SÉTIMA PARTE

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Puxando um dos cobertores da cama, enrolei-me completamente nele e até mesmo cobri minha cabeça

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Puxando um dos cobertores da cama, enrolei-me completamente nele e até mesmo cobri minha cabeça. Fungando baixinho devido ao sentimento difícil ainda preso dentro de mim. A passos calmos e bem sorrateiros, sai do quarto.

Dou uma leve corridinha até as escadas — tenho pressa para chegar até ele — e desço-as com calma, mas, meu corpo me para assim que eu ouço a voz de Jungkook. Ele está sentado esparramado no sofá. Tudo está desligado, assim como a televisão. É apenas ele, a luz do abajur, os cobertores mais grossos e a solidão que ele tratou de compensar com uma conversa.

Ele acaricia a barriga com calma, sua respiração é fraca. Suas bochechas estão coradas. De onde eu estou, consigo ver absolutamente tudo — a luz do abajur consegue iluminar seu lindo rosto e o deixar ainda mais belo — que se passa na sala. Me sento nas escadas e fico o observando e ouvindo sua conversa com nosso bebê.

— Quando eu conheci sua mãe, ela tinha cabelos bem curtos. Deixava ela com um ar tão intimidante, que por umas boas semanas a evitei. — Ele comenta, parecendo perdido nas próprias memórias.

Um sorriso escapa dos meus lábios e eu suspiro. Lembro-me como se fosse ontem, de Jungkook me evitando de todas as formas que ele conseguia. Porque se sentia envergonhado e intimidado demais em minha presença. Mesmo que fossemos conhecidos a muito tempo.

— Só que como uma alfa apressada e decidida que ela é, ela me agarrou e me deu um beijão! Não que eu não quisesse, mas, eu precisava mostrar que sou um pouco difícil. Se eu dissesse que estava apaixonado por ela, logo de cara, o que ela pensaria..— Acaba pensando, e eu coloco minhas mãos contra minha boca.

Ele é tão fofo.

— Pensaria possivelmente que eu sou um ômega oferecido. Contudo, sou um moço de família e hoje, estamos casados. — Ele ri, e joga a cabeça levemente para trás. — Eu não sei se você já consegue me ouvir, acredito que não, porque eu sou muito bobo e você ainda é uma sementinha. Mas, você nem nasceu e eu já te amo tanto.

Sua voz soou melancólica e chorosa. Jungkook acaricia com mais carinho ainda a própria barriga e seus olhinhos pretinhos se enchem de lágrimas, ele funga e tenta secar as bochechas com as costas da mão. A emoção de falar com nosso bebê, o faz perder totalmente a linha de raciocínio.

— Eu queria sua mãe aqui, pra cuidar de mim. Mas, ela fez algo que não deveria. — Jungkook volta a conversar e eu respiro fundo. Passando as mãos sobre meus cabelos e continuo ali, sentada na escada o admirando. — Tá de castigo por enquanto.

Jungkook se perde nos pensamentos e eu já não ouço mais sua voz. Ele apenas pisca, totalmente pensativo. E essa é a brecha que eu preciso para me aproximar sorrateiramente de si. Indo pelo outro lado do sofá, subo pelos pés e vou engatinhando em sua direção.

Ao perceber minha presença, ele se assusta e acaba batendo na minha testa. Não consigo conter minhas risadas e tiro o lençol de minha cabeça e me acomodo sobre ele. Tomando cuidado com sua barriga.

𝐔𝐌 𝐎̂𝐌𝐄𝐆𝐀 𝐏𝐑𝐄𝐂𝐈𝐒𝐀 𝐃𝐄 𝐔𝐌 𝐅𝐈𝐋𝐇𝐎𝐓𝐈𝐍𝐇𝐎, 𝐣𝐣𝐤.Onde histórias criam vida. Descubra agora