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Jhonatan

Sabe quando você chega a um ponto da sua vida onde tudo parece não fazer sentido, onde sua vida esta um caos tão grande que você não sabe nem por onde começar a se organizar?

Tudo parecia estar indo de mal a pior a cada minuto que passava, e eu não podia fazer nada, minhas mãos estavam simplesmente atadas

Eu sabia que preferia morrer a te que ver seus amigos de infância sendo torturados a minha frente. Eu apenas estava tentando me desligar daquilo para poder sentir menos, mas a dor é inevitável, o sofrimento vem como um soco na boca do estômago.

Eu apertava minhas mãos com tanta força que senti as unhas se afincarem em minha pele causando pequenos ferimentos.

E não havia nada que eu pudesse fazer para ajudar! Nada!

Ouvir eles gritarem por minha ajuda ou me xingarem por estar parado era comparado á dor que eu senti ao levar uma surra.

-Pare de gritar feito uma bebê chorona- Puxou Melinda pelos cabelos e lhe deu um soco.

Heitor- Tire suas mãos dela- Disse entre os dentes

O coronel riu e me encarou, eu tentava não expressar nada. Não ia deixar que ele tivesse o gostinho de saber que aquilo estava me ferindo

-Diga aos seus amigos para ficarem quietos ou então você terá que mata-los- Deu um sorrisinho e o encarei.

_Juro por Deus que eu vou te fazer conhecer o inferno na terra_

Jhonatan- Fica quieto Heitor- Digo sério e ele me encara sem acreditar.

Heitor- Vai se fuder seu desgraçado- Cuspiu no chão- A sua mãe teria vergonha de você agora.

-Ja chega- Se aproximou dele e o enfiou na banheira novamente

Suspirei fundo e engoli em seco apertando meus dentes reprimindo minha raiva.

Ele soltou Heitor e o mesmo começou a tossir sem ar e respirar ofegante.

-Acho que por hoje já foi o suficiente- Sorriu secando as mãos- Voltamos amanhã.

Me encarou e fez sinal com a cabeça para sairmos. Respirei fundo e começei a caminhar devagar

O primeiro a abrir a porta foi o policial mais baixo. Parei onde estava e vi ele atravessar o corredor e seu corpo simplismente vôo com uma explosão.

Escutei o som dos tiros e sorri, finalmente eles haviam chegado.

Fui até o Coronel e o peguei por trás passando meu braço por seu pescoço. Ele me jogou contra a parede me fazendo sentir dor nas costas e acabei o soltando.

Ele se virou e me deu um soco na barriga e eu o puxei lhe dando uma cabeçada. Dei um soco em seu rosto e o peguei pela farda jogando o mesmo contra a parede.

Ele me deu um chute entre as pernas que doeu para um caralho e acabai cambaleando para trás. Ele me deu uma cabeçada também e senti meus olhos arderem pela dor.

Ele veio pra cima de mim e me jogou contra a parede de vidro que se despedaçou sobre nós e caimos do outro lado. Começei a tossir e me levantei devagar vendo a arma caída a alguns centímetros de mim.

Engatinhei até ela mas ele puxou minhas pernas e voltou para cima me dando outro soco e começou a apertar meu pescoço me sufocando. Levei minhas mãos até seu rosto e enfiei meus dedos com força em seus olhos.

Ele gritou de dor e caiu sentado para trás, me levantei correndo e peguei a arma. Apontei para ele e atirei em seu ombro fazendo o mesmo cair

Me levantei e caminhei até o mesmo e atirei em suas mãos fazendo o mesmo soltar um urro de dor.

Herdeiros do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora