A porta se abriu e eu saltei do sofá, minha mãe entrou primeiro em seguida Richard, mas nada de James.
-Onde ele está?- eu perguntei indo até a minha mãe
-Ele ficou no hospital, mas já está bem, o médico disse que são só mais umas horas de observação e não foi nada tão grave.
-Que ótimo!- soltei um grande suspiro
-Está feliz?- Richard disse de cara fechada para mim- America eu realmente não sei o que eu faço com você, acho que te internar seria a melhor opção!
-Richard! Já chega, para! Cala a porra da boca, não aguento mais você insultando a minha filha a nossa filha, se ela disse que não fez nada eu acredito nela, ela não machucaria o James e eu sei disso!- minha mãe finalmente falou e eu arregalei os olhos mas fiquei feliz pela atitude dela, e olha ela está até xingando ótima evolução.
-Em qual hospital ele está? Eu quero ver ele, ficar com ele- eu perguntei para minha mãe ansiosa
-Ele está..- ela ia dizendo
-Não você não vai!- meu querido pai interrompeu
-Ele é meu irmão Richard. E no fundo você sabe que eu não fiz nada não sei porque me odeia tanto!- eu disse pegando minha bolsa, minha mãe anotou o endereço em um papel para mim e eu fui até a garagem peguei o carro do meu papai querido e fui até o hospital passar o dia com James.
Demorei um pouco para chegar porque começou a nevar forte e a rua já estava derrapando, ao chegar no hospital pedi o número do quarto e fui até lá, entrei e o médico estava conversado com James e ele sorria, aqueles sorrisinho com os olhos felizes e os dentinhos separados a mostra me fez sorrir junto.
-Essa é a minha irmã- ele apontou para mim e eu entrei de vez no quarto
-Então estão falando de mim?- eu ri sentado ao lado de James na cama dando um longo beijo na bochecha dele-Me desculpa, já está melhor?
-Porque desculpa mare? Porque está chorando?- ele perguntou limpando minhas lágrimas- Eu já estou melhor...
-Está sim esse mocinho deu muita sorte, e a senhorita não deixe mais biscoitos de leite à vista dele- o pediatra me disse sorrindo, que por um acaso era um gato.
-Tudo bem, obrigada por cuidar dele!- eu disse abraçando meu irmãozinho
-Ok então, estou na recepção qualquer coisa me chama, Luccas.- ele piscou e saiu, me senti constrangida e sorri simpática, eu já estava vermelha aposto.
-Quando eu chegar lá vou explicar tudo tá Mare? O papai foi mau com você- ele me acariciou e eu choraminguei, como ele podia ser tão amável? Acho que eu sempre precisei de um irmão na minha vida.
-Eu sei, foi sim, mas eu já me acostumei - eu funguei- James vem cá- eu disse pegando ele no colo levando até a janela- Está nevando!- abri a janela e colocamos as mãos para fora sentindo a neve.
-Eba!- ele comemorou- Vamos fazer anjo na neve amanhã e levar os bonecos para brincar também!- ele já estava mais animado do que antes
-Êh! Vamos sim, bate!- eu disse tocando na mão dele e depois deitamos na cama e eu contei uma historinha- Você agora vai conhecer minha melhor melhor melhor amiga, o nome dela é Ivy, espera só- eu disse ligando a câmera do celular com Ivy e ela gritou
-Amiga que saudades! Feliz natal!- sua voz fez eco em toda sala
-Feliz natal- eu abri um largo sorriso
-Feliz natal!- James disse adorável
-Ai meu Deus, esse é o James? Que coisa linda, sou Ivy melhor melhor melhor amiga da sua irmã chata- ela estava se divertindo
-Ela não é chata- ele fez careta
-Mare! Feliz natal!- Tyler apareceu de gorro de natal
-Feliz natal!- James e eu dissemos juntos
-Quem é esse?- ele sussurrou no meu ouvido e eu ri
-Namorado dela- cochichei em seu ouvido e ele me olhou com uma cara maliciosa mas para ele não era nada malicioso, já pra mim era...
-Então ele é seu namorado é?- ele perguntou com a mesma cara e nós caímos na gargalhada, umas horas depois liguei para minha mãe pois James só seria liberado do hospital com responsável legal, a neve já estava grossa e caia direto, voltei para casa e no meio do caminho o carro já não dava para seguir caminho pois nas rodas tinha neve de mais.
-Mãe já estou em casa aliás o carro não chegou até lá estou a pé!- eu disse suspirando no telefone e vi a fumaça surgir na minha boca, aliás meu bafo frio, estava frio de mais, e eu nem estava com roupa adequada.
-Estou indo na sua avó com o James, buscar uns remédios talvez eu chegue ai no fim da noite, Richard deve está fazendo as coisas dele para ir embora, ele está com a chave.
-Tudo bem, beijos.- desliguei e cheguei em casa com os músculos tremendo mais que uma vara em dia de ventania. Toquei a campainha quinhentas vezes e nada, olhei pela janela de casa e meu pai passou pela sala com uma xícara nas mãos, me viu e virou as costas, eu gritei por ele e nada, ele só pode estar de sacanagem!
-Abre a porta Richard eu sei que você está aí, abre!- bati várias vezes na porta e nada, eu já estava congelando, meu maxilar já tremia freneticamente, rodei a casa e vi que a porta dos fundos estava fechada, mas a janela do meu quarto não estava, olhei para cima com dificuldade pela neve caindo e vi a brecha da janela aberta, certo eu nunca escalei sem proteção muito menos na neve ou uma casa, ou eu entro em casa ou morro de frio, botei o pé na borda da janela e já ia escalando quando meu pé escorregou e eu cai, feito uma bosta no chão, olhei o chão branco onde cai e pingava sangue, mas da onde? Levei meus dedos roxos ao rosto e apalpei, quando passei a mão ao lado do queixo ardeu, acho que achei onde estava machucado.
-Richard Ratters Bonchatte Fileal, abre a porta agora- eu gritei todos os nomes possíveis do meu pai, Fileal era da minha mãe como ele ainda são casados... Meu nome completo é America Ratters Fileal, uma baboseira mas eu não posso fazer nada, é a herança de família, mas voltando ao plano de entrar em casa- Quero que você vá para o inferno, acho que nem o demônio te aguentaria!- esperei mas um tempo e fui andando até onde o carro estava, eu estava com tanto frio, não aguento mais, abri o carro e entrei ligando o motor mas por pura sorte acabou a gasolina.
-Caramba! Ótimo, puta que pariu, maldito seja! Merda, merda, merda.- eu reclamei socando tudo na minha frente, achei um bastão de baseball e tive uma ótima ideia
-Abre ou eu quebro seu carro em pedaços, eu tenho um bastão e eu sou maluca Richard, muito maluca você não acha?- eu já parecia uma psicopata gritando com a voz trêmula de frio, meu corpo tremia tanto que eu nem sei se teria força para quebrar o carro dele, quando eu ameacei voltar e quebrar o carro a porta se abriu, meu pai já estava arrumado com as suas coisas prontas e saiu.
-Maluca, não faça isso, amanhã eu volto aqui e pego o carro, estou indo um beijo doce America! E ah.. Cuida desse corte.- ele beijou minha bochecha e eu tive vontade de vomitar, fechei a porta e corri para o meu quarto jogando quatro cobertores incluindo dois de lã grossa que a vovó tinha feito e deitei toda coberta dos pés a cabeça, parecia que tudo estava fora de mim, eu só sabia tremer, enquanto ao machucado que ainda sangrava cuidamos disso depois, essa viagem para Atlanta está sendo incrível, estou amando, para não dizer o contrário.
YOU ARE READING
Love Without Control
RomanceVocê pode amar várias pessoas no decorrer da sua vida, mas apenas uma você será eternamente apaixonado.