Dia 17

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JAKE

A primeira coisa que passa por minha cabeça quando ouço o despertador é o quanto eu gostaria de dormir mais, a noite foi longa e eu tive poucas horas de sono, não que o motivo disso seja algo que possa me fazer reclamar, a segunda é que Tom está todo agarrado a mim, e incrivelmente isso não é nada desconfortável. É bom sentir a maciez e o calor de seu corpo contra o meu, seus fios de cabelo fazendo cócegas em meu nariz, suas mãos me segurando perto e suas pernas entrelaçadas as minhas.

Eu poderia ficar assim a manhã inteira, mas infelizmente o dever me chama.

Beijo sua cabeça me demorando um pouco mais para suspirar e sentir o cheiro bom de seu cabelo,Tom se move em seu sono e me aperta mais contra si. Eu nunca poderei reclamar da maneira que ele gosta de contato, de estar sempre me tocando ou aconchegado a mim. Me desvencilho devagar tomando cuidado para não acordá-lo, ainda é cedo, mas eu preciso ir até o trabalho, esse compromisso parece ter sumido da minha mente na noite anterior. Desligo o despertador, sento na cama e estico os braços sobre a cabeça, sinto meu corpo dolorido por conta de toda a ação da noite anterior, o sexo longo e delicioso, é bom e me faz relembrar de tudo. Mesmo jovem Tom sabe o que quer, é exigente e conhece o próprio corpo, é insaciável também.

O olho dormindo tão pacificamente ao meu lado, não parece a mesma pessoa que me levou a loucura na noite anterior, mas eu gosto disso, de suas várias camadas.

Parto em direção ao banheiro, escovo os dentes e tomo um banho rápido, volto para o quarto e Tom agora dorme agarrado ao meu travesseiro, suas pernas nuas e bonitas para fora do cobertor, a camisa na altura da cintura, o cabelo bagunçado, tão encantador que meu peito todo se aquece, é inegável o que sinto por ele, sei que todos os meus amigos já perceberam, duvido que Tom também não o tenha feito. Vou até ele e arrumo a camisa no lugar, o cubro com o cobertor e sigo até o guarda roupa, visto uma cueca e uma calça e sigo para a cozinha, os pés descalços no chão gelado porque eu odeio carpetes, encontro Ryan já fazendo o café, murmuro um 'bom dia' e ouço apenas um grunido em resposta.

Ele não é uma pessoa da manhã, mas quem é?

Abro a porta para o quintal e o vento frio entra no cômodo, resultado da garoa fina da madrugada, estremeço levemente, mas não posso deixar fechar os olhos e sentir o cheiro da grama molhada, faço uma breve prece e volto para a cozinha.

── Eu não lembro como cheguei na cama. ── Ryan diz, dou uma risada baixa ao ouvi-lo, ele me estende uma caneca de café, tomo um gole longo antes de responder.

── Não se preocupe, não fez nada vergonhoso, pelo menos não mais que o normal.

Ryan bufa e desvio do soco que ele tenta me dar no ombro, ele não é mesmo uma pessoa da manhã. Ouço passos no corredor e sei que logo todos estarão na cozinha.

── Bom dia. ── A voz de Blake soa atrás de mim, ao contrário do namorado, ela tem um gracioso bom humor matinal, deixa um beijo breve em meu rosto antes de seguir até Ryan e lhe beijar nos lábios brevemente, isso parece ser o suficiente para que ele amoleça e um sorriso surja em seu rosto. ── Como foi a noite, Jake?

── Dormi como um bebê. ── Respondo achando graça de seu tom sugestivo, sei que Tom e eu fomos silenciosos o suficiente para que não nos ouvissem, então isso se trata apenas de uma provocação.

── Claro, Jake, claro.

── Bom dia. ── Anne murmura entrando na cozinha, pega a caneca da minha mão e toma um longo gole, então empurra novamente para mim. ── Quem me convenceu a beber no domingo?

── Você deu a ideia. ── Respondo, ela cerra os olhos mal humorada. ── Onde estão o Hugh e a Deb?

── Aqui. ── Hugh diz entrando na cozinha sendo seguido de perto por Deb. ── Segui o cheiro do café.

Summer LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora