Capítulo Quinze - Parte Dois

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Boaaaa leituraa! 


26 DE FEVEREIRO DE 2021 - ALMOÇO

GALE CLARK

Quando criança queria ser famosa. Aparecer em tevês, revistas, jornais de fofocas, e em tudo que me fizesse ser reconhecida mundialmente, era meu sonho. Mas, naquela época eu nunca poderia relacionar fama e dinheiro, com tantos pontos negativos que o ibope consequentemente te trás. Perder a intimidade que têm, até mesmo em lugares como dentro da própria casa, os momentos íntimos que uma pessoa comum consegue desfrutar abertamente e você não, não chegam a ser nem a pontinha do iceberg de uma maré de azar que vem de brinde. Você pode fazer dez ações boas e positivas, mas se vacilar uma única vez, você será julgada pelo resto da sua vida, não importa o que você faça pra tentar consertar isso. Se a algumas semanas atrás, alguém me perguntasse se eu me submeteria a uma vida como essa, eu diria rapidamente não. Porém, se hoje alguém me fizesse a mesma pergunta, eu sem pensar duas vezes diria sim. Sim, eu me submeti a tudo isso por ele.

Bruno deu uma última passada no quarto enquanto eu organizava cada peça de roupa no closet dele, para me dizer que Cecil estava a uma hora de terminar toda a preparação para o almoço, o que de costume achei um exagero tanto preparo. Uma comida simples já seria o bastante pra encher minha barriga que não estava muito faminta. Quando o nervosismo, ansiedade e apreensão tomava conta de mim, a única coisa que eu sentia era fome. Eu estava dispersa em pensamentos que não senti a presença masculina dele adentrando o closet.

— Você é tão maravilhosa quando tá concentrada. — Ele diz me fazendo sobressaltar de susto, fazendo minhas mãos pararem na altura do coração onde eu podia-o sentir acelerado.

— Você quase me matou de susto, seu idiota. — Anuncio jogando o que eu tinha em mãos nele.

Minhas bochechas ruborizadas queimavam, eu havia acabado de jogar uma calcinha nele. Aquilo não era apropriado para o momento. Bruno as leva até as narinas e inspira por um tempo, aquela cena me causava um embrulho no estômago por saber e lembrar tanta coisa errada que eu fiz desde que cheguei lá.

— Seria bom se ela tivesse acabado de sair do seu corpo. — Ele dizia me avaliando descaradamente. Fecho os olhos com vergonha e sinto a presença dele se aproximando. — O cheiro natural é o melhor que existe. — Bruno coloca uma mecha de cabelo rebelde atrás da minha orelha passando o nariz na curvatura do meu pescoço, me causando arrepios por toda a espinha. — Abre os olhos. — Obedeci. — Não sinta vergonha disso.

Maneio a cabeça sancionando seu pedido. Eu queria perder a vergonha irracional que eu tinha sobre mim e acreditava que Bruno poderia me ajudar, ele fazia com que eu me sentisse segura sobre minhas inseguranças e eu apreciava demais isso nele.

— Você é a única pessoa que faz com que eu me sinta bem. — Digo após conseguir estruturar uma frase completa. — E eu agradeço demais por isso. — Sorrio.

— Nunca vou deixar de dizer o quanto você é perfeita pra mim. — Bruno deixa um espaço perigoso entre nós dois.

Seus olhos fitavam os meus procurando a aprovação precisa. Segurando meu rosto, não precisou inclinar-se muito para selar todo e qualquer espaço ainda restante entre a gente. Nossos lábios se tocam e um choque de excitação percorre todo meu corpo. Sua língua quente pede por passagem para fazer com que a dança aguardada por nós se iniciasse num ritmo lento e gostoso. Sem pressa, mas tão necessitado era um momento só nosso, tão íntimo e tão primordial. Suas mãos ágeis e quentes eram preenchidas por minhas coxas que num salto rápido se entrelaçam em sua cintura.

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