Corrida Do Ouro - Parte 2

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E então, chegou o dia em que estávamos esperando. O dia do maior roubo da história do sul americano, o maior roubo de ouro da história até então. O Isaac ainda estava machucado, O Coiote Máximo trouxe todos os indígenas de sua tribo. Eram cerca de 20, 25 pessoas. O que daria muita confusão.

Mas, eu me perguntei, qual era o plano do Coiote Máximo? E então, eu me levantei da cama, e antes de ir conversar com ele, levantei, e percebi. Uma foto minha com meu pai. Era uma foto bem estranha. Era eu e ele capinando mato, em pleno verão, em um sol tão quente. Tão quente como sua alma. Que beirava ele. Meu pai. Meu querido pai! Eu não sei o porquê de sua morte até hoje.

Eu peguei a foto, observei por uns dez, quinze segundos, falei:

"–Te amo." – e abracei a foto.

Enquanto eu abraçava, disse:

"–Desculpa. Desculpa por não ter te salvado. Eu te amo!" – comecei a chorar.

"–E desculpa por tudo o que vai acontecer hoje." – Era um pequeno pedido de desculpas no que eu estava me metendo. Todas as balas disparadas. Todas as mortes que iriam acontecer, não era o que meu pai queria. Pelo contrário. Ele sempre me ensinou a ser honesto. Desde os tempos de escravo. E se ele estivesse aqui... bem, se ele estivesse aqui, nada disso teria acontecido.

Mas, por outro lado, eu não teria conhecido o Senhor Corsi, a Senhora Corsi, a Rose, o Jim, o Lincoln, pessoas que eu realmente gosto. Menos o Manuel. Jesus! Eu gostava daquele mexicano no começo. Hoje eu pago para levarem ele. Jesus!

E enquanto eu abraçava a foto, o Senhor Corsi veio, e me tocou no ombro.

"–Está tudo bem filho?" – Eu fiquei curioso, e ele também. Eu, me perguntava como o Senhor Corsi conseguia falar tão bem comigo, e ele... sobre o que eu estava fazendo.

"–Sim... Sim Senhor Corsi. Eu só..." – Ele interrompeu, e disse:

"–Isso é uma foto?" – Perguntou.

"–Sim. É uma foto" – Respondi.

"–Quem é esse homem, junto com..." – Ele percebeu.

"–Nossa! Sinto muito filho." – Ele realmente aparentava ter mostrado suas condolências.

"–Sem problemas, Senhor Corsi. Eu sempre me lembro dele. Mas hoje... Agh." – Falei a ele.

"–Você... sabe o motivo?"  – Perguntou o Senhor Corsi.

"–Bem... ele morreu pela sua cor, Senhor." – Por um motivo extremamente bobo, criou-se uma morte trágica.

"–Nossa! Bem, eu realmente, sinto muito por isso."

"–Já disse. Sem problemas. Enfim, vou encontrar o Coiote Máximo" – Quando eu mal percebo, ele não estava na mesa.

"–Vem comigo filho, vamos nos organizar." – Senhor Corsi estava me convidando a ir até a mesa relembrar do plano.

"–Claro. Claro." – Limpei-me de minhas lágrimas, no lenço que eu sempre levava no pescoço. Era como um cachecol, mas era apenas um lenço. Vermelho, de pano, um presente da Senhora Bright, antes de eu ir embora do rancho.

E então, fomos até a mesa. Naquele dia, havia amanhecido frio. Muito mais frio, com uma brisa fria e seca em uma manhã de outono. Era um dia perfeito, pra assaltar um barco né? Claro que não!

E enfim, fomos até a mesa, e todos estavam lá. Lincoln,Manuel,Senhor Corsi, Jim, Kyle, um outro cowboy que estava conosco há pouco tempo. Cabelo comprido, bigode chique e era britânico. Don, outro cowboy, mas eu nem conhecia ele. E Coiote Máximo e os outros membros da sua tribo. Era muita gente.

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