Eu estava nervosa, Ivy me esperou o dia inteiro e eu fugi da conversa, agora é a hora, estou na porta do apartamento do Tyler esperando para tocar a campainha, pensando em mil coisas, será que ela ainda quer falar comigo? Toquei a campainha duas vezes suavemente e a porta pareceu quase ser arrancada do lugar com Ivy abrindo-a.
- Mare!- ela pulou nos meus braços me dando um abraço mais que apertado.
- Ivy- eu disse retribuindo, vi que Tyler ia vindo para ver o que estava acontecendo e no mesmo momento ele voltou para o quarto.
- Me desculpa America, de verdade eu estava sem cabeça, bêbeda, falando merdas como sempre e cheia de ciúmes do Styles me perdoa amiga me perdoa!- ela ainda me abraçava forte e já chorava- Você ainda é minha amiga?- ela me perguntou me largando olhando para mim com os olhos quase verdes avermelhados, aquilo doía no meu coração, eu amava Ivy independentes das merdas dela, ou do que ela falava, ela era minha melhor amiga, minha irmã, ela era tudo para mim, minha família naquela nova cidade, naquele novo mundo que eu mal conheço.
- Eu te desculpo, e sim eu ainda sou sua amiga!- eu sorri já com lágrimas brotando em meus olhos.
-Eu te amo mare!- ela me abraçou novamente me carregando para o sofá me enchendo de beijinhos.
-Para Iv!- eu reclamava rindo
- Agora sim!!- Tyler apareceu animado- Vou ligar para o Travis- ele sentou no sofá ligando para o amigo.
- E a sua viagem? Sua mãe como está? Animada? Ah Atlanta!- Ivy perguntava eufórica secando as lágrimas.
- Saio terça às quatro da manhã, para dar tempo de chegar na véspera de Natal, minha mãe está ótima bem animada, Ivy eu tenho um irmão- eu dizia com uma voz doce e contente eu estava feliz em ter minha amiga de volta.
- Ai Mare, o Travis está na sua casa- mais o que?
- Sério? Como ele....Travis!- eu gritei, ele sabia o truque da maçaneta, porque diabos eu fui ensinar?!
- Um irmão?- Ivy se se assustou
- James, filho do Richard com outra mulher, minha mãe cria ele, ah ele parece um amor..- gargalhamos, botamos os assuntos em dia e fiquei sabendo que Ivy iria para Veneza no natal em uma das casas dos pais de Tyler. Fui para casa pois Travis estava me esperando chegando lá entrei sorrindo ao ver Spike e ele brincando no chão, os dois na maioria das vezes não se davam bem.
- Que coisa linda!- eu disse fechando a porta.
- Amor!- Travis me abraçou e Spike veio junto me lambendo-Como está?- ele me observou com olhos e eu me joguei no sofá.
- Ótima, só cansada!- Bufei
- Vamos para o quarto- ele veio até a mim tirando minhas botas e me pegando no colo.- Belas botas!- ele riu beijando minha bochecha, eu não iria dizer que o Harry tinha me dado ele me jogaria no chão de raiva, então deixei ele me carregar até o quarto e me colocar na cama com calma, até deitar e relaxar do meu lado.
- Estava com saudades disso!- ele mexeu no meu cabelo e eu fechei os olhos, eu não ia negar eu também sentia falta mas parece que meu ser não corresponde mais aos atos do Travis, aliás só as vezes...
- Eu também!- me virei para observar seus belos pares de olhos castanhos reluzentes, completamente diferentes do Harry, às vezes eu penso como seria se eu namorasse o trav, porque não da certo?! Travis se posicionou na minha frente e beijou meu braço e subiu até o pescoço, senti um arrepio acompanhado com uma cócega me fazendo das risadinhas, isso nunca tinha acontecido.
- O que foi?- ele riu junto
- Nada!- prendi o riso e depois soltando com tudo, eu estava nervosa, isso era medo de dormir com o Travis?
- Está brincando comigo Ratters?-ele zombou brincalhão
- Não Trav meu amor- gargalhei e ele veio me fazendo cócegas e eu gargalhava com vontade, gritava cada vez mais pedindo por ajuda e para ele parar, até que ele me calou com um beijo terno e suave ao mesmo tempo cheio de desejo e caloroso, eu não respondi por mim e virei de posição ficando por cima do tronco de Travis revidando o beijo, estava tão bom até a campainha tocar me acordando do delírio.
- Travis- pulei de cima dele ajeito os cabelos e ele se levantou da cama com cara de quem não entendeu nada.- A campainha vou atender, eu... Já volto!- eu disse saindo do quarto meia desnorteada, eu voltaria para os braços dele? Que beijo foi esse? Ai meu Deus Harry... Mas o que ele tem a ver? Me perdia em pensamentos loucos e confusos fazendo altas perguntas para mim mesma quando abri a porta e me deparei com uma pessoa que não desejava ver no momento.
- Richard!- gritei assustada e Spike veio até a mim latindo, meu pai sempre metido já saiu entrando na minha casa me deixando de boca aberta, depois de quase quatro meses sem o ver não esperava ele embaixo de um teto que era meu.
- Mora aqui mesmo? Pelo menos uma coisa boa né America- sua voz saia com desdém e no fundo Spike latia agudamente-Vejo que tem um cachorro, se desfaça desse lixo America, cachorros não vale apena, sai!- ele dizia com rancor para cima de Spike e eu senti meu sangue ferver e meu coração bater cada vez mais forte.
-Como ousa vir na minha casa e se dirigir assim ao Spike?- fui até ele e o encarei furiosa.
- Quem é Spike?- ele foi irônico- Que nomezinho hein America! Você não mudou nada, continua pirralha e sem educação, pago sua faculdade para você ser uma mulher direita não uma vagabunda- ele observou mais a casa e por fim me encarou, ele me chamou de vagabunda?
- Seu merda sai da minha casa, não acredito, o que você está fazendo aqui? Vai embora e me deixa, me deixa em paz, é minha vida, meu apartamento e meu cachorro!- eu queria chorar mas não vou chorar, eu não vou..- Ainda vem aqui me chamar de vagabunda?!
- Tanto faz!- ele deu os ombros
- Quem é amor? Que demora...- Travis apareceu no corredor e parou me olhando assustado com olhar de "esse cara tá mesmo aqui?"
- Quem seria esse vagabundo tatuado? Seu namorado?
- Ei ei eu não sou vagabundo mais respeito comigo e ainda mais com ela- Travis ficou atrás de mim com pose de briga, olhos frios e punho trincado.
- Vai embora Richard não se mete mais na minha vida!- eu gritei já chorando.
- Oh minha America não chore!- ele veio limpar minhas lágrimas mas recebeu um tapa na mão- Continua a mesma bobinha de Atlanta filha da pobre Emily, vocês duas são parecidas sabia? As duas fracas!
- Cala a boca!- eu gritei partindo para cima dele e ele me deu um tapa no rosto me fazendo cambalear, eu não acredito nisso ele me bateu, me bateu!
- Garota insolente! Se precisar de mim estarei no estúdio Stars, beijos minha America!- ele saiu deixando a porta aberta e Spike correu atrás do mesmo e recebeu um chute e eu chorei mais. Travis pareceu imóvel e com ódio, ele não podia fazer nada, bater no meu pai não daria certo, ele sabia disso, eu chorava de raiva, meus lábios tinha um corte do tapa que queimava, meu rosto tinha uma dormência inigualável, Travis me virou fazendo meu corpo ir de encontro com o dele e ele me protegeu em seus braços em um abraço apertado.
- Calma! Calma!- ele dizia me consolando, eu chorava feito uma criancinha.
- Que ódio, que raiva!- eu me soltei dele gritando no corredor me batendo, batendo nas paredes e fechando a porta com tudo tacando objetos na parede, como eu te odeio Richard Ratters!
- Mare!- Travis parecia desesperado tentando me acalmar, ele me segurou pela barriga e eu chorei mais.
- Shhhh!!! Vem, toma um banho e vamos dormir, eu cuido disso ai na sua boca só se acalma!- Eu o obedeci e entrei no banheiro me enfiando em baixo da água quente, minha mãe não poderia saber disso ou ela mataria ele, mas ele vai se ver comigo. Sai do banho e Travis me ajudou a vestir um moletom em seguida passou remédio no corte no meu labio, ardeu me fazendo recuar várias vezes, eu deitei na cama me cobrindo e ele logo depois me abraçando, Spike subiu na cama ficando no nosso meio e eu o acariciei, tadinho ele não tinha culpa de nada ali naquela história e acabou levando, Travis depositou um beijo na minha testa e disse " tudo vai ficar bem eu to aqui com você Mare" meus olhos ficaram pesados e aos poucos eu adormeci.
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Love Without Control
RomanceVocê pode amar várias pessoas no decorrer da sua vida, mas apenas uma você será eternamente apaixonado.