Dia 3

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TOM

Percebo que fiz bem ao acionar o despertador antes de dormir porque acordo em um sobressalto de um sono profundo quando ele toca, eu perderia a hora, tenho certeza.

Não havia bebido demais, mas cheguei tarde, já que acabei fazendo alguns amigos no bar e saímos para procurar comida às duas da manhã. Eles eram legais, alguns turistas, outros dali do Havaí mesmo, mas infelizmente esquecemos de trocar telefones e eu não lembrava de seus nomes, o que era uma pena, poderíamos sair de novo.

Tomo um banho relaxante, passo protetor solar, tenho medo de que o sexto sentido de Zendaya denunciasse que eu não o havia feito e ela me ligasse pronta para a bronca, visto algo que julgo ser apropriado para surfar, arrumo a mochila e saio do quarto, Anne atendia alguém na recepção, então apenas lhe lanço um cumprimento, a praia não ficava exatamente perto dali e eu não fazia ideia de como chegar lá de ônibus, então peço um táxi.

A diferença entre mim e um cachorro era que eu não balançava a língua, mas olhava curioso e empolgado pela janela, não culparia o taxista se quisesse rir. Eu riria.

Praticamente pulo do carro depois de pagar, tinham tantas pessoas ali. Acho que nem em um milhão de anos eu me cansaria da beleza daquele lugar.

Começo a caminhar e logo chego na praia em si, a areia estava quente, o céu não tinha nuvens, tão diferente do que eu estava acostumado, daquele clima frio, do céu nublado, da chuva.

Começo a olhar em volta procurando Jake, não faço ideia de como ele é, falamos apenas por telefone, então não é tão fácil o encontrar ali naquele lugar cheio de gente, pela sua voz eu sabia que era mais velho, mas ele não havia me dado exatamente uma discrição detalhada.

Cabelo escuro, camisa laranja, olhos azuis.

Ele poderia ter enviado uma foto.

Me sinto idiota por um momento, então pego o celular da mochila, o desbloqueio. Eu tenho uma foto, claro que tenho, porque não pensei nisso antes? Como falei com ele apenas por ligação, sem mensagens no whatsapp, não me lembrei desse detalhe.

— Oi, desculpe. — Ouço uma voz atrás de mim antes que eu pudesse mesmo abrir o aplicativo, era grave e bonita, eu a conhecia, então viro e preciso piscar algumas vezes. — Você é o Tom?

Por um momento eu achei que fosse o sol que estivesse me fazendo delirar, talvez as cervejas que havia tomado na noite anterior ainda estivessem fazendo efeito. Eu realmente devia ter olhado sua foto.

Alto, pele bronzeada, barba espessa que ficava maravilhosa nele, olhos azuis intensos e um sorriso que fez meus joelhos tremerem.

Céus, como eu lidaria com isso?

— Sim, eu... eu sou Tom. — Gaguejo, respiro fundo tentando controlar os batimentos cardíacos que haviam acelerado de repente, mas o que não consigo controlar são meus olhos de passearem por seu rosto, pelo pescoço, os maravilhosos ombros largos, e os braços... céus. Percebo que alguns segundos se passaram e ele me encarava curioso, divertido, isso me faz quase contorcer de vergonha. – Você é Jake?

Percebo esses seus lindos olhos azuis me analisarem rapidamente, um arrepio sobe por minha espinha e minha boca seca.

Que droga era aquela?

Não consigo deixar de notar o pequeno sorriso que aparece em seus lábios quando ele volta a encarar meus olhos, engulo em seco, percebo que sua mão estava estendida em minha direção, dedos longos e... Thomas, se controle.

Summer LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora