Quatro

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Perdão pela demora minhas lindas. Passei por umas semanas difíceis, mas estou de volta. Espero que tenham uma ótima leitura 😘

Olavo

Pela primeira vez na vida, segunda–feira demora a chegar e com a ansiedade dela, uma preocupação latente caminha junto e uma pergunta gruda em meus pensamentos. Estaria minha caveira sendo feita no fim de semana todo? Odeio ao menos pensar nisso, mas ao acordar para trabalhar e me arrumar com um daqueles ternos caros que exalavam poder, estava com certo receio de chegar lá e ver tudo o que eu construí nos últimos anos sendo jogado fora.

Não sabia se estava sendo dramático ou realista. Mas um coração quebrado fazia as pessoas fazerem coisas estupidas. Sei disso melhor do que ninguém e me preocupava que Ananda usasse de minha segunda paixão para se vingar de mim.

Eu fodidamente merecia, mas não aconteceu.

Quando cheguei à empresa, ostentando toda confiança e intimidação que minha aparência me proporcionava, tudo estava igual. Não tinha absolutamente nada diferente e confesso que isso me deixou confuso e um pouco preocupado.

O que está doida vai aprontar e em qual direção virá sua traição?

– Olavo. – saudou o pai de Ananda e um dos principais chefes da repartição. Encarei–o com um sorriso sem dentes.

É, acho que fui um pouco precipitado.

– Sr. Worth, como tem passado?

– Estou bem, meu rapaz. – e me pedi com um sorriso. – E por favor, me chame de Stuart, nos conhecemos há alguns anos, acho que podemos ter esse tipo de intimidade.

– Claro, Stuart. – sorrio, sem saber o que dizer.

Isso foi estranho.

– Estou te chamando para te avisar da reunião das dez.

– Reunião das dez?

– isso. – afirmou e olhou a sua direita, chamando por outro de nossos advogados. – Emmett, espere ai meu rapaz. Vejo-te em breve, Olavo!

Observo ele ir de encontro com Emmett e respiro fundo, me contentando em ficar um pouco menos tenso pelo coroa está feliz. Caminho até minha sala, para me preparar para as novas bombas que a maldita reunião das dez jogaria no meu colo.

*

Luna

Você me diz que a vida é boa e eu juro que lhe agrido. Este é meu nível de estresse do dia. Nina não dormiu noite passada, pois comeu algo que lhe fez mal no churrasco de aniversário de Jorge e mesmo após ser medicada, ela passou o dia de domingo e a madrugada enjoada e chorando. Estou tão exausta, que vim trabalhar sentindo que poderia chorar a qualquer momento.

Hoje é segunda–feira e é um dos dias mais movimentados na fabrica de roupas ao qual eu trabalho desde meu último ano no ensino médio. Como uma adolescente, já senti muita vergonha em dizer o lugar e principalmente com o que trabalhava. Entretanto, os boletos precisavam ser quitados e minha mãe estava com um bebê a caminho. Um bebê sem pai, que ficaria para nós duas cuidarmos.

No início, só senti raiva por ela ter sido tão irresponsável, mas depois compreendi. Nenhum meto conceptivo é mais confiável do que não transar e ela cuidou a vida toda de mim. Sozinha. Ela era jovem, bonita e homens não vem com avisos escritos na testa. Após entender isso, comecei a procurar emprego para ajudar nas despesas e foi aqui que consegui um emprego, com um salário que poderia ser mais justo, mas que se aproxima do que um dia sonhei trabalhar.

Costura.

Montava diversas roupas diariamente, a maioria era repetida e deixava o trabalho maçante. Ficava boa parte do dia sentada, escutando Senhoras de várias idades fofocarem e às vezes fazia pequenos comentários. O que posso fazer? Era algo impossível de resistir. Antônia, minha vizinha, trabalha na parte da limpeza, mas sempre dá uma escapulida e vem fofocar com minhas colegas e eu.

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⏰ Última atualização: Apr 30, 2021 ⏰

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Lutando Contra Paixão - Irmãos Bennett | Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora