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Débora

Eu estava em um desespero sem fim, minhas mãos suavam sem sessar. Coloquei a mão direita em meu peito e senti como se todo o ar dos meus pulmões tivessem sido sugados

Eu ja estava no hospital com os outros, meu irmão estava sendo examinado e Gustavo estava na parte para queimados.

Eu não consigo nem imaginar o que ele deve estar sentindo agora.

O que estava me preocupando também era o fato de que Thiago estava em absoluto silêncio. Desde que ele chegou não disse uma palavra sequer, estava olhando para um ponto específico com seu pensamento longe

Luara- Eu juro que se eu descobrir que fez isso com ele...- Ela suspirou fundo sem nem conseguir terminar de falar

Vanessa- Kim, por favor me fala como ele está- Se levantou rapidamente assim que minha mãe atravessou a porta

Kimberly- Sinceramente... precisamos deixar ele dopado, ele não consegue suportar a dor estando consciente-Suspirou- Os ferimentos foram graves, pegou sua perna, barriga, peitoral, braço e ombro esquerdo e seu pescoço...

Vanessa- Aí meu Deus- Colocou a mão na boca caindo em um choro profundo

Kimberly- As queimaduras foram de segundo grau, não chegou a ser tão profundas, mas ainda assim deixará cicatrizes e muita dor pela frente.-Tocou o ombro dela- Eu sinto muito, de verdade. Estou fazendo o possível para deixar ele confiável e sem dor

Luara- Podemos ver ele? Não consigo imaginar ele lá sozinho passando por isso- Ela não parava de chorar também.

Kimberly- Sim, pedi para tirarem o sedativo para que pudesse ver vocês. Mas não garanto que vá ser fácil- Acariciou o braço de Vanessa

Pietro- Só precisamos de alguns minutos, para ele saber que estamos aqui.

Kimberly- Tudo bem- Me olhou- Você vai querer entrar filha?

Débora- Sim, preciso ver ele- Minha voz estava fraca devido ao choque que levei.

Kimberly- Thiago?...- O chamou tirando ele do transe.

Thiago- Não...eu não vou- Disse baixo- Não consigo fazer isso, desculpa.

Venessa- Tudo bem querido, não precisa fazer se não quiser- Sorriu fraco

Kimberly- Vamos lá então- Ela foi andando na frente e nós fomos atrás.

Antes de entrar ela nos deu um par de luvas e máscaras. Assim que a porta se abriu o cheiro forte de sua pele queimada fez com nossos olhos lacrimejassem.

Por cima tinha algumas camadas de escama de peixe, que dizem ajudar com as queimaduras.

Venessa- Oi meu amor- Segurou a mão dele acariciando seus cabelos

Aos poucos seus olhos estavam se abrindo. Ele tremia como se estivesse levando um choque

Gustavo- M-mãe...- Mal dava para ouvir

Vanessa- Está tudo bem querido, a mamãe está aqui com você- Começou a chorar- Vai ficar tudo bem...

Gustavo- M-mãe...e-eu quero...i-ir para casa- Apertou a mão dela

Luara- Logo você estará em casa, você vai ficar bem maninho.- Se aproximou também.

Mas eu simplismente não conseguia me mover. O Gustavo sempre foi um garoto tão alegre, aonde ele chegava ele trazia consigo a felicidade, fazia brincadeiras o tempo todo até tirar alguém do sério e mesmo assim ele continuava nós importunando

Não tinha tempo ruim para ele, ele conseguia ver a parte boa de tudo e manter a calma.

Mas agora, quando olho para ele parece que aquele garoto não existe mais. No seu rosto só está uma expressão de dor e em sua voz um tom profundo de sofrimento e agonia

Gustavo- P-por f-avor mãe...- Suplicou- E-esta doendo tanto..

Vanessa- Eu sei meu amor, mas logo vai passar. Eu prometo-Sorriu em meio as lágrimas- A Débora está aqui, quer ver ela?

Mesmo se tremendo pude ver ele concordar, mas eu não conseguia nem sair do lugar. Apenas senti quando minha mão segurou meu braço e me aproximou dele

Débora- Oi- Digo em um sussurro

Gustavo- N-não é n-nada sexy...m-me ver a-assim, não é?- Deu uma risadinha

Debora- Deixar de besteira- Balançei a cabeça- Você continua lindo como sempre.

Gustavo- E-eu...e-estava p-precisando de u-um charme...não é?- Segurou minha mão e me encarou

Kimberly- O efeito do remédio vai começar a passar- Olhou a seringa injetada em seu braço

Ele começou a apertar minha mão com mais força me deixando assustada, seus tremores começaram a piorar.

Gustavo- E-esta...t-tão frio..- Sua mão começou a ficar cada vez mais fria e trêmula- M-mãezinha....

Vanessa- Eu estou aqui filho- Parou ao meu lado colocando sua mão por cima da minha

Gustavo- N-não m-me deixa aqui...-Ele a olhava com lágrimas nos olhos.

Kimberly- Eu preciso sedar ele de novo- Se aproximou com a seringa

Gustavo soltou minha mão e agora estava aos berros, ele se debatia na cama gritando de dor. Pietro segurou eu e Vanessa pelos braços e nos puxou para fora

A última coisa que vi foi minha mão segurando ele antes da enfermeira aplicar o sedativo.

Voltamos a sala de espera e cai sentada em um dos bancos. Tia Manu me abraçou e começei a chorar, eu estava quebrada por ver o meu Gus daquele jeito

Kamille- Gente, vocês viram o Thiago?- Parou a nossa frente- Ele não está em nenhum lugar

Erick- Ele estava aqui agora- Apontou para a cadeira- Ai merda...

Mg- Ele foi atrás do cara- Se levantou

Kamille- Que cara?- O encarou

Mg- Ele sabe quem fez isso, ele estava com a gente no dia...não importa, precisamos ir atrás dele- Pegou o telefone

Me afastei da minha tia olhando para eles. Eu não estava entendendo de nada do que estavam falando, mas sabia que Gus estava machucado agora por causa de alguma treta deles.

Agora só faltava o Thiago se por em risco também por causa disso.

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~ Pós créditos~

Jonas

Abri a porta e vi todos me olhando, passei pela lateral da mesa e parei a frente deles.

-Seja bem vindo Tenente- Apertou minha mão- Estávamos ansiosos por sua volta

Jonas- Obrigado- Sorri retribuindo o aperto

- Aqui está seu distintivo e sua arma- Me entregou e peguei me virando para eles.

Jonas- Trabalhar como policial disfarçado me ensinou uma coisa importante. Independente do que aconteça, não se esqueça de quem é a ameaça- Apontei para o quadro- E a ameaça aqui, são esses.

Apontei para Marcelo, Felipe, Ryan e Melinda.

Jonas- E nós vamos derrubar um por um- Me virei os encarando- Até que não reste mais legado algum. Essa família, vai cair!

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_beijos da Isa_

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