Summer Love

Dia 2

Vamos para mais um capítulo hoje, ainda estão curtos por estar no começo, mas espero que estejam gostando.

Boa leitura :)

TOM

Sinto o sol quente queimar minha pele e agradeço mentalmente por ter passado protetor solar antes de sair. Tiro os óculos de sol do rosto e o engato na gola da camiseta. Não pude deixar de olhar ao redor e admirar a areia branca e a água cristalina a minha frente, os prédios enormes e bonitos a minhas costas, todas aquelas pessoas bronzeadas, turistas ou moradores.

Estava em Waikiki Beach, que fica em Honolulu, capital do Havaí. Já tinha visto fotos das famosas praias, mas nunca imaginei que seria tão bonito assim. Eu quase não acreditava que andava por entre os coqueiros de Waikiki.

Sinto o estômago roncar e me amaldiçoo, talvez pela quinta vez no dia, por ter perdido o café da manhã. Por sorte haviam várias barraquinhas e carrinhos de comida.

Eu sabia que no Havaí a culinária era principalmente voltada para frutos do mar, então não foi uma surpresa ao encontrar um quiosque especializado em camarão. Trato de pedir um espeto de camarão e o que eles chamam de coquetel havaiano, uma mistura de suco de abacaxi, suco de tomate e leite de coco, o que, surpreendentemente, deu certo.

Começo a comer rapidamente, queria visitar lojinhas e comprar lembranças para meus amigos, eles me matariam se não levasse nada na mala, mas estava realmente ansioso para me perder pela avenida Kalakaua, no meio das pessoas e dos prédios, conversar com nativos e turistas do mundo todo, ver pessoas diferentes do que estava acostumado na Inglaterra.

Logo devoro meu espeto de camarão, seguro o abacaxi, que servia como taça para o coquetel, e tomo o restante. Aquilo estava maravilhoso.

Coloco o abacaxi sobre o balcão, agradeço o atendente com um ‘mahalo’ e recebo um sorriso caloroso em resposta, as pessoas ali eram simpáticas, provavelmente já acostumados com turistas.

Saio andando pela praia, sentia a areia entre meus dedos, sorri apesar do incômodo, tiro as sandálias dos pés e ando em direção à água. Queria senti-la em minha pele, queria saber sua temperatura, queria ter certeza de que realmente estava ali.

Eu nunca havia me sentido daquele jeito antes, em nenhum dos outros lugares que visitei, ainda não fazia nem um dia e eu sentia como se finalmente pertencesse a algum lugar.

Desvio de duas crianças que corriam e caminho até a beirada do mar, entro na água e deixo com que ela chegue até os joelhos molhando um pouco da minha bermuda. Fecho os olhos e inspiro, sinto o sal da água em meu nariz e não consigo resistir ao sorriso que queria se mostrar em meus lábios, era bom, não deveria ser, mas era.

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Suspiro enxugando o suor da testa. Estava tão acostumado com o frio de Londres que aquele calor estava quase me matando, mas não conseguia reclamar, era tão maravilhoso estar ali, conheci muita coisa apenas naquele dia e vi como era tão diferente do que eu estava acostumado.

Em Londres as coisas eram mais frias, não apenas no sentido literal da palavra, mas ali no Havaí havia mais cor, mais sorrisos, as pessoas não eram tão reservadas e aquilo fazia com que eu deixasse de me sentir um entranho no ninho como costumava me sentir onde morava.

Eu sempre fui afetuoso demais para os padrões normais das pessoas que eu conhecia, sempre sorri demais, abracei quando o esperado era apenas um aceno de cabeça.