CAPITULO 30 - Eclipse

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Capitulo 30

    ⁃    Amity

Emira me abraçou por trás, olhando meu reflexo no espelho com um sorriso orgulhoso em seu rosto

- Você está linda - Ela sussurrou em meu ouvido - Mas é claro que está, fui eu que a arrumei

Revirei os olhos e suas mãos saíram de meus ombros, ela se afastou e se preocupou com outra coisa. Eu apenas fiquei fitando meu reflexo ainda belo. O vestido de mangas bufantes ia até quase meus joelhos, mocassins pretos vinham em meus pés e uma grande pedra preciosa estava um pouco acima do meio de meu peito, servindo de botão frontal para o grande vestido

- Camila já deu sinal positivo? - Pigarrei antes de perguntar. Emira balançou a cabeça e pegou o telefone

- Sim. Podemos ir - Ela confirmou e me empurrou para fora do quarto - Você pode ir

Olhei-a confusa. Desde o começo do ano eu e Emira havíamos programado de irmos juntas ao baile — se ela me achasse um par milagrosamente. Não podia ir sem ela

Seus olhos mostravam o desejo de ir, e seus pensamentos explicavam o motivo da ação contrária

Viney. Sempre era ela

- Se divirta - Um sorriso triste estampava seu rosto sem medo, todos nós já havíamos estranhamente acostumado pelas suas expressões soturnas repentinas, eram melhores a o olhar vago dos dois primeiros meses

Agora a neve lá fora parecia muito com o seu novo ser, e minha irmã não aceitou isso, mas ela não conseguia controlar a nevasca cair

- Vou sentir sua falta - A abracei forte, segurando seu cabelo verde escuro como se valesse a minha vida

- Eu sei que vai - O sorriso entristecido foi logo substituído por um alegre. Suas alegrias repentinas também eram bem comums

O pequeno pedaço de cabelo preso no elástico balançava ansioso em meu cabelo. Talvez uma pequena corrida até sua porta seja um pouco exagerado, mas eu simplesmente não conseguia ficar quieta

Bati uma vez na porta e ouvi o som de passos apressados descer as escadas. Bati pela segunda vez quase na testa de Luz

Eu não conseguia falar. Eu não conseguia mexer

Não consegui conter um dos sorrisos mais genuínos de toda a minha vida

- Eu não sei se estou ansiosa, ou se tomei leite sem querer...mas alguma coisa tá revirando meu estômago - Me despertei em sua fala. Ri de sua expressão de nervosismo e pela sua sinceridade

Luz estava com uma espécie de terno apenas de parte de cima, em sua cintura estava um tutu rosa — sim, aqueles de balé — acompanhado de uma legging roxa e botas pretas. Seu cabelo estava com um gel e alisado para trás, a deixando com um topete que ficaria ridículo em qualquer um, menos ela

- Você está bonita. Estranha, mas bonita - A elogiei, olhando toda a sua roupa agora um pouco mais lentamente

Luz riu e se apoiou na batente de sua porta

- Tá tentando dar mole comigo, Blight? - Dei uma gargalhada sarcástica em quanto levava a mão a cintura

- Vai sonhando - Luz levantou as sobrancelhas e reprimiu uma risada em quanto fechava a porta atrás de si

- Nananinanão! - Ela revirou os olhos quando ouviu sua mãe de dentro da casa, abrindo a porta com um olhar de reprovação - É o primeiro baile que você vai! Fotos! - Uma câmera meio antiga foi mostrada pela sua mão direita

Luz resmungou quando a puxei sem tirar o sorriso do rosto de volta para dentro da casa

- Vamos lá! Um abraço! - Sua mãe nos incentivou, tentei não rir da vergonha estampada em seu rosto

Young Blood - LumityOnde histórias criam vida. Descubra agora