Capítulo 25: Teve o fim que mereceu

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Isabela

Abrindo novamente os olhos percebi que eu avia cochilando, ainda estava no inferno e isso não era nada bom, piorou quando me dei conta que André não estava mais em meu colo e isso não era um bom sinal. Eu estava agoniada, aflita, o quarto ainda tinha um cheiro forte de gasolina e o outro galão estava aos pés da cama pronto pra ser usado, eu realmente está assustada, sabia que o André tinha alguns problemas por ser totalmente abusivo no relacionamento, mais ser um psicopata calculista estava longe na minha imaginação. Parei com as teorias de onde ele poderia estar assim que o mesmo entrou no quarto com uma bandeja cheia de comida nas mãos.

André: Está com fome? - perguntou então  sentava ao meu lado.

Isa: Muita! - forcei um sorriso. Era melhor colaborar com ele, antes que cometa uma loucura.

André: Vou dar na sua boquinha. - disse fazendo voz de bebê e eu me contive pra não revirar os olhos.

Isa: Pq vc não solta pelo menos uma das minhas mãos pra eu  conseguir  comer melhor? - sorri docemente.

André: Vc promete que não vai tentar fugir? - ele parecia meio em dúvida.

Isa: Claro que não meu amor, eu já intendi que é com vc que eu quero ficar. - ele pensou por um momento mais acabou sedendo e desamarrando com cuidado minha mão esquerda.

André: Pronto, agora come por que não quero ver você doente. - sorriu e acariciou meu rosto.

Peguei o garfo que estava na bandeja e espetei algumas fatias de mamão no mesmo o conduzindo até minha boca, eu realmente estava com fome não sabia quantas horas exatas  estávamos aqui mais já era tarde.

Isa: Não vai comer? - tentei puxar assunto já que ele me encarava fixamente e eu estava bastante encomodada.

André: Não, eu já comi na cozinha. - forcei um sorriso e tentei pensar em algo pra me livrar dessas cordas já que ele tinha soltado uma das minhas mãos. Continuei comendo até começar a ouvir uma barulhos se aproximando da casa, pareciam carros, era minha chance. Eu presisava agir.

André: O que é isso? - perguntou assustado enquanto se virava pra olhar a janela. Respirei fundo e sem pensar duas vezes esperei o garfo em minhas mãos na perna dele.

André: O QUE DEU EM VC? - levou a mão até a coxa esquerda onde jorrava sangue sem parar.

Isa: SOCOROOOO, ALGUEM ME AJUDA! - gritei o mais alto que eu conseguia tentando soltar minha outra mão.

André: CALA BOCA SUA IDIOTA! - parei de gritar quando senti o tapa estalado que André disferiu em meu rosto.

Isa: O que vai fazer? - perguntei em meio as lágrimas e a ardência em meu rosto vendo ele levantar da cama com um pouco de dificuldade.

André: O que eu já devia ter feito... vamos ficar juntos pra sempre meu amor, só nós dois, sem nossos pais, sem aqueles seus amigos insuportáveis e sem o bostinha do seu irmãozinho. - abriu o outro galão de gasolina e começou a jogar o líquido por todos os cantos.

Isa: NÃO FAZ ISSO, ANDRÉ VC É DOENTE! - tentava a todo custo me soltar, dessa vez ele não ia parar, eu tinha certeza.

André: DOENTE DE AMOR POR VC ISABELA, TUDO QUE EU FIZ E FAÇO NA MINHA VIDA É POR VC, EU TE AMO MAIS QUE TUDO QUE EU TENHO, VC É MINHA! SEMPRE FOI E SEMPRE VAI SER MINHA. Vamos pro nosso paraíso juntos amor! - ele sorriu diabolicamenre enquanto riscava o fósforo na caixinha.

Isa: NÃO! - ele não pensou, jogou o mesmo no rastro da gasolina. Entrei em pânico vendo o fogo se alastar pelo quarto. - SOCOROOOO, PELO AMOR DE DEUS ALGUÉM ME AJUDA!

Mais que IrmãosOnde histórias criam vida. Descubra agora