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Luna Santiago

Quatro meses depois

Seguro Nina em meus braços enquanto ela dorme tranquilamente com a cabeça no meu ombro e as pernas em minhas coxas, exalando inocente enquanto eu passava pelo sufoco ao ter que encarar o trânsito da Califórnia, sentada em um banco com roupas pesadas em um calor enlouquecedor.

É por volta das sete da noite de uma sexta- feira e meu corpo clama por um banho e longas horas de descanso. Entretanto, antes que eu tivesse o que tanto desejava, eu precisava dar banho em Nina e terminar o jantar, que eu sempre deixava quase pronto de um dia para o outro, para facilitar o trabalho, que nunca diminuía independente de tudo o que eu fizesse para tentar diminuir.

Encosto minha cabeça no banco do ônibus e fecho os olhos sentindo o ônibus andar e parar, pela terceira vez. Meus nervos parecem que vão explodir junto com minha cabeça e respiro fundo duas vezes, tentando me acalmar do nervosismo crescente. Entre o intervalo de uma respiração para outra, minha irmãzinha acorda completamente atordoada e com as bochechas altas denunciando seu choro que está por vir.

Puxo- a para os meus braços e beijo sua testinha até que ela possa se acalmar do susto que o passageiro fez na pobrezinha ao gritar para o motorista parar o ônibus para ele descer.

- Já estamos chegando. - minto para ela.

- Falta muito mama Luna? - ela questiona com os olhos castanhos inocentes me encarando com esperança.

- Não, minha Nina. - e pergunto. - Quer biscoito?

Ela acena com sua cabeça e aperta o seu coelhinho com um braço, encarando o meu esforço para pegar o biscoito dentro de sua mochila. Ansiedade flutua por seu rosto e repúdio pelos rostos dos passageiros que nos cercam nos bancos ao lado. Eles me julgam e me reparam, como se eu fosse lixo por estar com Nina nessa situação.

Parecendo claramente como uma jovem mãe solo. Uma imigrante que dormiu com um americano para continuar em seu país. Entretanto, o que eles nunca saberiam, é que eu não era uma coisa nem outra. Nina era minha irmã e a vida com suas voltas me fez ter que assumir o papel de sua mãe e pai, já que o mesmo nunca se interessou por ela.

Eu amava como uma louca minha preciosa irmãzinha e faria de tudo por ela.

Pego o pacote com quatro biscoitos recheados de chocolate, seu favorito e ela sorri, fazendo- me sorrir também. Abro o pacote e dou em sua mão, vendo- a comer e negando quando ela me oferece. Esses eram os últimos que tínhamos e até que eu fosse ao supermercado amanhã, não tiraria nada dela.

O ônibus ganha vida pela quinta vez, sendo que desta vez ele só para, para novos passageiros adentrarem. Nina sorri no meu colo, comendo biscoito atrás de biscoito enquanto conversa com suas palavras um pouco enroladas. O tempo passa rápido dessa forma e para minha felicidade logo chegamos ao nosso ponto.

Uma conhecida faz o sinal, descendo também e eu ajeito minhas duas bolsas em uma mão e na outra, seguro a mão da minha irmãzinha. Ela pula o degrau do ônibus com entusiasmo e eu desço em seguida, grata por chegar à pracinha perto de casa. O vento fresco me cumprimenta e ajeito minhas bolsas que caem do ombro, segurando Nina para atravessar a rua. Assim que estamos do outro lado, Nina solta minha mão e me entrega o coelhinho, correndo para o balanço que sua amiguinha Cristini se encontra.

Lutando Contra Paixão - Irmãos Bennett | Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora