CAPÍTULO 02: SEGREDOS

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   O homem de cabelos grisalhos, ajeita seu casaco, despedindo-se dos dois em seguida. Passa pela frente do rapaz, e da sua parceira, que segue logo atrás, indo para a porta de saída, David, os acompanha até a porta. Um suspiro veio da sala de estar, por parte de James, que vira sua cabeça na direção do corredor, vendo seu amigo despedindo-se do homem e da mulher.

— É isso, obrigado pela visita. — Despede de ambos com apertos de mãos.

   O rapaz na sala segue em frente, encosta e cruza os braços na porta, entre a sala e o corredor de frente com a porta de saída. Eles se despediram mais uma vez, logo, houve uma batida de porta que, David, havia fechado anunciando a saída dos dois, ficou com as mãos apoiadas na porta.

— Como ela poderia esconder isso da gente?

— Vai entender.

— Esse monstro que fugiu é perigoso demais, temos que fazer alguma coisa, James. — Ele se vira para o amigo.

— Acha que devemos ajudar mesmo?

— Claro, esse é o nosso trabalho. Bom, vamos esquecer isso por agora... Eu quero conversar sobre aquela conversa que tivemos antes.

— Tudo bem, prossiga… — Concorda James.

— Vamos para o sofá… — Caminha para longe dali onde irá ter uma longa conversa.

— Ok. Eu sei que você é formado em psicologia. — Disse James que caminha ao lado do amigo.

   Além de ter esse ramo em seu certificado, não era uma pessoa que daria para acreditar que é um psicólogo. Na vida comum fez doutorado para abrir uma clínica para ajudar pessoas com problemas psicológicos. No entanto, tudo mudou na sua vida depois que conseguiu uma vaga na N.O.S.E e quis seguir outro ramo, mesma profissão de seu pai já falecido, depois das mortes de seu irmão e de sua mãe. Em sua mente sabia que poderia ajudá-lo com suas habilidades nos conhecimentos psicológicos.

   James, se ajeitou no sofá arrumou a sua postura, seu amigo afastou a poltrona para perto do sofá, assim ficaria melhor para conversar dando um ar mais profissional.

— Bom, para gente começar vou fazer perguntas referente ao seu estado. Tente ser o mais coerente possível.

— Tudo bem.

— Você sempre está feliz?

— Sim, sempre estive. Algumas coisas podem me tirar do sério, mas na maioria estou bem. — Olha fixamente nos olhos do amigo.

— Qual seu maior medo? — Ele inclina para frente, junta as mãos, entrelaçando os dedos.

— Meu maior medo era sempre estar sozinho nesse mundo. Quase todas as pessoas possuem esse medo de não ter algo que possa chamar de seu, não é mesmo? — Disse no tom de voz séria.

— Sim! Você pode dizer para mim, um fato que ocorreu antigamente é que isso te deixe desconfortável. Amigo, você não é obrigado a falar tudo, entretanto, é bom desabafar um pouco e ainda para um profissional como eu poder te ajudar, estou com você. — Pensou somente em uma coisa nessa hora.

"Qual será a resposta dele?"

— Tudo bem, vou falar que minha história é muito complexa, e não uso ela para me fazer de vítima. Meus pais não eram bons, meus irmãos nem se fale, e minha vida sempre foi largado a aprender sobre os valores morais da vida sozinho. Meus queridos pais não ligavam para mim, tanto que só reclamavam sobre tudo que eu fazia na minha vida, não suporto nem lembra, só foram uns pais ruins.

— Uma coisa que você gosta e reparei em você, é sua determinação no trabalho, seu esforço, inteligência, leitura. Não se deixa levar por nada nesse mundo e que pessoas como seus irmãos e pais não chegaram ver isso achando que você era um ninguém só por fazer as "menores" coisas que eles achavam não ser relevante a você — Da um sorriso com a boca fechada e dá um tapinha no ombro de James. — Amigo, você já conseguiu o que queria, então, meu conselho é, siga em frente.

Coisas Desconhecidas - 1 TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora