Pra você, daqui á 0000 anos no futuro

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"Você e eu podemos ficar juntos para sempre agora ... por que não fazemos uma visita aos dois lá na terra? Afinal, o ciclo tem que continuar certo? "

...

"Por que não escrever ... que se dê início ao portão de partida."

Fim.



... De repente escuto o sinal da escola tocar. Com um leve susto, desperto de um pequeno cochilo.  "Estranho, o sinal nunca toca, será que está rolando alguma coisa importante como, por exemplo, o início de uma prova?...  A não não deve ser nada, vou continuar a estudar que ganho mais." Depois de algum tempo, começo a me estressar com os problemas de matemática, "mas será possível ?! Como é que eu vou saber o nome da aeromoça dentro de um avião com 120 passageiros? ... AAAA DESISTO!! não aguento mais essa ..." Enquanto tenho minha DR com a matemática ouço um grito. Um berro de uma garota ecoa na minha mente como se penetrasse meus ouvidos, era um grito cortante cheio de dor, raiva e sofrimento, coloco minhas mãos na cabeça desejando o seu silencio, mas ele continuava perfurando meus ouvidos. "Aaaa para de GRITARR... Cala a boca, CALA A BOCAAA", a dor era tão intensa que me faz chorar. 

Saio para fora da sala me deparando com um corredor totalmente vazio, "será possível que só eu esteja escutando isso??" encosto na parede e do mesmo jeito que veio, o berro foi embora, como se finalmente fosse silenciado para sempre, escorrego para o chão meio tonto e com dor de cabeça. Olho para os lados para confirmar se realmente não tinha ninguém naquele corredor gigante, "será que estou ficando doido? não é possível, isso foi tão real... A dor foi tão realista que me fez chorar." Me levanto, mas antes mesmo de me recompor, sou tomado por uma sensação horrível, uma sensação que faz minhas pernas fraquejarem e que ao mesmo tempo faz meu cérebro produzir adrenalina, uma sensação tão intensa que me faz querer vomitar... Isso mesmo, era a morte.               

A presença dela estava eminente naquele lugar, que ate poucos minutos atrás era um corredor normal de  escola, mas que agora se transformou em um corredor do desespero.  Meu corpo começa a se mover, como se eu soubesse inconscientemente onde deveria ir, o medo já domina meu corpo, mas estranhamente continuo a seguir a escuridão que tomava conta dos meus olhos. Paro em frente uma porta, atrás dela a uma sala que eu definitivamente não quero entrar, sinto um cheiro forte de sangue e ele esta vindo lá de dentro, mas minha mão não obedece e abre a porta. Dentro da sala me deparo com uma sena que ficaria cravada nas minhas memorias para sempre. O chão estava todo ensanguentado, mesas derrubadas e, lá no meio, um corpo. Vejo todo aquele horror, tento sair mas meu corpo novamente não obedece, como se tivesse em um  transe, me aproximo devagar do corpo. "Será que ela está viva? era dela que vinham os gritos na minha cabeça?" Antes mesmo de chegar na vitima, meu corpo finalmente para, mas começo a sentir uma dor insuportável nas costas. Colocando a mão, percebo que esta húmida ... Húmida de sangue. 

Entrando em pânico, reúno todas as minhas forças para sair dali correndo e procurar ajuda. Quase morrendo de dor consigo chegar a porta, imploro por socorro e assim me deparo com uma pessoa que poderia me ajudar. Eu,  já estando fraco por causa da perda excessiva de sangue, não consigo identificar muito bem quem era. Só consigo perceber que essa pessoa  estava totalmente vestida de preto e que usava um capacete que cobria seu rosto. Não conseguindo mais ficar em pé, me apoio nela e peço ajuda, entretanto, não tive a oportunidade, logo já começo a sentir minha barriga queimar... Ela me apunhalou no estomago. Caio no chão frio, chorando de dor vejo meu sangue jorrar do meu corpo, já sem forças só me restava ficar ali encarando o assassino e lentamente minha vida ia indo em bora, como um rio que seguia seu curso calmamente sem ser interrom...

Portão de PartidaOnde histórias criam vida. Descubra agora