Por Rosie XXIV

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Eu estava no hospital nas últimas horas. A madame Pomfrey não queria me deixar visitar Rosie, mas já fazia ao menos um dia que ela estava desacordada, em coma, depois de muito insistir, eu pude vê-la.

Seus pais, Harry e sua família, e Fred e Angelina estavam ali, todos estavam muitíssimos preocupados com Rosie, eles murmuravam coisas sobre ela, ninguém parecia tão orgulhoso.

Eu fui mais perto até ela.

Hermione estava chorando nos braços de Ronald.

Ela tinha várias ataduras no corpo inteiro, seu braço estava quebrado, e ela respirava com a ajuda de um aparelho no nariz.

— A madame Pomfrey fez tudo o que podia, mesmo com todos os feitiços, ela não vai poder continuar o torneio — Murmurou Harry — A previsão é para que ela acorde em alguns dias, mas ainda é incerto.

Meu coração doeu, senti um aperto no peito.

— Fui eu quem ensinou aquele feitiço para ela — Eu comentei, me virando para Hermione — Ela modificou-o, mas seu eu não tivesse ensinado...

Uma lágrima escorreu do meu olho, minha voz falhou, ver Rosie hospitalizada daquele jeito, eu não podia continuar ali, não assim...

— Não é culpa sua — Respondeu Ronald, enquanto Hermione tentava se manter calma — Foi o que ela escolheu...

Eu saí da sala de hospital, achei melhor deixar eles a sós.

Para minha surpresa, Michael estava encostado em uma parede, próximo a porta.

— Ridículo, não é? — Comentou ele com um ar sarcástico — Infelizmente é isso que acontece com os fracos...

Na mesma hora meu corpo tremeu de raiva, se o idiota russo queria falar isso de mim, ele podia, mas não da minha amiga.

— ESCUTA AQUI SEU! — Eu agarrei Michael pelo colarinho.

— EI! — Gritou Harry, que ouviu a confusão toda, e saiu da sala, vendo ver o que era.

Eu soltei Michael, que caiu no chão desajeitado.

— Nos vemos amanhã Peter... — Michael disse com aquele mesmo tom sarcástico, saindo da nossa vista, entrando em um elevador ali perto.

— O que foi isso Pete!? — Exclamou Harry Potter — Você não pode ceder assim! Ele queria te desestabilizar!

— Tsc... e conseguiu — Eu murmurei.

— Pete você é melhor do que isso — Completou ele — venha comigo... você precisa ver algo.

Nós andamos para fora da ala hospitalar, quando entramos em uma parte da arquibancada, uma grande multidão de pessoas saiu para nos ver, eles eram todos jovens, e usavam os mantos da sonserina – tinha ao menos umas oitenta pessoas ali, que começaram a me cercar, elas me encaravam e cochichavam coisas que eu não conseguia entender.

— Pete — Harry virou-se para mim — Estes são Sonserinos, eles têm algo para te falar – Quem vai primeiro?

A multidão murmurou mais vezes e chegaram a um consenso.

Uma garota miudinha de cabelo curto preto, saiu da multidão, me fitando, ela começou a dizer.

— É verdade o que você disse aquele dia? — Perguntou ela, com um olhar cheio de lágrimas — Você realmente acredita, que bruxos mestiços e puros, são todos iguais?

A multidão atrás dela murmurou mais coisas, mas Harry pediu silencio, ela esperava uma resposta de mim, mas eu não consegui dizer nada.

— Todos nós somos mestiços da sonserina — Disse um garoto alto e corpulento, saindo da multidão — Quando nós ouvimos o que você disse para toda a escola, tivemos esperança...

Peter Henryk e o inimigo da serpente.Onde histórias criam vida. Descubra agora