Festa do pijama

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Eu não sei exatamente quando começou, mas sei exatamente o que eu senti. Acho que todos já tivemos uma paixonite de escola, não?

Naquele dia eu não estava muito legal, então uma amiga e eu resolvemos fazer uma pequena festa do pijama. Só entre garotas. Chamamos mais algumas meninas, mas nenhuma pode vir. Ou melhor, não quiseram. Fiquei um pouco frustrada, mas ela estava lá para me animar.

Naquela noite os pais dela não estariam então aproveitaríamos com musica alta, muita porcaria e as garrafas de vinho da mãe dela. Assim que a porta se abre, sinto um leve nervosismo ao vê-la somente com uma camiseta e calcinha, e aquele maldito sorriso fofo. Deveria ser normal, certo? Mas não quando se te uma queda por ela. Ao abraça-la, pude sentir o cheiro do creme de morango que eu tanto amava.

Vou ao banheiro para me trocar e assim que volto a música já esta tocando e os doces estão espalhados sobre a mesa, ela dançava e me puxava com uma garrafa na mão, dizendo que precisávamos nos divertir. A bebida entra e a verdade saí, meus amigos. Decidimos brincar de verdade ou desafio.

Começou com brincadeiras simples, engraçadas e até mesmo vergonhosas. Até as perguntas ficarem intimas demais.

-Espera, é serio? Nunca? Tipo, nunquinha mesmo?-Ela me pergunta indignada. Mas era verdade, eu nunca tinha tido um orgasmo com ele.

Ou quando me perguntou se eu já havia beijado meninas, obviamente eu neguei. Se eu já havia me masturbado pensando em alguém do nosso ciclo... Viu? Intimas demais. Mas continuamos a beber e a dançar, embora a musica partisse para uma pegada mais sensual, continuávamos a curtir. Afinal, eu poderia ter um abismo por ela, mas nunca iria estragar nossa amizade.

Tudo estava indo bem até eu receber uma mensagem dele. Como sempre, revoltado com algo e me culpando. Ela toma o celular da minha mão e largando em algum lugar aleatório, então me puxa para a cozinha e começamos a fazer um brigadeiro. Sinto um abraço pelas minhas costas e um beijo leve na nuca, que me arrepiou inteira, me dizendo para não ficar triste por ele.

Voltamos a nossa programação ao normal, então colocamos algum filme de terror que não me lembro, por motivos de: ela começou a fazer carinho em minha perna. Passando os dedos levemente e por mais que eu estivesse de calça, sentia minha pele inteira ficando arrepiada. Os pequenos e inocentes toques vão subindo e sinto sua risada soprada contra meu pescoço. Eu só ficava pensando se era coisa da minha cabeça e me repreendo mentalmente ao pensar que ela faria algo assim. Levanto-me para ir ao banheiro e jogar uma agua no rosto, por que eu realmente estava queimando.

Assim que volto, passo pelo meu celular e vejo que tem algumas ligações perdidas dele e meu peito dói. Novamente o toque ecoa e eu atendo, ouvindo os gritos e palavras pesadas, mas paro de prestar atenção quando a vejo vindo em minha direção e tomando o celular de minha mão.

Enquanto ele continuava a falar, ela sinaliza para que eu me sente na cama e eu o faço, tentando segurar as lagrimas.

-Oi, você quer saber onde ela está? Ela esta na minha casa, onde estamos tendo uma festa do pijama. Poderia até perguntar de forma educada, mas não. Eu vou te dizer o que eu vou fazer.- Fico perdida ao ouvir o que ela diz, mas me perco mais ainda quando ela se senta sobre meu colo e ainda falando ao telefone sorri me olhando.

- Eu vou foder a sua namorada e a fazer gozar bem gostoso na minha boca, ver esses olhos castanhos e essa carinha de bebê que ela tem, se revirando de prazer.. - O polegar dela passeia pelos meus lábios e eu já me perguntava se estava tão bêbada que estava confundindo as coisas, mas eu tenho certeza ao ouvir a ultima fala.

-Vou beijar todo o corpo dela e brincar bastante com a boca dela. Mas enfim, é isso o que ela vai fazer. - Engulo a seco e fico algumas vezes, tentando entender o que tinha acontecido, vejo o telefone sendo deixando de lado, mas sem notar que a ligação não havia sido encerrada.

Ela segura meu rosto, o toque quente de seus dedos em meu rosto me fazem respirar pesado e quando finalmente sinto seus lábios contra os meus, simplesmente desisto de entender, me permitindo sentir.

Eu passei anos pensando em como seria poder beijar ela e me faltam palavras para descrever tudo que eu estava sentindo. O gosto natural dos lábios, misturado com o sabor do chocolate me deixaram sem ar. Vê-la retirando a camiseta, voltando a me beijar, se aquele momento fosse um sonho, eu não queria acordar.

-Você tem certeza disso?-Pergunto ainda com um pouquinho de duvida. Às vezes e bebida pode nos fazer coisas que não queremos no fundo. Ela sussurra em meu ouvido e em seguida passa a língua entre os brincos, o atrito do ar quente, as joias geladas e aquela língua me fazem gemer baixo.

-Eu disse que ia fazer você gozar bem gostoso, não disse?

Continuamos a nos beijar, deixando as mãos passearem pelos corpos, arrancando minhas roupas, mas quando chega à calça, eu quis morrer. Com movimentos lentos, vai beijando minhas pernas e deixando mordidas na parte interior. Se tem algo que sempre admirei nela é que ela não mente. Assim que fiquei nua, eu pude ver admiração em seu olhar, e dizendo que eu era arte e que se alguém me dissesse o contrario, não merecia me apreciar.

Os dedos dentro de mim me desvendavam com tanta facilidade, em deixando sem folego e cada vez pedindo por mais. Tudo o que ela fazia me deixava assim, mas aquela boca...

Ela realmente fez gozar em sua boca, sempre alternando os movimentos, uma hora rápidos, outros lentos, mas quando eu vim fora intenso. Sentia minhas pernas tremerem e o riso dela contra minha pele me deixava louca.

-Qual a sensação de gozar pela primeira vez, anjo?

Ainda tentava recuperar meu fôlego e o mínimo de sanidade, só suspiro e sorrio.-Com você? É a melhor.

As mordidas em meus seios, ou a mão dela em meu pescoço, que me privava do ar em alguns momentos, nossos corpos completamente molhados e nossas intimidades se tocando estavam me fazendo delirar.

Uma vez eu ouvi um cara dizendo que se; uma mulher esta sorrindo enquanto transa, ela vai ser a melhor transa da sua vida. Antes eu achava aquilo ridículo, mas ao ver aquele sorriso tão sacana enquanto ela sentava em mim, eu tive certeza. Como uma pessoa tão fofa poderia ser tão suja na cama? E não digo isso no sentido ruim da palavra, mas no sentido erótico mesmo.

Ela não deixou nenhum lugar sem ser tocado ou explorado. Usando o próprio corpo ou apetrechos, ela me virou do avesso. Deixando-me ansiosa para a nossa próxima festa do pijama.

Mas sem pijamas.

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