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P.O.V Gina

Foi só naquele instante, quando baixamos nossos “eus” ruins, que fui forçada a admitir que sentia uma ENORME paixão por Harry Potter. Meio que aconteceu cerca de dez minutos depois que ele acordou, na manhã seguinte. Eu já tinha
acordado havia horas, ou minutos, se vamos ser técnicos sobre isso, e estava
sentada à sua mesa enquanto carregava as fotos que eu fizera na noite anterior, no meu Flickr, quando ele se sentou, se esticou e então me olhou como se não estivesse certo do motivo de eu estar em seu quarto. Foi interessante observar a
recordação dos eventos da noite anterior passando por seu rosto, e quando a lembrança chegou ao fim, pareceu que foi somente a força de vontade que o impediu de puxar as cobertas sobre a cabeça.

— Ah. Oi. Certo. Então, como você está? — murmurou.

Fiquei tentada a descrever uma sensação de queimação com uma terrível coceira em minhas partes privadas apenas para descontraí-lo, mas aquilo teria sido maldade. E também seria mentira. E ele tinha sido totalmente adorável na
noite anterior e até tinha se oferecido para vir e se sentar ao meu lado e
participar de toda a salada que ele pudesse comer quando meu pai passasse pela cidade, por isso eu apenas sorri para ele.

— Eu estou bem, melhor do que bem — respondi-lhe, e, se fosse possível, ele pareceu ainda mais em pânico, como se estivesse tendo um caso grave de arrependimento e que nunca quisera que nada daquilo tivesse acontecido. Havia apenas uma maneira de descobrir. — Veja, Harry, podemos simplesmente não fazer essa coisa embaraçosa da manhã seguinte? Nós dois somos melhores do que isso, mas se você acha que foi um erro terrível e que realmente alguém colocou uma droga do estupro em sua
cerveja, na noite passada, então apenas diga e vamos fingir que isso nunca aconteceu e podemos voltar ao ponto em que estávamos, ou podemos apenas fingir que o outro não existe, OK?

— Como você pode estar tão... tão assim no início da manhã? — resmungou.

— O que posso dizer? É um dom.

Harry coçou a cabeça e, em seguida, tocou cautelosamente os tufos de
cabelo, que estavam em grave desordem.

— Para seu registro, não me arrependo de ontem à noite. Bem, tirando um pouco quando você não alcançou sua felicidade e eu, sim.

Eu não esperava sentir-me tão aliviada.

— Ah, eu me lembro de me sentir bastante feliz.

Então Harry sorriu. Era um sorriso lento, sexy, e com ele sentado em uma
cama desfeita, com cabelos desgrenhados e os músculos ondulando de forma agradável, ele parecia ser um modelo em um anúncio de loção pós-barba de
uma revista masculina, e eu, finalmente, consegui entender qual a razão de todo o alarido. Não era a beleza. Não era o seu incrível “junte-os-pontos”. Era porque
ele era ridiculamente atraente, e eu fiquei muito feliz por não ser o tipo de garota que sorria tolamente ou que corava ou dava risadinhas, porque estaria fazendo uma combinação nauseante de todas essas três coisas.

— Temos quanto tempo até nos encontrarmos com Tonks? — perguntou ele, enquanto se recostava nos travesseiros e cruzava os braços.

Verifiquei o horário em meu telefone.

— Cerca de duas horas, e, quando estivermos prontos pra sair, ela vai me ligar e dizer que acabou de se levantar e perguntar se podemos adiar por uma hora.

— Três horas, então? Bem, eu poderia me levantar e fazer um pouco de café
pra nós, ou você poderia voltar pra cama e nós poderíamos fazer algo a respeito da felicidade que você não teve... — O sorriso lento e sexy se tornou incisivamente lascivo. — O que você prefere?

Os Adoráveis- Hinny (Adaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora