How to break Hearts | Tom Hiddleston

Capítulo Um

Juliet sentia um misto de desespero, vergonha e satisfação dentro de si. Os olhos azuis pousados sobre ela, e o sorriso mínimo que se formou nos lábios finos, foram o suficiente para derretê-la ali mesmo. Não querendo parecer uma idiota, ou uma fã apaixonada - o que era -, forçou-se a andar na direção de sua mesa.

Ele se levantou, mantendo o sorriso nos lábios. Deus, ele era alto. Talvez não fosse um gigante, mas era alto. Juliet batia um pouco abaixo de seus ombros. Sem saber como agir, apenas estendeu a mão para cumprimentá-lo. Porém, foi surpreendida quando a mão masculina segurou a dela com cuidado e guiou-a até sua boca, depositando um selar nas costas.

- Deve ser a srta. Chase.

Juliet acenou positivamente, como se saísse de um transe. Orou aos céus para que ele não percebesse isso. Nem notou que a atendente já havia se retirado. Ele era muito mais bonito pessoalmente, e tinha um ótimo cheiro de fragrância masculina.

- Juliet Chase. - Completou, sorrindo timidamente. - Você eu já sei quem é. É claro...- Comentou, tentando não soar estranho. Mas quando percebeu já fora tarde demais, então apenas riu sem graça e olhou para a mesa.

Ouviu a suave risada do homem, o que atraiu seu olhar.

- De qualquer forma, é sempre bom me apresentar formalmente. - Sorriu. - Thomas Hiddleston. Pode me chamar apenas de Tom.

Juliet acenou positivamente.

- Espero que goste de massas, porque este é um restaurante italiano. Eu costumo vir muito aqui e Molly disse que você também gostava, então...- Fez uma breve pausa. - A propósito, onde está ela?

Juliet teve que pensar rápido. Não poderia simplismente dizer que a amiga resolveu deixá-los sozinhos e não vir. Nem sabia o que ela tinha combinado com ele. A mesa com três lugares denunciava que ela também deveria estar presente. Se contasse a verdade, isso soaria rude da parte de Molly.

- Ahn, ela recebeu uma ligação de última hora, e teve que ir. - Inventou, nervosa.

Ele murmurou em concordância e um pequeno silêncio se fez presente. O que deixou-a um tanto desconfortável. Qual é, Juliet? Ele é seu ídolo, quantas iriam querer estar em seu lugar? Punia-se mentalmente por não saber como agir ou o que falar na presença dele.

- Bom, já que me conhece, acho que não preciso contar muito sobre mim - Ele começou, quebrando o silêncio.- Conte-me mais sobre você.

Ela sentiu os dedos formigarem e apenas engoliu a água que bebia. Deu um pequeno sorriso, antes de começar.

- Eu vim do Texas, então não conheço Londres há muito tempo. Na verdade, me mudei ontem. - Riu soprado, vendo Tom sorrir. - Sou formada em administração, apesar da única coisa que administrei foi o restaurante de meu pai, enquanto morava com eles. - Deu de ombros. - Tenho vinte e cinco anos e, quero futuramente, escrever um livro.

- É mesmo? - Ele pareceu ficar interessado. Sua maior denúncia fora as sobrancelhas que se ergueram e a postura que mudou minimamente. - Sobre o quê?

- Não sei ao certo. Mas eu adoraria escrever algum romance ou um mistério. São meus gêneros favoritos. - Sorriu. - Principalmente os romances de época. Como os de Shakespeare.

Observou Tom sorrir mais. Bingo! Sabia como ele adorava as obras de Shakespeare, principalmente Hamlet.

- Sério? - Ele sorriu, um sorriso lindo e encantador. Ao ver de Juliet. - É ótimo ver que ainda existem pessoas com um gosto tão bom para a leitura.

- Minha obra favorita é Um sonho de uma noite de verão. Eu cresci ouvindo suas histórias desde muito nova, quando meus pais me contavam. - Deu uma pequena risada. - E como já deve imaginar, a história preferida deles era...