[ ☄️ ] Corbyn Besson

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Do you love me?

Eu estava irritada

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Eu estava irritada.

Irritada e confusa com meus sentimentos.

Irritada por não conseguir me concentrar na pintura em minha frente e confusa por saber que meus sentimentos por Corbyn iam além da nossa amizade. Por todos os nossos 21 anos, na minha cabeça, eu o amava como um irmão. Meu porto seguro nas horas mais difíceis. Meu melhor amigo. Mas não era bem assim.

As aquarelas em minha frente estavam bagunçadas, algumas cores caiam no chão da sala de minha casa. O pincel em minha mão estava coberto de tinta, das muitas vezes em que o usei. Havia uma semana que estava dentro de casa. Uma semana sem se comunicar com ninguém. Uma semana sem dar algum sinal de vida para meus amigos. Eles sabiam que algo estava errado, mas também sabiam que eu precisava de espaço.

No primeiro dia, chorei a tarde toda. Não era um choro de tristeza, bem longe disso. Eu chorava de alívio. Como se algo tivesse ficado claro dentro de mim.

No segundo dia, eu revi nossas fotos e nossos vídeos que colecionamos a tanto tempo. Lembrei de cada dia como se fosse o anterior.

No terceiro dia, eu liguei para Emma desesperada, contando o que tinha acontecido. Ela queria vir até aqui mas eu a impedi. Eu precisava ficar sozinha.

No quarto dia eu me afoguei em filmes de romances, daqueles bem clichês, que já sabemos o que irá acontecer no final mas assistimos mesmo assim.

No quinto dia e no sexto dia eu mergulhei de cabeça, limpando a casa de cima abaixo, enquanto encarava o celular e pensava em ligar para Corbyn.

Não liguei.

E no sétimo dia, hoje, eu decidi pintar. Decidi liberar todos meus sentimentos na tela branca em minha frente. Acordei cedo, retirei todos os meus equipamentos de pinturas e caí de cabeça nas cores.

Observo o mundo lá fora e percebo que já era noite. Eu não tinha percebido que havia ficado horas pintando.

Dou de ombros.

Foi então que a campainha tocou.

Eu já imaginava quem seria.

Ali, na porta de minha casa, estava ele. O motivo do meu sumiço e da minha ansiedade.

Encarei Corbyn.

As suas bochechas estavam coradas devido ao frio, os cabelos pretos caíam embaraçados, e um semblante neutro estava na sua face. Ele não deixou de me encarar, analisando cada pedaço meu, que tinha uma grande possibilidade de estar coberto de tinta. Saí da frente, segurando a porta aberta para ele.

Ele entrou. Calmo. Silencioso. Como sempre foi. Com as mãos nos bolsos da calça. Eu sempre me perguntei como Corbyn mantinha a calma em momentos tensos.

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