PRIMEIRA PARTE

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De acordo com a data, hoje eu e Jimin faríamos três anos de namoro

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De acordo com a data, hoje eu e Jimin faríamos três anos de namoro. Não poderia estar mais feliz, afinal, festejaremos essa data juntos. Da maneira mais proveitosa possível e a nossa maneira. Em questão de festejar, somos especialistas.

Parece que foi ontem que eu o conheci naquela pequena balada, no fim do ano. Ele foi o melhor começo de ano novo que me aconteceu. Terminamos o ano solteiros e iniciamos o ano novo namorado. Foi o encontro mais aleatório que já me aconteceu na vida.

E ao lado de Jimin, compartilhei as melhores experiências e vitórias de todas nossas vidas. Acredito que ele pense da mesma maneira. Apesar de termos três anos de namoro, escolhemos ganhar nossas marcas apenas depois do casamento.

Nosso casamento não está muito longe, já que dada as circunstâncias, as coisas estão indo bem demais. Estamos até mesmo pensando em filhotes e creio que isso será um avanço e tanto para nossa relação.

Contudo, de uns dias para lá, as coisas não andam indo bem com Jimin. Seu comportamento está bem diferenciado e ele não me permite lhe tocar. E toda vez que eu o faço, ele chora. Cheguei a cogitar que algo de muito grave tivesse acontecido ou até mesmo alguém tivesse lhe tocado de forma indevida, sem seu consentimento.

Mas, não era bem isso que parecia. E quando entro em casa, tenho a total confirmação. Nos braços de Jungkook, seu melhor amigo, o vejo chorar sem pausas. Ele apenas chora e chora, enquanto é amparado por Jun.

Quando percebe minha presença, se recompõe e respira fundo. Secando os olhos e encarando Jungkook, que olha para mim. O garoto parece perdido e profundamente angustiado. Toda aquela situação me coloca em alerta e eu me aproximo mais, e com calma, me sento na mesa de centro.

— Tá legal, já chega. — Apoio minhas mãos em minhas pernas e respiro fundo. — O que está acontecendo com você, amor? Eu só quero entender o que você tem e o porquê está agindo assim.

— Ji, é melhor você contar. — Jungkook diz e Jimin o encara. Os olhos arregalados e a negativa clara de que ele está em pânico.

— Contar o quê, Jimin? — Minha voz se torna um pouco mais séria. Meu corpo fica tenso e eu respiro fundo. Temendo sempre o pior, me sinto insegura.

— Jun, eu não posso. — Ele fala. As lágrimas caem com mais força por suas bochechas gordinhas.

— É melhor que ela saiba por você do que por terceiros. Diga para ela, Ji. — Jungkook sorri, tentando passar conforto ao amigo. Mas, eu não compreendo os motivos.

— O que vocês estão me escondendo? Por que isso tudo? — Minha voz sai tremida e eu seguro em meus joelhos.

— Eu tô grávido, Hyun saeng. — Pisco algumas vezes, sem entender onde aquela notícia é ruim para o fazer chorar.

Um sorriso brota em meus lábios, mas ele chora mais. Jungkook me encara e aos poucos meu sorriso vai sendo drenado. Não vai me dizer, que...

— Ter uma criança é maravilhoso, amor. — O tom de minha voz é baixo e eu sinto vontade de chorar. Jimin não para de chorar, ele não consegue parar de chorar. — Afinal, somos os pais dele e vamos cuidar bem.

— Noona, não...— Jun comenta e eu olho bem para ele e depois para Jimin.

Meu sorriso treme e eu respiro fundo.

— Essa criança é minha, não é Jimin? — Pergunto.

Os meus olhos estão arregalados e eu desejo muito que os motivos pelos quais ele chora, não sejam esses motivos. Meu corpo inteiro treme e uma angústia me invade. O doce de meus lábios se torna azedo e um buraco parece se abrir abaixo de meus pés.

E numa reza baixa, eu clamo aos céus para que não seja o que eu estou pensando.

— Jimin, esse filho é meu, não é? — Sua cabeça se balança negativamente.

Sua boca se abre várias vezes para que ele possa falar alguma coisa, mas, até lá as lágrimas já caem por minhas bochechas. Meu coração se quebra em milhares de pedaços e minhas mãos se fecham em punho.

Lindo, como sua felicidade pode estar de um jeito. E no dia seguinte, se afunda em uma poça de merda.

— Não, ele não é. — Depois de muito choro, ele consegue ter forças para dizer. Mas, até lá, eu já não consigo acreditar mais nas suas lágrimas.

— De quem é essa criança? — Pergunto. Jungkook se encolhe e encara Jimin.

Jungkook já não diz nada, porque ele sabe que as coisas sobrarão para cima de si. Minhas bochechas estão quentes e minhas mãos estão fechadas em punho.

— Saeng, não. — Ele nega. E por negar, eu sei que ele está mentindo.

Meu rosto esquenta, a raiva me consome e mais lágrimas caem pelas minhas bochechas.

— QUEM É O PAI DESSE FILHOTE, JIMIN? ME DIGA! — Grito contra seu rosto e ele volta a chorar. Meus ombros caem e eu choro junto a si.

Jungkook se encolhe. O meu grito o afetou e eu respiro fundo. Pelos céus, tudo estava errado.

— É o Yoongi. — Meus olhos se arregalam. Jimin se encolhe e Jungkook tampa os ouvidos.

Sinto como se um balde de água fria fosse jogado contra minha cabeça, e um buraco fundo se abrisse debaixo de meus pés. Não consigo conter o meu choro e eu opto por apoiar as mãos sobre meus joelhos.

Dói. Dói muito ao ponto de saber que meu namorado foi capaz de me trair com meu irmão. 

𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐀𝐍𝐃 𝐅𝐎𝐑𝐆𝐈𝐕𝐄𝐍𝐄𝐒𝐒, 𝐩𝐣𝐦.Onde histórias criam vida. Descubra agora