Depois que saímos da escola Tom me levava a caminho de um bairro rico da cidade, fizemos o caminho pelo metrô e em total silêncio, não sei se ele ouviu o que Star estava falando, mas espero que não.
-Para onde vamos mesmo? -Pergunto quebrando o silêncio.
-Tenho que passar em casa. -Ele responde fazendo com que aquele silêncio se instale novamente entre nós.
Vamos chegando em uma rua sem saída onde brincam algumas crianças, e no final da rua vejo uma mansão em tons de vermelho e marrom, e mesmo com um estilo antigo é possível ver que está cuidada. Eu e Tom entramos na casa e ele me guia para seu quarto, um quarto escuro e com uma cama grande em um canto e no outro tem aqueles acentos de janela, mas aparentemente ele não vai muito lá.
-Pode se sentar onde quiser. Eu vou ir tomar banho e já vamos para sua casa. -Ele fala pegando uma toalha e indo em direção ao banheiro.
Começo a analisar o quarto e vejo uma cômoda próxima a cama, lá tem alguns livros e um quadro pequeno virado para baixo, minha curiosidade me faz o levantar e me deparar com uma imagem muito fofa. É uma foto onde uma mulher alta está com um vestido vermelho e saltos com livro na mão, os cabelos rosados soltos ao vento olhando para a coisa mais fofa que eu já vi, o Tom, só que anos mais novo e com um sorriso muito bonito no rosto. O cenário é o parque Municipal.
"Que fofo! Por que ele esconderia essa foto?"
Sinto alguém puxar a moldura rapidamente da minha mão, me assusto pensando que era Tom, mas me deparo com a mulher da foto, agora com um vestido preto longo com as mangas até os pulsos e o cabelo curto.-Eu amo essa foto, foi tirada no aniversário de sete anos dele. -Ela fala olhando para a foto sorrindo e logo voltando seu rosto em minha direção. -Tom não me disse que traria amigos.
-Ele não é meu amigo! -Tom aparece no quarto vestido com suas roupas normais e as que lhe emprestei na mão. -Só precisamos fazer um trabalho idiota juntos, e até já estamos de saída.
-Certo. -Diz a mulher com uma expressão séria.
-A foto. -Ele fala quando ela se vira para ir embora.
-Não a deixarei no seu quarto para ela ficar para baixo. -Ela responde sem se virar e vai até a porta a fechando.
-Por que caralhos você mexeu nas minhas coisas?! -Ele pergunta Bravo.
-Desculpa... -Respondo olhando para o chão.
[...]
D
epois do acontecido nós fomos para minha casa e fizemos quase todo o trabalho, faltando somente a conclusão. Tom voltou para sua casa e não conversamos nem um pouco neste tempo em que ele esteve na minha casa.
Agora estou indo para a escola, quando chego na frente vejo Cabeça Pônei "conversando" com a Star, na verdade gritando, mas beleza. Star acena para mim e aceno de volta. Entro na sala e fico no meu lugar enquanto ouço algumas músicas até começar a aula. Pouco tempo depois a professora entra na sala e tiro meus fones.
-Bom, como todos devem saber, a cada 667 anos acontece o famoso Baile da Lua Sangrenta aqui na escola, a data será na próxima sexta, então vão ter exatamente uma semana para se prepararem. Depois deste aviso a professora começa a passar o conteúdo da aula no quadro e as aulas seguem normalmente, no intervalo eu vou falar com a Star sobre o famoso baile.-Como é esse tal baile? -Pergunto para ela assim que me sento em sua mesa no refeitório.
-É muito legal, e bem especial também. -Ela faz movimentos com sua mão como se estivesse mexendo em uma bola de cristal.
-Por que? É também, por que tanto tempo? -Pergunto sem entender.
-Tem uma lenda que diz que ela liga as almas das pessoas que dançam na luz da lua, e demora porque é raro a lua ficar do jeito que fica quando rola a o baile. -Tom responde surgindo do nada e se sentando ao lado de Star. -Minha vez de perguntar. Por que está sentado aqui?
-Por que assim como todos que sentam nessa mesa ele é meu amigo. -Star responde antes que eu possa falar algo.
[...]
A
s aulas foram normais e eu voltei para casa me jogando na cama e caindo no sono. Acordo com o som do meu toque, pego o celular ainda sonolento e atendo.
-FINALMENTE! Achei que estivesse morto, se verdade. -Diz Star do outro lado da linha.
-Oi, por que está me ligando? -Pergunto.
-Eu estava te mandando milhões de mensagens e você não via, então te liguei.
-Para...
-Te convidar pra sair comigo, eu preciso de ajuda para escolher meu vestido, e tem gente que diz que gays tem bom gosto.
-Eu não sou gay!
-Gay ou bi, tanto faz, vamos?
-Eu. Não. Gosto. De. Meninos. Entendeu?
-Tá, eu vou estar no shopping daqui uma hora, não se atrase.
E logo depois a ligação é encerrada, me levanto e olho para o relógio tecnológico ao lado da minha cama, ele marcava 14:28. Vou para o banheiro e lavo meu rosto e desço para a cozinha vendo o meu almoço servido e um bilhete ao lado.
Marco, não queria te acordar então deixei tudo pronto para você almoçar.
Beijinhos, mama <3Como rapidamente e me arrumo para sair de casa, tomo banho e faço o resto das minhas higienes, me vesto e vou em direção a porta saindo à caminho do shopping.
[Notas da autora]
Cabo por hj vidas
Juro que amanhã tem mais dois caps, se quiserem ler mais rápido essa fic também está no spirit.
bezos na bunda😗✌🏻
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝘮𝘺 𝘥𝘦𝘮𝘰𝘯𝘪𝘢𝘤 𝘭𝘰𝘷𝘦 - tomco fanfic (VERSÃO ANTIGA)
FanfictionOnde Tom e Marco se odeiam ou Onde sentimentos estranhos começam a surgir em ambos [fanfic postada tambem no spirit]