A Casa Do Sol Nascente

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E lá estávamos. Fugindo de Kill Hill. Um nome deveras estranho. Do Alabama, com o sonho de prosperidade em mente, para o medo de não ser pego pela polícia e por um medo que começou a nos assombrar. O Jonathan Geovanni estava vivo este tempo todo!

O Jim morreu, O Oswald estava desesperado, Senhor Corsi estava apreensivo, Tallulah se apresentou sozinha e não ligou para nós, e eu... Bem... eu estou aqui. Contando esta história, certo?

O acampamento ainda tinha traços nossos por ali. A pintura da Senhora Corsi, os dedos do Isaac, esquecidos no acampamento, e algumas notas de dinheiro esquecidas por Kyle. É, estávamos encrencados.

O nosso "plano de fuga", era o rumo ao leste. Até Louisiana. Onde poderíamos embarcar e ir até a América Do Sul. Provavelmente para uma daquelas colônias espanholas que se tornaram independentes.

O problema era: com toda a América querendo saber desse roubo, com Duvergers putos, Geovannis e oficiais da lei, era difícil de se planejar. Tudo era imprevisível. Até o Senhor Corsi estava com medo do que vinha pela frente.

Mas não só isso nos atrapalhava. O inverno chegava aos poucos. Depois de sairmos do acampamento, a noite chegava mais rápido e as temperaturas eram extremamente incomodantes. Mas, não era suficiente para parar nosso desespero.

E então, dois dias depois de sair do acampamento, com o mundo inteiro atrás de nós, tivemos a primeira surpresa.

Estávamos parando em pequenos vilarejos isolados. A ajuda dos indígenas era fundamental. Pois nós, com essa cara, não íamos ser aceitos em qualquer lugar sem força bruta. E por um tempo, ficamos em um vilarejo perto da divisa do Mississipi com Nova Orleans.

O vilarejo era comum. Se chamava "Vilarejo Sol Nascente", Pequeno, com três casarões e algumas cabanas de madeira cercando o local. Lá perto, o acesso ao litoral facilitava a chegada de barcos e canoas no vilarejo. Tudo isso porque era um vilarejo comercial.

Os moradores dali eram extremamente simpáticos. Era uma família de cerca de 19 pessoas. A maioria eram descendentes de ingleses e irlandeses. Mas sabiam lidar conosco de uma forma muito americana.

Digo isso, porque eles deviam estar à beira da loucura de nos aguentar, mas disfarçavam isso com sua cara simpática e tolerante. Eu sempre ajudei nas tarefas domésticas, mas nunca realmente dei atenção ao que eles faziam.

Segundo o Senhor Corsi, eles são operários em fábricas em Gulfport. Eles trabalham com ferro e também exportam o material para a Irlanda e Inglaterra. E ganhavam um belo de um dinheiro.

E tudo estava ótimo. Nós estávamos acomodados, a família não se importava com o que nós éramos, e tudo estava bem. Até uma nobre quinta-feira ensolarada e seca. Era um dos poucos dias que faria calor na troca do outono para o inverno. O que era bom para nós, que podíamos observar mais o dia, e bom para os moradores locais.

Até que, por volta de meia hora antes do almoço, ouvimos alguns gritos na cozinha. Estávamos em um casarão de dois andares, em um quarto isolado no topo da casa. Senhor Corsi lia um livro, e eu passava o tempo olhando o teto. Pensamos que era a cozinheira se queimando com alguma coisa. E então, fomos ajudar.

O problema, era que não era apenas a cozinheira se queimando.

Chegamos o mais rápido possível para ajudar a cozinheira, mas encontramos ela em uma poça de sangue, com uma faca ensangeuntada jogada para o lado, e com suas mãos fechadas.

"–Merda..." – Disse o Senhor Corsi. Apreensivo e com medo do que vinha pela frente.

Ficamos em silêncio por uns 5 segundos, e ouvimos um tiro e um grito. O Senhor Corsi então, falou:

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⏰ Última atualização: Jun 27, 2021 ⏰

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