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Essa obra não é minha!

É original da autora

Sarra Manning

Obs: As partes em itálico são criações minhas ! Eu adicionei para combinar mais com os personagens da saga.
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- Precisamos conversar - Harry Potter me disse de um jeito firme quando saí do provador improvisado no bazar de usados da Madame Malkin, que era feito de quatro cortinas de trilhos dispostas em um quadrado, diante de um espelho embaçado.

Eu não disse nada. Só olhei para seu reflexo, porque ele era Harry Potter.
Harry Potter!

Ah, Harry Potter! Por onde começar?

Os garotos queriam ser como ele. As
garotas o queriam. Ele era a estrela da escola, do palco e do campo de futebol.

Tinha cérebro o bastante para disputar com geeks, era o capitão do time de futebol diante do qual todos os esportistas se ajoelhavam aos seus cabelos incrivelmente negros e bagunçados, mais seu All Star cuidadosamente desgastado também lhe permitiam andar no meio da galera indie. Se isso não bastasse, sua mãe tinha um lindo par de olhos verde esmeralda, que Harry herdara. Ele era tão lindo que havia até mesmo uma ode às maçãs de seu rosto na parede do banheiro feminino do segundo andar da escola.

Ele poderia ser tudo isso e mais um saco de bambolês, mas, até onde eu sei, se você é um daqueles tipos populares que se relacionam com absolutamente qualquer pessoa, você não consegue ter um estilo. Para ser tudo para todas as pessoas, Harry Potter teve que se tornar a pessoa menos interessante em nossa escola. Isso deve ter lhe dado algum trabalho, já que nossa escola, a majestosa Hogwarts, esbanjava mediocridade.

Eu não conseguia nem imaginar por que Harry Potter estava ali, diante de
mim, de queixo empinado, insistindo que precisávamos ter uma conversa.

Tão à minha frente que eu tinha uma vista privilegiada de suas maçãs do rosto inspiradoras de poetas. Também podia ver suas narinas um pouco acima, porque ele era assustadoramente alto. Ou eu era assustadoramente baixa. Tanto faz!

- Vá embora - disse com uma voz entediada, estendendo minha mão
languidamente em direção à saída do salão da igreja. - Porque posso garantir que você não tem nada a dizer que eu gostaria de ouvir.

Isso podia, facilmente, mandar a maioria das pessoas de volta ao lugar de onde vieram, mas Harry Potter só me deu aquele olhar, como se eu fosse toda fumaça e arrogância, e então se atreveu a colocar a mão em meu ombro para que pudesse virar meu corpo rígido e servil para ele.

- Veja - disse ele, sua respiração contra meu rosto, o que me fez recuar. - O que há de errado com essa imagem?

Não conseguia me concentrar em outra coisa senão em Harry Potter e seus dedos quentes de jogador de futebol americano, além de escritor de redações premiadas, em minha clavícula. Aquilo era um erro. Muito mais que um erro.

Era um mundo de erros. Mantive meus olhos fechados em protesto e, quando os abri novamente, estava olhando para Neville - eu o deixara no comando de minha barraca, apesar de não ser uma boa ideia -, que estava conversando com uma garota.

Não era uma garota qualquer, mas Luna Lovegood, que calhava de ser a
namorada de Harry Potter. Não que eu tivesse isso contra ela. O que eu tinha contra ela é que ela era sem graça e tinha uma voz muito irritante, ofegante e infantil, que surtia o mesmo efeito em mim que o de alguém mastigando cubos de gelo. Luna também tinha cabelos loiros e compridos, que passava horas penteando, hidratando, ajeitando e jogando de um lado para o outro, por isso, se você estivesse atrás dela na fila do almoço, tinha uma boa chance de ganhar um bocado de cabelo como acompanhamento extra. Ok talvez nem fosse tudo isso... na verdade a voz dela era do tipo sonhadora e eu nunca tinha batido um papo com ela pra saber se ela era legal apesar do jeito sem graça. Ela era uma das populares da escola, assim como seu belo namorado Harry Potter. E falando em beleza, sim, ela é muito linda.

Os Adoráveis- Hinny (Adaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora