Young Blood - Lumity

CAPITULO 11 - Tipo Sanguineo

Capitulo 11

O aroma de Luz com o tempo me causava menos efeito, eu não sentia mais vontade mata-lá, mas ainda era muito torturante ficar ao seu lado

Ela havia sentado naquela poltrona não fazia menos de 6 horas, seu cheiro permanecia como se ela tivesse acabado de se levantar

Prendi a respiração, eu aguento ficar sem um dos meus cinco sentidos por um tempo

Me levantei e andei pelo seu quarto, ele estava mais bagunçado que o normal, livros e canetas estavam pela mesa e chão, era a cara dela achar que conseguiria concentração se sentasse em um chão frio

Seu cd player estava aberto e pausado em sua escrivaninha, olhei o conteúdo que estava dentro e não reconheci o cd, fiquei angustiada de não conseguir acompanhar o estilo musical dos jovens de hoje em dia

Meu estilo musical era baseado nas playlists que Emira cria aleatórias com músicas famosas do momento

Depois que Emira conheceu Viney ela começou á ouvir apenas oque Viney gostava, já que seus gostos e parte de sua alma estava dentro de sua noiva

Raramente vejo Viney ouvir algo

Antes em casa sempre tocava algo, tínhamos vários vinis e um tocador até

Eu acho que ainda temos inclusive, em algum lugar no sótão

Igual às milhares fitas cassetes e tvs antigas

A era das fitas foram as melhores épocas

Anotei mentalmente em comprar o vinil do cd de Luz e desenterrar o tocador

Agachei-me perto de Luz, chegando perto de seu rosto, mas em uma distância segura

Vi duas linhas quase invisíveis se formarem acima de suas sobrancelhas, ela estava agoniada com algo

Ela havia dormido com as roupas em que ela havia saído hoje, nem o tênis tirou

Soltei o ar preso e senti o cheiro de seu sangue inundar-me por inteira

Mordi a manga de meu suéter tentando não fazer nenhum barulho sequer para não acordar Luz

Ainda bem que eu sabia ser discreta

Estremeci quando ela se remexeu na cama, suspirando e abrindo os lábios

- Aqui é muito verde - Ela murmurou e tirou a mão direita de baixo do travesseiro

Arregalei os olhos quando vi o curativo em sua mão

Cheguei involuntariamente para mais perto, observando o vermelho e como estava mal-feito. Recuei a mão quando pensei em toca-lá

Agora não tinha sede de sangue, eu não sentia a queimação em minha garganta, eu não desejava matar ninguém

Eu apenas...queria que ela estivesse bem

Eu queria protege-lá, e esse sentimento já está pregado em meu corpo, eu não posso mais detê-lo

Eu tinha que protegê-la

Emira...ela havia notado que á cada momento aquele sentimento crescia mais e mais em mim, por que ela não tentou impedir?

Dei uma última olhada em sua expressão relaxada e incomodada e pulei da janela, deixando uma greta para que ela não pegue um refriado

Tentei não olhar muito para as minhas mãos no caminho para a escola, eu ainda ficava me lembrando do machucado na mão de Luz, e isso me preocupava mais do que devia