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N.A: Leiam as notas da autora por favor, é importante.

P.O.V Gina

Eu pensei um pouco se ele ia se arrepender no último momento, ou confessar tudo a seus pais, mas, às 14 horas da sexta-feira, Harry estava sentado ao meu lado no voo da Virgin, indo de Heathrow ao JFK, e, tão logo terminou o aviso de segurança e começaram a taxiar pela pista, ele se voltou para mim com um sorriso que fez meu coração falhar uma batida, embora, normalmente, meu
coração não fizesse coisas estúpidas como essa.

- Ah, meu Deus! Eu estou indo pra Nova York! - disse ele. - Isso não
parecia real, mas agora estamos prestes a decolar e estou ficando realmente animado.

- Aleluia - eu disse. - Porque na maior parte do tempo você esteve
estressado sobre a coisa toda.

- Sim, bem, você estava me deixando estressado. Mesmo depois que eu disse que viria você ainda continuou a me enviar checklists. - Harry puxou um pedaço de papel amassado do bolso de seu jeans. - Eu poderia ter definido, sozinho, de quantos pares de meias precisaria, você sabe disso.

Ele tinha razão, mas eu estava acostumada com meu grupo de amigos que era tão excêntrico quanto um saco de amêndoas fatiadas.

- Não posso fazer nada. Eu microgerenciei para que, caso algo dê errado, eu saiba que não foi culpa minha.

- Você chama isso de microgestão, eu chamo de ser muito, muito mandona.

- No final, saem elas por elas, tanto faz, meu amigo. - Eu esperava que ele não fosse agir assim em Nova York, pegando no meu pé o tempo todo, mas depois Harry cutucou meu braço e me deu outro de seus sorrisos bonitos.

- Enfim, estou tentando dizer obrigado por tudo isso. Tipo, por me convidar pra vir com você, e teremos que encontrar uma loja de doces pra que eu possa recompensá-la. É o mínimo que posso fazer.

- Você não tem que fazer isso - respondi rapidamente, embora já estivesse acrescentando mentalmente o Dy lan's Candy Bar no itinerário detalhado que tinha predefinido. - A viagem foi meu agradecimento por me ajudar a lidar com toda a porcaria da minha família.

- Bem, de qualquer forma...

- Sim, de qualquer forma...

Houve uma guinada quando saímos do chão, e não importava quantas vezes eu já tivesse voado, não conseguia abrir os olhos até que estivesse certa de que estávamos voando corretamente e de que não estávamos, de repente, mergulhando para a morte. Eu estava tão tensa que nem percebi - até que houve um "ping" e abri meu cinto de segurança - que Harry estivera segurando minha mão o tempo todo.

Então, voamos sobre o Atlântico por cerca de sete horas. Harry assistiu a três filmes, e eu comi Haribo e trabalhei em minha apresentação. Quando chegasse a hora de fazer meu discurso, pareceria estar simplesmente conversando, quando,
na realidade, eu ensaiara tantas vezes que falaria tudo perfeitamente e nem
sequer precisaria olhar minhas notas. Eu falaria alguns "ahans" e "ahs", porque ninguém gosta de uma esperta culta de 17 anos de idade, e, provavelmente, no início, fracassaria um pouco, ao longo de minhas frases, por causa do nervosismo, mas depois disso planejei ser engraçada, perspicaz e "a voz da minha geração", o que não era difícil, pois minha geração era lamentavelmente
inarticulada.

Finalmente, desembarcamos e começamos a caminhar por quilômetros e quilômetros de corredores até que entramos na fila para checar nossos passaportes. Foi então que Harry começou a ficar muito impaciente com a ideia de escanearem suas impressões digitais e fazerem uma foto sua.

- Mas por quê?

- Para se certificar de que você não é um membro da Al-Qaeda ou de
quaisquer listas de exclusão aérea - sibilei.

Os Adoráveis- Hinny (Adaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora