POV'S TOM
Aproveitei o momento sozinho na cozinha pra pensar, eu não me arrependo de ontem a noite e to fodidamente feliz de estarmos namorando.
Sei que foi uma coisa impulsiva do Marco, mas eu não vou voltar atrás sobre isso, eu tô apaixonado e se ele veio aqui ontem é por que também está, logo não tem motivos pra não termos um relacionamento, só estávamos fugindo disso, e a briga na festa foi a maior prova disso.
Termino de fazer o último sanduíche e vou em direção à sala.
Parando pra pensar bem talvez não tenha sido a melhor ideia de todas deixar minha mãe e o Marco sozinhos no mesmo lugar, não sabendo que minha mãe já está suspeitando sobre ele ser o garoto que eu gosto, e com certeza não depois do que aconteceu.
— Eita, alguém acordou com fome. — Me viro na direção de onde vem o som vendo meu pai descendo as escadas com um roupão acima do pijama velho que ele insistia em usar.
— Não é tudo pra mim, o Marco dormiu aqui, sabe, depois da festa.
Minha sorte era que meus pais dormiram cedo ontem, o que significa que eles não me viram chegar.
Volto a ir pra sala, quando chego vejo que minha mãe continuava lendo seu jornal distraída do mundo alheio, isso bom, ela ama ler jornal, provavelmente se esqueceu da existência do moreno.
— Pronto, a gente já pode subir. — Falo pro Diaz, porém antes que ele possa responder alguma coisa meu pai decide opinar.
— Porque? Nem tivemos tempo de conhecer seu novo amigo naquele dia. — Ele diz se sentando no sofá junto a minha mãe e tomando um gole de seu café.
— É, mas nós vamos sair daqui a pouco, então temos nos arrumar rápido. — Minto.
— É mesmo? E onde vocês vão? — Dessa vez é minha adorável mãe que fala, ela olha pra mim, mas depois pousa o olhar no Marco.
— Hm... Vamos na cidade, olhar algumas coisas. — Ele responde entrando na mentira.
— É, e já estamos perdendo tempo. — Antes que algum dos meus pais possa falar mais alguma eu puxo o Diaz com a mão livre até o meu quarto.
— Então, acho que agora vamos ter que ir na cidade. — Ele fala risonho.
— Pelo menos não vao ter ninguém nos atrapalhando. — Digo sorrindo e pegando um dos sanduíches.
[...]
Ao longo que íamos nos aproximando da água o cheiro característico do mar inundava minhas narinas.
Eu gostava do mar, ele me lembrava as emoções, às vezes calmo e relaxante, mas algumas vezes voraz e tempestuoso.
Depois que passamos algumas horas no centro da cidade, Marco decidiu que seria legal virmos até a praia, então seguimos até o litoral de Mewni.
Agora eu o guiava até uma parte mais afastada da praia, onde a ninguém ia, já que a maioria pensava que depois de algumas pedras o mar afundava.
Mas eu conhecia muito bem aquele local, era isolado e tranquilo, e com o pôr-do-sol se aproximando tinha certeza que o Diaz ia amar a vista.
A verdade é que eu estava eufórico, não tínhamos conversado sobre ontem a noite, só passamos o dia, bom, fazendo vários nadas, porém quando o menor foi ao banheiro eu aproveitei para comprar algo.
A cada vez que nos aproximávamos mais da parte deserta da praia meu coração palpitava cada vez mais rápido e forte, sentia como se a qualquer momento eu fosse vomitar de nervosismo.
Não! Isso com certeza não podia acontecer.
Quando desci da última rocha senti a areia, ainda morna por causa dos últimos raios de sol. Me virei ajudando o Marco a descer.
— Uau!
— Lindo né? — Perguntei voltando a andar.
— Sim, como conhece esse lugar? — Ele pergunta me seguindo.
— Eu gostava de vir aqui quando era criança. — Jogo minha na areia, me viro sorridente para o garoto ao meu lado pouco antes de tirar a camisa e sair correndo até a água. Mergulho sentindo a água gelada em contato com a minha pele.
— Me espera, idiota! — Ouço sua voz dizer assim que volto à superfície.
Ele entra no mar, me jogando pequenas ondas com as mãos. Não demora muito até começarmos um guerra de água.
[...]
Passamos algumas horas ali, sozinhos curtinho um ao outro no meio da praia deserta, só saímos quando começou a escurecer muito, fazendo a água ficar parecendo um mar negro.
Deitamos na areia ainda aproveitando o momento de paz.
Fiquei olhando pro céu estrelado que se formava acima de nós, sentindo a brisa e pensando novamente no que eu havia comprado.
Ao mesmo tempo que eu pensava que talvez tivesse sido muito precipitado eu também pensava na noite anterior.
Me sento abrindo a mochila e tirando de lá os anéis que havia comprado na lojinha de penhores do shopping.
Era fino de cobre, com apenas um pequeno detalhe, na parte de dentro havia desenhos de uma lua e estrelinhas ao redor.
Era simples, porém eu achei muito bonito.
Fecho minha mão escondendo o anél e me viro, vejo Marco me olhando curioso e sorrio.
— Por que levantou? — Perguntou se sentando.
Me aproximei mais dele, ainda em silêncio e ainda sorrindo.
— O que foi?
— Fecha os olhos. — Pedi como um sussuro, vendo o menor o fazer com um sorriso nos lábios assim como eu.
Peguei sua mão direita, abri com a palma para cima e depositei um dos aneis.
— Pode olhar.
Vejo ele abaixando os olhos, aos poucos seu sorriso desaparece e uma expressão confusa domina seu rosto.
Um frio gelado passa pela minha espinha.
Então ele percebe o que aquele anél significa e me olha.
[Notas da Autora]
Heyy
Gostaram do cap?
Então, eu to postando na segunda não porque o cap atrasou, mas sim porque eu mudei o dia de postagem.
Quinta tá muito ruim por causa do curso.
Então os dias de postagem vão ser segunda e quarta.
Como eu disse no cap anterior (eu achokk) eu estou planejando fazer 2 postagens por semana.
Enfim, foi isso.
Adios🦋🌿
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𝘮𝘺 𝘥𝘦𝘮𝘰𝘯𝘪𝘢𝘤 𝘭𝘰𝘷𝘦 - tomco fanfic (VERSÃO ANTIGA)
FanfictionOnde Tom e Marco se odeiam ou Onde sentimentos estranhos começam a surgir em ambos [fanfic postada tambem no spirit]