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Lavínia

No dia anterior, quando Anthony me deixou em casa eu abri o portão e atravessei o Jardim. Entrei em casa e quando acendi a luz senti algo bater contra minha cabeça e depois disso eu apaguei

Quando acordei estava sentada em uma cadeira com as mãos amarradas e uma amordaça na boca.Tentei gritar e me soltar mas não estava funcionando

Olhei para os lados e percebi que estava em um tipo de porão. Estava tudo cheio de pó e com teias de aranhas por todo lado

Escutei uma portinha se abrir e alguém descer as escadas, depois de tantos filmes de terror que assisti. Eu estava em real desespero

Continuei olhando desesperada e vi Pâmela aparecer em minha frente, ela se aproximou e tirou o pano de minha boca

Lavínia- Me solta sua maluca- Gritei

Pâmela- Me diga- Segurou meu rosto com força- Onde está meu pai?

Lavínia- Eu não sei- Digo entre os dentes- Me solta!

Pâmela- FALA!- gritou- ONDE ESTA MEU PAI?

Lavínia- EU NÃO SEI-Gritei de volta- Me solta sua desgraçada

Pâmela- Você sabe onde eles levaram meu pai, me diga- Se afastou e pegou um esqueiro e uma faca- Me diga onde está meu pai

Lavinia- Eu ja disse que eu não sei- A encaro e vejo ela colocar a faca em cima do fogo- Meu pai não me fala de tudo que ele faz.

Pâmela- Não minta pra mim- Se aproximou- Eu sei que você sabe onde está meu pai, então me diga

Lavínia- Eu já disse que eu....AAH- Gritei sentindo a faca quente perfurar minha pele

Pâmela- Diga- Apertou mais a faca contra minha pele

Lavínia- AAAARG- apertei minhas mãos com força sentindo minha pele se queimar

Pâmela- Vou perguntar outra vez- Colocou novamente a faca no fogo- Me diga onde está meu pai e tudo isso acaba.

Lavínia- Eu ja disse- Digo com a voz embargada pelo choro- Eu não sei...por favor

Pâmela- Mentirosa- De aproximou

Lavínia- Por favor...por fa...AAARG- Soltei outro grito e senti ela perfurar minha pele- AAARG!

Começei a me debater sentindo aquela dor profunda em minha pele me fazendo chorar. O cheiro da minha pele queimada estava me deixando enjoada

Lavínia- Por favor, para- Digo chorando- Por favor, eu já disse que não sei.

Pâmela- Inútil, você é uma inútil- Se afastou um pouco e vi que ela tinha escrito "mentirosa" em minha perna

O corte era fundo e começava a sair pequenas bolhas em volta enquanto o sangue escorria, ardia tanto que minha perna inteira estava ficando dormente.

Lavínia- Eu já disse. Quem sabe é só meu irmão- Dou um soluço pelo choro- Por favor, acredita em mim.

Pâmela- Pelo jeito peguei o irmão errado- Balançou a cabeça- Acho que vou ter que ir atrás dele

Ela foi até o canto e pegou um galão, abriu a tampa e começou a despejar um líquido ali que estava com cheiro de gasolina.

Lavinia- O que você vai fazer?- A encarei- Não faz isso...não faz isso

Pâmela- Seu pai não vai devolver o meu, então vou matar quem ele mais ama também- Sorriu e jogou gasolina em minha volta

Lavínia- Por favor não faz isso, eu não tenho nada haver com isso. Por favor- Começo a suplicar desesperadamente

Herdeiros do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora