que eventualmente esse lugar será ocupado por uma namorada, mas por agora ele está totalmente satisfeito com o que tem. Ele ainda não liga em fazer essas coisas com meninas. O tempo para isso teria que ser tirado do vôlei.

E sobre fazer esse tipo de coisa com Kageyama, contudo? Hinata não tinha pensado nisso até agora, porque tudo que eles fizeram foi no calor do momento, em sua maioria. Hinata nem sabe como caras fazem isso, realmente; pensar sobre isso faz seu rosto aquece. Ele sabe como Kageyama fica quando eles estão se tocando, mas ele imagina o quanto seria diferente se eles estivessem transando de verdade, pra valer. No fundo de sua mente pipoca o pensamento de que talvez isso seria ultrapassar um pouco a linha de uma competição, mas ele ignora isso para favorecer o pensamento sobre as poucas vezes que ele conseguiu tirar sons dos lábios de Kageyama, e ele sente um calor começando em seu estôamgo.

Subitamente, Hinata quer muito, muito falar com Kageyama.

Eles não se falam muito no telefone, mas quando Hinata liga, Kageyama sempre o atende; ele imagina se Kageyama ainda estaria acordado. Ele lança um olhar para o relógio; 12:23. Kageyama é um bebezão que vai para a cama cedo, mas talvez ainda esteja acordado. Hinata debate por dez segundos a ideia em sua cabeça se seria uma boa ideia ou não antes de pegar seu telefone e ligar para Kageyama.

O telefone chama umas, duas, três vezes, quatro vezes e Hinata acha que é uma causa perdida, até que na última chamada, Kageyama atende. Sua voz está grogue e Hinata pode afirmar que ele estava dormindo, e se sente um pouco mal por ter o acordado, mas não o suficiente para se desculpar e desligar.

"Você está dormindo?" Hinata diz, mantendo a voz baixinha. Seus pais já foram para o quarto e Natsu já está ferrada no sono, mas ele só quer se certificar.

i can do better - kagehina {pt. version}Onde histórias criam vida. Descubra agora