Capítulo Seis

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Passei os dois primeiros dias da semana me escondendo deles e da minha consciência pesada, que gritava o quanto eu era uma sem vergonha

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Passei os dois primeiros dias da semana me escondendo deles e da minha consciência pesada, que gritava o quanto eu era uma sem vergonha. Após chegar em casa e me acabar em um banho gelado, tomei discernimento do quanto minha atitude foi indecente. Nunca na minha vida tive pensamentos dissimulados com um homem comprometido como tive com Bruno naquela festa, que infelizmente percebeu... Óbvio que ele ia perceber, ele era homem, um homem escaldado, cansado dos olhares afrodisíacos dos outros para com ele. Bruno sabia ao certo o que pensar ao me ver olhando para ele daquele jeito tão...sujo.

Durante esses dias que decidi me encafuar em minha casa e não dar o ar da graça nem mesmo para Sarah, que me ligava descontroladamente, houve várias e várias ligações e chamadas de voz vindas de Jess e Bruno que eu por razão não tinha as caras com qual conversar com um dos dois. Inclusive com a Jéssica.

Contudo, eu não poderia me esconder para sempre. Hoje é o grande dia da tal reunião com Bruno para enfim descobrir o que ele queria comigo. E eu estava morta de vontade de cancelá-la e dar a desculpa de que eu estava doente. Mas não o faria, pois precisava lidar com as consequências, devia lidar com Bruno e deveria lidar com a minha fera que acordava toda vez que aquele meio metro dava as caras perto de mim.

Domingo quando Bruno me dedicou Versace On The Floor, percebi o quanto nossas personalidades eram parecidas. A perversidade estava presente tanto em mim quanto nele e eu não me orgulhava disso, e se as coisas continuassem a fluir como estavam, nós entraremos em uma disputa de quem era mais filho da puta e eu não estava curiosa para tal.

— Amiga pelo amor de Deus você precisa me salvar dessa reunião, eu não quero ver ele. — Digo a Sarah que ria do outro lado da tela enquanto eu colocava uma porção generosa de comida na boca.

Gale eu nunca te vi tão idiota por um cara que nem você tá sendo por causa desse Bruno ai. — Sarah tinha sua voz abafada no facetime pois estava embaixo do chuveiro.

— Amiga! Óbvio! Você não tá vendo quais são as circunstâncias disso? Bruno Mars, vou carregar um filho desse cara, que por sinal é casado caralho, e eu tive um desejo por ele! — Minha voz vai ficando esganiçada a altura que vou soltando as palavras sem parar para respirar.

Olha, eu já sei qual é seu problema. Você está nervosa assim porque sabe que não pode tirar proveito dele, sabe que é errado e não quer se sentir culpada. Você tem desejo sexual por ele sim, o que é bem errado aos olhos dos padrões, mas amiga. Ninguém além de mim tem a confirmação disso. Então, se você ficar quieta, não contar pra ninguém e nem deixar tua vontade dele transparecer para o próprio, não tem o que dar errado. — Sarah dizia enquanto se trocava.

— Então você está dizendo que eu devo ignorar esses sentimentos e continuar vivendo normalmente? — Maneio a cabeça e coloco outra garfada na boca.

Aly estava presente comigo à mesa se dividindo entre comer e protocolar os ofícios da empresa.

Sim. Estou dizendo exatamente isso. Até porque isso que sente por ele não passa de fogo no cu. Certeza que passaria depois de uma transa. — Sarah tinha razão.

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