25. Eu acho que era impossível amá-lo mais. Mas eu amava.

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- Bem, eu posso lhe dizer o que quer saber. - meu rosto esquentou e ela riu.

- Bem, então diga. - rimos e conversamos tentando esquecer a guerra que estava lá fora, e se concentrar em rezar para que meu bárbaro voltasse inteiro para nós.

[...]

Abri meus olhos de repente, eu havia adormecido em algum momento enquanto falava com Alice. Vi meu jantar ao lado da cama ainda intocado e suspirei. Eu não tinha fome, nem vontade de nada.

Me levantei colocando um vestido e um chalé nos ombros e abri a porta do quarto, Mark estava ali fielmente me guardando.

- Minha senhora?

- Estou sem sono. Posso ir a capela?

- Claro. - ele me guiou para baixo e passamos por um soldado e ele o mandou vigiar a porta do meu quarto onde Alice dormia.

Fomos em silêncio a capela, cada um perdido em pensamentos. Olhei para os portões sabendo que meu bárbaro estava a poucos metros de mim, mas era como se tivéssemos a terras de distancia.

Entrei na capela e me sentei em um dos bancos e me pus a rezar. Pedi a Deus que não me tirasse meu bárbaro. Não me tirasse à razão da minha existência. Pois eu até aguentaria voltar para minha antiga vida, eu só não aguentaria saber que meu bárbaro se fora para sempre. Senti a mão de Mark em meu ombro e o olhei tristemente.

- Dylan voltara intacto. - ele sussurrou e funguei secando as lagrimas que caiam em meus lábios.

- Você promete? - ele sorriu.

- Eu já lutei com ele senhora, em varias guerras, é impossível derrubá-lo. - engoli assentindo, mas meu medo era maior que a razão.

- Mas e se o impossível acontecer? - ele sorriu.

- Então ele se lembrara que a família dele o espera e ira se levantar e voltar pra casa.

- Obrigada Mark. - ele assentiu e já ia se levantar, mas peguei sua mão.

- Minha senhora?

- Pode conversar comigo? Sei que não gosta muito de falar, mas eu não quero ficar só.

- Claro. - ele se sentou e ficou me olhando.

- Então, está chateado?

- Por quê?

- Por ter que ficar de babá, e não poder ir lutar. - ele sorriu.

- Não, eu estou velho pra guerra. Dylan se pudesse preferia estar aqui também.

- Mas são guerreiros.

- As vezes a guerra cansa, e só queremos uma boa mulher e uma família. - toquei minha barriga, e me voltei para Mark.

- Você já tem uma boa mulher? - ele riu e negou.

- Não minha senhora.

- E nenhuma das moças do lugar o interessam?

- Não.

- Oh. Deve ser triste não ter ninguém. - ele sorriu.

- Bem, eu ainda tenho tempo, ainda posso encontrar uma boa moça para casar.

- Eu espero que encontre Mark. - sorrimos um para o outro e ficamos em um silêncio confortável. Minha mente o tempo todo no meu bárbaro, e engoli a vontade de chorar.

Olhei para Mark que nunca havia conhecido o amor, e um pequeno sorriso triste surgiu em meu rosto, mesmo se eu perdesse meu bárbaro eu devia me sentir afortunada. Era melhor ter o conhecido e o amado, do que nunca tê-lo amado, nunca ter sido amada por ele. Nunca ter tido as coisas maravilhosas que ele me deu, era pior do que perdê-lo. Mesmo se ele se fosse, eu guardaria para sempre na memória cada momento que desfrutamos juntos. Desde as brigas até os momentos de intensa paixão que dividimos.

adorável prisioneira ~ adaptação DarbaraOnde histórias criam vida. Descubra agora