Capítulo 16: Perdão

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Júlio

Acho que minha ficha ainda não caiu, quando atendi aquela ligação da minha suposta "irmã" foi um choque muito grande. Eu nunca conheci minha mãe de sangue, meu pai sempre disse que ela foi embora assim que eu naci, disse que não queria um filho, que isso estragaria a vida dela, mais ele não permitiu o aborto, sustentou ela durante os noves messes de gestação e depois que eu naci ela sumil, nunca me procurou, até agora.

Eu nunca senti falta dela até pq meu pai se casou com Alice e ela se tornou uma verdadeira mãe pra mim. Depois de tanta relutância Isabela me convenceu a ir até o hospital conversar com ela, realmente não sei o que vou sentir quando ficar de frente com Lúcia, mais até agora a anciedade não saiu do meu corpo.

Isa: Fica calmo, é só uma conversa! - suspirei um pouco mais calmo sentindo suas carícias na minha coxa.

Júlio: Eu sei... é que eu... sla.

Isa: Olha eu sei que vc tá achando isso muito estranho, mais não se sinta obrigado a nada tabom? Vc não tem que faser isso se não quiser.

Júlio: Eu só quero intender por que ela não me quis.- querendo ou não eu sentia um aperto no peito.

Isa: Não fala assim por favor, não fala como se vc fosse uma mercadoria que não servia mais.

Júlio: Mais é verdade não é? Ela me deixou Isa, ela nunca me quiz! - parei o carro no estacionamento do hospital sentindo meus olhos marejando, eu me recusava a chorar.

Isa: Para! Se ela não quiz vc o azar foi dela, perdeu a oportunidade de ter um filho incrível do lado dela, e querendo ou não se ela não tivesse deixado vc com o papai provavelmente agente nem teria se conhecido.

Júlio: Vc sempre tentando ver o lado bom das coisas. - sorri de canto e ela me abraçou.

Isa: Eu tô aqui! Sempre!

Júlio: Te amo! - a segurei forte em meus braços.

Isa: Eu também te amo! Muito! Perdemos ir? - perguntou depois de alguns segundos.

Júlio: Sim! - ela sorriu e entrelaçou nossas mãos depois que saímos do carro. Assim que entramos naquele lugar uma angústia inesplicavel tomou conta do meu peito, pedimos informação na recepção onde nos entregaram uns crachás de visitas e nos guiaram até uma sala privada onde tinha um homem alto e uma mulher baixa de cabelos claros que aparentava ser um pouco mais nova que Isabela.

Luisa: Oi, vc deve ser o Júlio né? - ela perguntou um pouco desconfortável.

Júlio: Sou eu mesmo, e vc é a Luiza né?

Luisa: Sou eu mesma, e esse aqui é o meu irmão Carlos, quer dizer, nosso irmão. - ela sorri de canto e o tal Carlos se levanta pra me cumprimentar.

Carlos: Prazer em te conhecer cara!

Júlio: Igualmente! - sorri meio forçado.

Luíza: E vc é? - ela pergunta sorindo olhando pra Isabela

Júlio: Ela é minha namorada! - respondi por ela e a mesma abriu um sorriso.

Luiza: Prazer Isabela! - elas se abraçam.

Isa: Igualmente, eu sinto muito que nos conhecemos nessas sircunstancias.

Luiza: Póis é, a mamãe está acordada agora se vcs quiserem entrar.. - asinto respirando fundo e Isabela aperta minha mão contra a sua, na intenção de me passar força.

Júlio: Claro! - Seguimos até um corredor cheio de portas e quando paramos em uma delas meu coração acelerou. Luiza entrou primeiro deixando e Isabela na porta, depois saiu dizendo que ia nos deixar a sós. Tentando controlar a respiração entro no quarto com Isabela ao meu lado, e toda a calma que eu estava sentindo foi pro espaço quando eu vi a mulher deitava na maca com vários aparelhos espalhados por seu corpo. Não pude evitar de notar nossa semelhança, seus cabelos eram longos de um castanho escuro quase vermelho, os olhos cor de mel iguais aos meus e nossos traços tanbem eram idênticos.

Mais que IrmãosOnde histórias criam vida. Descubra agora