Dia 19

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Notas: Olá, não me matem haha. Eu tenho uma justificativa, juro!!!! Minhas aulas da universidade voltaram no dia 01/02 e eu fui jogada em uma imensidão de artigos, aulas online, livros e vídeos complementares. Ainda estou afundada até o pescoço, mas consegui tirar um momento de tempos em tempos para escrever e terminei ontem o capítulo. É bem diferente da versão original publicada no twitter e da versão que eu pensei em escrever, o início possui um tema sensível em relação aos pais de Tom, então leiam com cuidado.
Não é meu melhor capítulo, mas o escrevi com carinho.
Sinto falta de seus comentários e isso acaba me deixando ainda mais desanimada, eu adoro lê-los, então se vocês puderem e quiserem...
Acho que me alonguei demais, desculpem mais uma vez.

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JAKE

Acordo e não vejo Tom na cama, onde ele normalmente dorme está frio, o que indica que ele levantou há muito tempo, sinto preocupação rolar em meu estômago e levanto, escovo os dentes e desço para a cozinha, ele está ali, uma xícara do que desconfio ser chá entre suas mãos e o corpo curvado para a frente, seu olhar desvia para mim assim que nota minha presença, ele tenta sorrir, o que faz meu peito afundar ainda mais. Eu odeio tanto vê-lo assim.                                                                                

— Bom dia, Jake. — Ele diz baixo, contorno a mesa e vou até ele, acaricio seu cabelo bagunçado e deixo um beijo entre os fios, arrumo a camisa que está torta em seu corpo, ele toma um gole do seu chá e descansa a caneca na mesa.

— Bom dia, querido. — Respondo, ele inclina a cabeça para me olhar nos olhos e aproveito para beijar sua testa, Tom suspira, apoia a cabeça em minha barriga, eu nunca o vi tão quietinho e magoado dessa forma antes. — Melhor?

— Não realmente. — Murmura. — Mas eu vou ficar.

Ficamos em casa durante a noite como havíamos combinado, Tom estava ansioso para falar com seu irmão mais novo, então esperou amanhecer em Londres e ligou para ele, o que lhe rendeu uma série de resmungos por ainda ser cedo, tentei não prestar muita atenção e lhe dar privacidade ao conversar mesmo que ele estivesse deitado com a cabeça em minha barriga e não parecesse se importar que eu ouvisse. Não percebi logo no momento em que a conversa mudou, estava distraído acariciando seu cabelo e pensando em mil e uma coisas, até que senti uma movimentação na cama e Tom se afastar de mim, quando abri os olhos ele estava sentado na cama, olhava para o celular com lágrimas escorrendo por seu rosto, a expressão assustada e magoada. Ainda não sei exatamente o que aconteceu,  evitei fazer muitas perguntas ao ver que elas apenas o deixavam mais chateado, mas sei que envolve seus pais, o que é sempre um assunto delicado para ele.

Precisei conter meu desespero e ficar calmo enquanto ele chorava baixinho em meu ombro até dormir.

— Eu fiz o café. — Ele avisa, aceno com a cabeça e sento, como devagar, lhe lanço olhares preocupados de tempos em tempos, mas ele parece não notar, está completamente distraído olhando para a mesa, os pensamentos perdidos, provavelmente repassando o que aconteceu durante a ligação. Vou até ele quando termino de comer e seguro sua mão, Tom me olha confuso, mas parece entender quando o puxo para levantar, ele me acompanha em silêncio até o andar de cima, afasto os lençóis, subo na cama e ele deita, nos cubro até o pescoço e o abraço perto. — Desculpe por isso.

— Não peça desculpas. — Digo baixo. — Eu estou aqui com você, doce.

Sinto quando ele acena com a cabeça, mas não fala nada por um tempo, eu sei que ele deve estar muito chateado, então decido apenas ficar aqui e esperar pelo seu tempo, não quero pressioná-lo a desabafar e acabar piorando as coisas. Demora um pouco até que ele comece a falar.

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