Capítulo 1

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"Eu nunca te esquecereiE você estará sempre ao meu ladoDesde o dia em que te conheciEu sabia que iria te amar até o dia que eu morrer" — Never forget you, Zara Larsson

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"Eu nunca te esquecerei
E você estará sempre ao meu lado
Desde o dia em que te conheci
Eu sabia que iria te amar até o dia que eu morrer" — Never forget you, Zara Larsson.

Cinco meses antes...
Dia vinte e oito de maio.

Hoje completa um ano desde o pior dia da minha vida. Um ano desde que absolutamente tudo mudou. Trezentos e sessenta e cinco dias desde que meu melhor amigo tirou a própria vida.

A notícia chegou da pior maneira possível. Eu estava sentada na mesa de jantar, com Wendy e Owen, — minha mãe e meu padrasto — quando a campainha tocou. Nós três estranhamos, pois não estávamos esperando por ninguém, mas a surpresa veio no instante em que abrimos a porta e nos deparamos com um policial.

— Angelina Miller? — O homem fardado questionou, tirando o ar dos meus pulmões. — A senhora Mcpherson, mãe do Steve Mcpherson, pediu para que eu viesse até aqui te dar a notícia pessoalmente. Alegou que você era a pessoa mais próxima dele.

Qua-qual notícia? — gaguejo, engolindo em seco. Sinto um frio inexplicável na barriga, me deixando zonza, de certa forma.

— Steve foi encontrado morto na garagem de sua casa nessa madrugada. Ele deu um tiro na própria cabeça. Eu sinto muito. — Murmura, insensível.

Naquele momento, eu perdi o chão. Senti meu mundo desabar e caí em um buraco negro, sem fundo e sem expectativa de estabilidade. Daquela noite, lembro apenas de minha mãe me abraçando e do Owen saindo do apartamento, para conversar com o policial, mas a minha mente estava longe demais para prestar atenção nisso. Em vários flashes, me lembrei da nossa infância... da nossa história.

Eu conheci o Steve no mesmo ano em que voltei para Nova Iorque. Tínhamos apenas quatro anos e o destino nos fez vizinhos de porta em um enorme prédio, no centro da cidade. Nos víamos sempre e brincávamos todas as tardes, até que, depois de insistir muito, ele conseguiu convencer a mãe dele a colocá-lo na escola pública onde eu estudava, só para passarmos mais tempo juntos. Nós crescemos e continuamos inseparáveis até que, no início daquele ano, tudo mudou.

Em janeiro, ele começou a namorar a garota que tinha transformado a minha infância em um verdadeiro inferno. Devido às enormes bochechas que eu tinha, a ruiva fazia bullying comigo e isso me traumatizou por longos anos. Steve garantiu que ela havia amadurecido e mudado, mas eu não o perdoei — talvez pelo fato de estar morrendo de ciúmes e com medo de perdê-lo. — A partir daquele dia eu deixei o orgulho tomar conta de mim. Prometi a mim mesma que só falaria com ele novamente, quando eles terminassem o namoro.

Esse orgulho fez com que ficássemos sem conversar por meses... e agora, eu nunca mais ouviria sua voz outra vez.

Se não fosse pelo meu orgulho idiota, talvez ele ainda estivesse aqui. Se não estivéssemos afastados, ele com certeza me contaria sobre os seus problemas e eu o ajudaria, como sempre fiz. Poderia tê-lo impedido de tirar a própria vida, mas não. Eu estava distante e agora ele não está mais aqui.

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