Capítulo Dezoito

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 Assista ao teaser, feito por Plotnikova: 

BOA LEITURA <3

  BRUNO MARS

Mesmo de olhos fechados podia sentir o cheiro do leite e café harmonizados com o aroma do pão com manteiga derretida, rente ao meu nariz. O que era estranho, porque a cozinha ficava muito longe da suíte. Foi então que lábios macios e delicados se juntaram aos meus, fazendo-me despertar e ver uma bandeija de café da manhã próximo a mim quando Gale irrompeu o meu campo de visão, transmitindo um sorriso sereno e lindo... Esse era o melhor despertar da manhã que eu já havia tido dentre anos. Ela vestia um baby doll de cetim preto, o qual deixava seus mamílos enrigecidos talvez pelo frio, transparecendo sensualmente no tecido delicado e gracioso, o cabelo loiro lindamente bagunçado sendo efeito de uma noite bem dormida, dava o último toque de perfeição para aquela mulher. Para mim, ela poderia ser comparada com uma pintura detalhista, sem problemas. Meus olhos nunca se cansariam de admirá-la.

— Tomei a liberdade da cozinha e fiz pra você. — Ela dizia tímida segurando a mesinha de madeira. — Não sei o que você come de manhã, então fiz... Bastante coisa... — Gale se espanta ao se dar conta que ali tinha comida pra três pessoas. — Você come de manhã... Né?

Soltei uma risada nasal vendo o desespero interno dela em me trazer o café na cama. Era fofo e engraçado ao mesmo tempo, estava na cara que ela nunca havia feito isso para um homem antes.

— Qualquer coisa que você fizer pra mim eu vou comer, Clark. — Digo colocando uma mecha de cabelo atrás de sua orelha. — Você é perfeita, obrigado. — Agradeci fazendo carinho em sua bochecha ruborizada. — Vem, senta aqui e come comigo.

Clark se senta ao meu lado um pouco receosa, ela se mantinha calada e acredito que pensando em algo importante. Talvez fosse pelo efeito dessa madrugada, ela estivesse com medo e também preocupada, porém, não queria que Gale deixasse de desfrutar os momentos dela comigo por conta disso, pois eu estava ali para protegê-la.

— Quer comer pã...

— Preciso te falar uma coisa! — Ela interrompe como quem estaria apenas esperando eu dizer algo.

— Por favor, fale... — Digo atraindo toda e qualquer atenção apenas para ela.

— Estou morrendo em guardar meus sentimentos pra mim, Bruno. É como se existisse uma lâmina afiada em minha garganta que cortasse um pouco dela a cada dia que eu passo sem poder conversar com alguém sobre tudo o que acontece dentro de mim... E depois de ontem... Nossa vida é curta demais pra nos esconder atrás do que sentimos ... Eu sei que, está tudo muito recente entre a gente, e que não tem muito tempo que começamos a se envolver, mas...

— Eu estou apaixonado por você. — Digo a interrompendo, trazendo para mim um sentimento de libertação.

Gale sorriu puramente e naquele instante eu soube que o que eu sentia era totalmente recíproco. A gente se gostava, e isso era mágico, a anos eu não sabia o que era sentir o famoso frio na barriga. E com ela eu sentia isso, me sentia como um adolescente com os hormônios à flor da pele.

Ela dá um salto, sentando em meu colo. Agarrando meu pescoço para poder selar o espaço entre nossas bocas. Um beijo necessitado, cheio de sentimento e vontade. A vibração transmitida naquele momento era um só: nós não conseguíamos mais ficar longe um do outro. A necessidade de apreciar cada segundo ao lado de quem a gente gosta, foi determinado no mesmo segundo que nossos sentimentos eram confessados.

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