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Chloe
Com certeza, hoje foi um dos dias em que mais trabalhei, não tendo tempo nem para almoçar. Estava apenas com o café da manhã na barriga, uma dor de cabeça enorme e para ajudar mais, minhas pernas estavam doloridas de andar de um lado para outro com os saltos.
—Eu preciso de uma boa bebida. —digo ao telefone para Lizzie.
—Vamos aproveitar que hoje é sexta feira. Eu também preciso de um descanso.
—Eu pensei que o final de semana nunca iria chegar. —bufo e passo a mão nos cabelos quando me jogo na cadeira de minha sala. Fico rodando a cabeça de um lado para o outro, enquanto conversava com minha amiga.
—Você está precisando beijar na boca um pouco. Ou quem sabe, dar uma escapulida em...—sinto a malícia em sua voz.
—Lizzie! Você não tem trava mesmo. Mas é verdade, estou precisando.
—Então, aproveita a noite de hoje.
—Bom, hoje não. Estou muito cansada e eu só quero beber. —resmungo.
—Lugar de sempre?
—Com toda certeza. —respondo. Joe's bar vem sendo nosso refúgio a algum tempo.
—Você pode vir me buscar? Jack está com o carro.
—Claro. Passo aí às 20:00.
—Obrigada mi amore.
Desligo o telefone e junto minhas coisas.
O trânsito estava um pouquinho infernal. Por ser começo do final de semana, os carros pareciam triplicar, causando um grande congestionamento. Já passava das 19:00 quando cheguei em casa. Terei que me virar para não atrasar.
Tentei ir o mais rápido possível no banho. Apenas lavei os cabelos e passei uma ampola pelo comprimento, e me ensaboei logo depois. Saio pelo meu quarto com uma toalha enrolada em meu corpo e outra no meu cabelo. Sigo até o closet e pego a primeira roupa que vejo em minha frente. Uma saia preta e uma blusa do Pink Floyd. Jogo a roupa na capa e pego meus filhos únicos. Meus tênis brancos. Coloco no pé da cama e vou para o banheiro novamente, agora para secar o cabelo. Nisso já faltavam 20 minutos para eu atravessar a cidade até a casa de Lizzie e voltar para o centro.
Termino meu cabelo e faço uma make básica e rápida. Meu celular toca em algum lugar do apartamento e eu saio que nem louca procurando ele.
—Boa noite Cinderela. —o deboche da voz de Lizzie era evidente.
—Você é boba em.
—Está vindo?
—Saindo de casa agora. —digo com o celular na orelha e as mãos na fechadura da porta. —15 minutos e estou aí.
