Capítulo Sete

1.3K 147 253
                                    

   Juliet chegou a pensar que cairia para trás se não fosse pela porta na qual se apoiava. Thomas estava com as mesmas vestes de mais cedo, e em uma mão segurava um copo para a viagem de café e no outro um pacote de papel. Ela não soube decifrar se o pequeno sorriso em seus lábios fora por causa de sua expressão de surpresa ou devido a seu pijama de ursinhos.

Thomas?

— Ela exigiu que você tivesse seu cappuccino — ele sorriu, erguendo o copo de café. — e um croissant.

   Juliet ergueu uma sobrancelha.

— Ok. O croissant fui eu que trouxe. Um muffin também. Não sabia qual era seu sabor preferido então trouxe um de RedVelvet... que é o meu.

   Ela sorriu.

— Eu gosto de RedVelvet.

   Thomas pareceu relaxar. Ela pigarreou um pouco, olhando para dentro do apartamento.

— Gostaria de entrar? Ah, só um segundo! — pediu, fechando a porta sem esperar a resposta de Tom.

   Minutos depois ela retornou com um roupão por cima do pijama. — Entre.

   Ele pediu licença, entrando no apartamento. Estava tudo relativamente organizado, se não fosse pelas pantufas jogadas no carpete, o pote de sorvete sobre a mesinha de centro, e algumas almofadas com uma coberta sobre o sofá. Ah sim, ainda havia Diário de Uma Paixão pausado na TV.

— Se eu soubesse que teria visitas, tinha arrumado melhor o apartamento. — sorriu, sem jeito. — Obrigada por trazer essas delícias, muito gentil de sua parte.

   Thomas a observou enquanto ela ia até a cozinha guardar seu presente. Ele não sabia muito bem o que fazer, se sentava, se permanecia em pé... na verdade, não estava em seus planos entrar no apartamento, até Juliet abrir a porta.

— Sente, se quiser. — disse. — Gostaria de uma água, um café, um chá?

— Um chá seria ótimo. — sorriu.

(...)

   Quando Juliet percebeu já estavam terminando o filme que ela estava assistindo. Foi difícil segurar as lágrimas, mas ela não pagaria o mico de deixar sua cara mais inchada do que já estava. Thomas permanecia impassível, em sua segunda xícara de chá, com o corpo confortavelmente recostado no sofá.

   Subitamente a luz acabou, e Juliet encolheu o corpo no sofá, somente nesse momento percebeu a tempestade que se formara do lado de fora. Um relâmpago iluminou a sala e um trovão reverberou em seguida.

— Isso foi inesperado. — Thomas comentou.

— Chuvas em Londres nunca são inesperadas, percebi isso há algumas semanas. — respondeu. — Mas essa veio sem aviso prévio.

   Juliet se aproximou da janela, observando como a rua estava deserta e uma tempestade se formara. Ventava bastante também.

— O mundo está caindo lá fora.

— Talvez seja melhor eu ir embora antes que a chuva piore. — pontuou.

— Já está pior, acredite, o vento está assobiando de tão forte. — respondeu. — Além disso, o elevador deve ter parado de funcionar.

— Eu posso descer de escada.

— Está sem luz. — rebateu.

How to break Hearts | Tom HiddlestonOnde histórias criam vida. Descubra agora